Dr. Ronald TelesA sociedade atual está cada vez mais inclusiva, e as ditas minorias são cada vez mais aceitas e adequadas aos mais variados degraus de importância e relevância social, que já não lhe cabem mais essa " pecha" de minoria, posto que o predicado basicamente se refere à exclusão e falta de oportunidade.
As mulheres vêm conquistando seus espaços a passos largos e há muito tempo deixaram de ser sinônimo de coadjuvantes, sexo frágil, passividade, neutralidade e voto vencido. A revolução industrial fez o mundo voltar a atenção para o sexo feminino, quando centenas de operárias foram martirizadas e queimadas dentro de uma fábrica de Nova Iorque quando reivindicavam melhores condições de trabalho, sendo instituído a partir desse trágico incidente, o dia internacional da mulher.
De lá para cá, o antigo sexo frágil, galga degraus pertinentes à sua " nada fragilidade ".Biblicamente nossa Eva, foi expulsa do paraíso por tentar seu companheiro com o fruto da perdição e condenada às dores do parto pelo pecado original.
Essa sina de dor e pecado acompanharam a mulher em sua imensa e edificante trajetória, com tantas dificuldades em sua aceitação, decretando sua exclusão, humilhação, relegando-as como seres de segunda classe sem valor. Foram vilipendiadas primitivamente, condenadas simplesmente a parir e multiplicar as famílias, caçadas e mortas como bruxas na idade média, relegadas à escória no início do século 20,desconstruidas em seus anseios e aspirações de seres humanos dignos e capazes.
Santa Joana d'Arc infringiu fragorosa derrota aos ingleses, comandando o exército francês em batalhas épicas, com suposta orientação divina, mas foi queimada impiedosamente em uma fogueira acusada de magia negra!
Nem todas as vitórias femininas foram no entanto de " Pirro"!. Construíram notadamente ao longo dos dois últimos séculos, respeito crescente diante de uma sociedade nitidamente patriarcal. Conquistaram status de trabalhadoras, direito ao sufrágio de seu voto e afirmação como cidadãs, suas vozes foram e são ouvidas através de todas as vertentes culturais, como grandes escritoras, musicistas, teatrólogas e cantoras, estão em profissões antigamente " chave" masculinas, como engenharia, militares e políticas, são CEO de inúmeras empresas nacionais e multinacionais, conquistaram a presidência das repúblicas de vários países; são e foram primeiras ministras, ocupam cargos nas mais altas esferas do poder judiciário e órgãos internacionais como FMI,OTAN e ONU, e já são maioria de 60% nas faculdades de medicina mundiais.
Essas conquistas foram calcadas em anos e anos de lutas, derrotas e vitórias, que levaram a sociedade à uma reflexão profunda e colocaram as mulheres em patamares sempre merecidos por elas! A vergonhosa política chinesa de condenar à morte filhos do sexo feminino e priorizar os homens é injusta e esdrúxula! Ela fere a vida e condena a sociedade à esterilidade futura, o que já começa a perturbá-los, pois já se ressentem de mão de obra para sustentar sua pseudo-república comunista homicida.
O sexo feminino é como a terra que é fertilizada e resplandece com toda grandeza e frutos benignos. Elas usam os dois hemisférios cerebrais ao mesmo tempo, podem fazer assim múltiplas tarefas simultâneas e complexas, são mais calmas, tranquilas e pragmáticas, gostam de discutir exaustivamente e perseguir seus pontos de vista de maneira mais pacífica e inteligente, são governadas pelos estrógenos, que lhe conferem menos agressividade e uma personalidade harmoniosa e agregadora, e lhes acrescentam mais anos de vida! Elas são o útero do mundo, são nossas mães, esposas, filhas, netas e irmãs, noras, cunhadas; são o amor de Deus materno em nossas vidas, são imprescindíveis à nossa paz e a perpetuação do mundo