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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

POR JOSÉ VALDIVINO - RECUERDO



Dr. José Valdivino de Carvalho - Ex - membro da Academia Cearense de Letras

                                 RECUERDO
                                                                                                                      Publicado no Livro "Tardes sem Sol" - EDIÇÃO FAC-SIMILAR COMEMORATIVA DO CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DO AUTOR - 1911 / 25 de fevereiro / 2011

                                                            
Guardo-lhe a voz, o rosto, a cor, os olhos,
Olhos serenos, de mistério e sonho!
Lembro-lhe as mãos, o andar, o talhe grego
E aquela linda boca de criança...


Deusa e menina, nobre flor morena...
Ninguém a via, que a não quisesse.
Fartos cabelos negros sobre os ombros
E o fio fino do coral dos dentes.


Hoje ela é minha, a minha dama augusta,
Rainha absoluta do meu lar.
Mas sempre o coração me diz, ansioso,


Numa palavra apreensiva e rouca:
- Ai de ti! ai de ti! não fossem teus
Estas mãos, estes olhos, esta boca!...

                                                           José Valdivino

2 comentários:

  1. COMENTÁRIO ENVIADO POR E-MAIL

    É realmente um dos mais lindos do Papai! Demonstra, exatamente, o grau de ternura e amor que o mesmo tinha pela mamãe. Não consigo ler esse poema sem me emocionar.

    Obrigado, Flávio.

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