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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

JOSÉ WILSON DE SOUZA: NATAL SEM FOME

 


NATAL SEM FOME

Ambiente festivo, pompas...
Trânsito caótico.
Lista de presentes, compras.
Geladeira cheia, perus assados.
Fila no cabeleireiro.
No restaurante: doces, salgados.
Antes da ceia: cervejas
 
No restaurante, mãos estendidas: “meu natal”!...
meu natal!...
Era uma criança faminta entre as mesas.
Suas súplicas não são ouvidas.
Barras de chocolates é a alegria de outras crianças nutridas.
 
Meia noite: o grande momento é chegado,
hora da ceia: bebidas, comidas, carnaval...
Já não existem as músicas sacras do passado
que enterneciam e convidavam à oração
 
A criança continua implorando: “meu natal”!...               
 ”meu natal”!...
 
Não notaram a criança
que faminta, enfim adormeceu. De inanição...
E o aniversariante?
Também esqueceram...  
Aquela criança faminta ERA JESUS, o     
aniversariante  que no banquete não a atenderam...

São nossos fotos que tenham um NATAL FELIZ  e um NOVO ANO com muita PAZ sem os problemas que tanto estão maltratando a humanidade.


José Wilson de Souza
Quixadá,  2020/2021

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Congraçamento Anual da SOBRAMES - CE- 2020

 Data: 14/12/2020 (segunda-feira) às 19 horas e 30 minutos

 Pauta:

1- Abertura da reunião;
2- Posse dos novos sobramistas:
Dr. Jotabê Fortaleza;  Dr. Fernando Melo; Dr. Jonas Marinho - Dr Arruda Bastos realiza a saudação em nome da SOBRAMES - CE;
3- Dr. Jotabê Fortaleza fala representando os novos sobramistas;
4- Lançamento do livro: "Fora de Forma" - Apresentação: Dr. Sebastião Diógenes; agradecimento: Dr. Marcelo Gurgel;
5- Homenagem póstuma da SOBRAMES - CE ao sobramista Dr. Francisco Pessoa - Dra Ana Margarida Rosemberg;
6- Homenagem póstuma da SOBRAMES - CE ao Capitão e escritor Francisco Nunes, músico voluntário dedicado do HHJ, do HRU e da SOBRAMES - CE;
7- Saudação de Natal e Ano Novo - Dr. José Maria Chaves;
8- Palavra Facultada;  
9- Encerramento da reunião.

 



















 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Por: Sebatião Diógenes - A quarentena e alguns assombros

 

 

                                                                    Dr. Sebastião Diógenes

A quarentena e alguns assombros

                                                                                     Por: Sebastião Diógenes

            Faz nove meses que cumpro quarentena doméstica, acompanhado da mulher. Estamos no lucro! Graças à proteção de Deus, não contraímos a pavorosa doença  coronada. O diabo do vírus é reimoso, quanto o sabemos,  e muito chegado a uma coroa. Três batidas na madeira, que de flores eu nem gosto!

            Concentramos nossos esforços na proteção contra o coronavírus, num  isolamento  impiedoso e nada sociável. Residimos em um apartamento antigo, mas é bom e seguro. Uma preocupação a menos nesse tempo difícil. Os síndicos têm sido rigorosos no quesito conservação e segurança do pequeno edifício. São cinco andares, três com coberturas, totalizando quinze unidades. 

            Quando fechei a compra do apartamento, chegou-me um veterano morador para desejar boas vindas. Felicitou-me pela compra, que havia feito um bom negócio. Como quem, sem necessidade, diz alguma coisa só para chocar, ele falou: Você sabia que moram neste edifício um viúvo e quatro viúvas? Respondi que não sabia, e que a informação chegara tarde demais.

            Com o passar do tempo, o quadro dos viventes do condomínio se alterou. O viúvo e uma viúva faleceram.  Mas, a escrita manteve o seu perverso ofício, pois, duas outras moradoras viuvaram.  Confesso que não tenho sobrosso com essas coisas. Todavia, em tempo de pandemia, devemos redobrar os cuidados com o livro da vida. 

            Estou a escrever, este despretensioso texto, incentivado pela leitura da crônica do confrade Vladimir Távora (Sopro de Luz – Antologia Sobrames - 2020, pag. 336) que narra uma passagem muito interessante. Engraçada, até! Já casado com Ana Edite, certo dia, o cunhado Ary contou-lhe um segredo de família: a Iza, a babá que acompanhou o crescimento de todos os filhos de D. Sarah, certa vez disse para a mamãe que ela receberia todas as filhas de volta. E completou o cunhado mui amigo: Viúvas!  Abra do olho... É importante frisar, que na época, havia duas irmãs de Ana Edite viúvas.

            Mesmo assim, com esses assombros, continuamos vivendo, cada um a seu modo: o confrade Vladimir, de olho aberto, conforme prescrição  do cunhado;   eu, de porta fechada, por determinação da infectologia.  

Sebastião Diógenes

11-12-2020

 


quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

DESPEDIDA AO PESSOINHA.

 


Os últimos dias não foram fáceis. Vê-lo se transformar em alguém que não era ele, fisicamente, já anunciava a necessidade de guardá-lo na memória e no coração.

25 dias de internação em UTI, sendo os últimos 6 intubado, algumas bactérias a serem debeladas e uma coleção de insuficiências: cardíaca, renal, respiratória e circulatória.

Na madrugada de 03/12/2020, uma chamada do Hospital, às 4h17, era a certeza de que tinha chegado a sua hora. Por volta de 4h da manhã, de uma forma calma e tranquila, seu coração foi parando e ele partiu.

Pessoinha, Francisco, Dr. Pessoa, Chico, 88, Soinha, pra gente Pai, Papai ou simplesmente Paizinho. Como fará falta sua mensagem de amor todas as manhãs, sua companhia, seus carões, seu vozeirão, seu cheiro, seu ritmo ao batucar qualquer coisa, suas brincadeiras, seus assobios (um para cada filha e esposa), seu olhar, suas histórias, sua vontade de participar de tudo e seu abraço. A saudade será nossa companheira de hoje em diante. Iremos reaprender a viver com teu silêncio.

Somos gratos eternamente a Deus por termos tido a oportunidade de conviver com o senhor durante todos esses anos. Para quem dizia não completar 40 anos, e repetir essa história a cada década, chegar aos 71 anos é um sinal de teimosia e força!

Somos gratos por termos feito a nossa despedida, em família, no sábado dia 07 de novembro, véspera de sua entrada no Hospital. Ficamos com seu último sorriso bem registrado em nossas mentes!

Somos gratos por termos tido tempo de ir processando essa perda, a cada notícia desagradável vinda dos médicos.

Somos gratos por tua existência, teus ensinamentos, tua convivência, teu DNA e teu amor.

Aqui choram por ti tua eterna Mirian, contigo desde 1967, tuas filhas: Núbia, Mirella e Lia, teus genros: André, Juan e Thiago, teus netos: Igor (24), Lucas (11), Bernardo (6m) e Lara (5m). E uma legião de amigos e familiares.

Nossas vidas não serão mais as mesmas, teremos uma pessoa muito especial olhando por nós de algum lugar do universo.

Vai com Deus, Paizinho!

Descansa em paz!

Sua missão de amor por aqui findou e colocaremos em prática teus ensinamentos!

Como ele pediu, foi enterrado com a camisa azul do Colégio Militar (50 anos), a calça mais surrada e só de meia, não precisava de sapato porque todos devem ser doados. E às 10:30 seu caixão se aproximava da urna do Vovô Clóvis, seu pai, ao som de “Serra da Boa Esperança”, do jeitinho que ele queria.

Em virtude da infecção generalizada e do contexto da pandemia, decidimos por um momento íntimo de despedida e um sepultamento ainda pela manhã. Entre nós tem diabéticas (Mirella e Lia) e mães de dois bebês, além da Mirian que também é do grupo de risco. Esperamos a compreensão de todos e saibam que ficamos imensamente felizes e emocionadas com tantas mensagens e homenagens para o Papai. Como ele é querido e amado! Como ele tinha tantos amigos! Sabendo disso, um sentimento de mais orgulho e amor invade os nossos corações.

Obrigada! Obrigada! Obrigada!

Muita gratidão em nome de toda a família.

Ass.: Mirian, Núbia, Mirella e Lia.

(*) Mensagem de despedidas da esposa Mirian e das filhas Núbia, Mirella e Lia enviada a familiars e amigos de Francisco José Pessoa de Andrade Reis.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

 

 SOCIEDADE BRASILEIRA DE MÉDICOS ESCRITORES - REGIONAL CEARÁ
 Rua Bárbara de Alencar, 1329-B - Aldeota - CEP 60140-000 - FORTALEZA-CE
 CNPJ – 02.580.532/0001-70

 

Fortaleza, 03 de dezembro de 2020.

 Prezados Senhores (a).

 Comunicamos, com grande pesar, o falecimento do nosso estimado colega Dr. Francisco José Pessoa de Andrade Reis, membro titular da SOBRAMES-CE. Expressamos nossos sinceros votos de pesar à família do Dr. Pessoa, desejando paz e conforto espiritual, neste momento de dor e saudade.

                                      
 Atenciosamente, 

Raimundo José Arruda Bastos
Presidente da Sobrames-CE

 

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Por Sebastião Diógenes - Numa livraria in: Sopro de luz

Numa livraria in: Sopro de luz

      As capas e os títulos das Antologias anuais da Sobrames têm se tornado um destaque à parte, em cada edição da obra. São artes do melhor quilate, e que fazem jus ao miolo do livro, construído com textos do mais elevado gabarito. Capa e título de livros devem ser bem elaborados, criativos, em deferência à obra em si e ao leitor. É como se fora uma mesa bem posta para receber os amigos na partilha do pão. Em Sopro de luz o confrade Geraldo Bezerra nos premia com a crônica Numa livraria (pág. 148). O belo e oportuno texto versa sobre o mau gosto de títulos de livros de algumas obras, expostas em uma grande livraria de Fortaleza. O notável escritor só suportou ler três títulos. Não teve nervo suficiente, porém, para ler o nome de cada autor, menos ainda, correr a vista nas orelhas dos livros. Sentiu-se mal. A mulher, zelosa com a saúde do marido, pegou-lhe a mão e foram para casa. Sabe ela, pois, quem já teve edema agudo de pulmão, não deve andar por aí se expondo a contrariedades mórbidas.

Compreendo a determinação do estimado confrade de não retornar à acumpliciada livraria.  Considero que a livraria que expõe livros com títulos chulos, em suas prateleiras, tem a sua culpa. Como o tem, por exemplo, o supermercado que vende leite azedo. Parabéns, GB!

Forte abraço.

Sebastião Diógenes.
30-11-2020

 

domingo, 18 de outubro de 2020

SOBRE GRATIDÃO - FÁTIMA AZEVÊDO

 

                                   Dra. Fátima Azevêdo

 

Sobre GRATIDÃO
no Dia do Médico

A gratidão à vocês nossos colegas, dessa minha amada turma e de outras turmas também, não pode jamais ser esquecida. Não citarei nomes porque a lista é longa demais. Já precisei de muitos de vocês ou para mim ou para familiares ou para “fregueses” carentes e desvalidos. Minha gratidão é imensa e infinita à cada um de vocês que já cuidou de mim ou dos meus, já me socorreu ou socorre sempre, com dedicação, amor e solidariedade. Há também os que nunca me atenderam, mas fizeram ponte para outros colegas atenderem aos meus ou a amigos ou pessoas necessitadas. Já teve colega que em pleno apagão, ficou no consultório até a luz voltar, só pra não deixar de me atender... Já teve colega que abriu a clínica em pleno lockdown só para me atender. Há colegas que se dispõem a fazer consulta à distância pra familiares meus porque precisamos de sua ajuda especializada e moram noutro estado e há até colegas de turma que disponibilizam material de uso hospitalar que não encontro mais em farmácias...e há os colegas terapeutas, cujos ouvidos e corações estão sempre disponíveis. Sem vocês meus queridos colegas médicos e amigos, a vida seria bem mais difícil. Vocês com suas atitudes amorosas e fraternas, aliviam a dor não apenas de seus pacientes regulares, mas a de muitos colegas. Por isso e por muito mais, minha GRATIDÃO infinda por ter vocês em minha vida. ♥️

Fátima Azevêdo

quarta-feira, 16 de setembro de 2020


                                                         Voto de Pesar

Prezados Senhores(a)

Comunicamos que a Sociedade Brasileira de Médicos Escritores -Regional Ceará (Sobrames-CE) sente-se também enlutada pelo falecimento da médica pneumologista  Dra. Elenita Maria Pinheiro da Fonseca, fazendo aqui constar nosso VOTO DE PESAR, extensivo a toda família, neste momento de dor.

https://youtu.be/jQiA8PxO7Qk

Atenciosamente,

Raimundo José Arruda Bastos
  Presidente da Sobrames-CE

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

LIVE DE ANIVERSÁRIO - SOBRAMES CEARÁ


 
LIVE DE ANIVERSÁRIO - SOBRAMES CEARÁ

A cultura médica literária está em festa, uma vez que há 38 anos foi fundada a Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - SOBRAMES Regional Ceará.

E, para celebrar esta data, a Presidência da SOBRAMES Ceará, com o apoio dos editores do Jornal do Médico, promovem logo mais uma live comemorativa que pode ser acessada pelas plataformas digitais do Jornal do Médico.

Não perca: é hoje (24), às 19:30h
YouTube
https://youtu.be/wJ-ltLgHRm8
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https://www.facebook.com/jornaldomedico/live/

SOBRAMES - REGIONAL CEARÁ: UMA HISTÓRIA PARA SER CONTADA


SOBRAMES - REGIONAL CEARÁ: UMA HISTÓRIA PARA SER CONTADA 

Por Celina Côrte Pinheiro (1949-2016), data da publicação original: 15 de abril de 2015.
 
     No dia 24 de agosto de 1982, na sala de reuniões do Centro Médico Cearense, sob a presidência do Dr. Juarez de Souza Carvalho, foi realizada a primeira reunião com a finalidade de criação da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, capítulo Ceará, conforme denominação no livro de atas. Neste consta que o mentor da ideia de criação da entidade foi o colega Dr. Francisco Dionísio Aguiar Viana que, após dois anos de tentativas e contatos com diversos médicos de vários pontos do Brasil, passou à troca de correspondências com o 11º Presidente da Nacional na gestão 1982/1984, Dr. Odívio Borba Duarte. 
     Este enviou cópia do estatuto da entidade-mãe para ser submetido a adaptações condizentes com a realidade local. Para isto, criou-se uma comissão constituída pelos médicos José Borges Sales, Francisco Nóbrega Teixeira, Lucíola Santos Rabelo e Emanuel de Carvalho Melo. Ainda presentes à reunião encontravam-se os médicos escritores: Hamilton Santos Monteiro e Mariano Araújo de Freitas.
     O fato interessante é que o próprio idealizador da regional Ceará, conforme declaração pessoal nessa primeira ata, considerava-se apenas médico e não um escritor. Sonhou um sonho por nós... Poucos dias depois, em primeiro de setembro, nova reunião com a mesma finalidade, observando-se a adesão de outros médicos escritores, além dos já citados. Dr. Dionísio Aguiar informou haver recebido amável carta do Dr. Pedro Nava declinando do convite, por motivo de doença, para vir a Fortaleza por ocasião da posse da diretoria da entidade. 
    Em seguida, informou que Dr. Odívio Borba Duarte aceitara o convite para presidir a posse. O estatuto da regional já pronto foi entregue pelo colega Francisco Nóbrega Teixeira e a eleição para posse da 1ª Diretoria marcada para o dia 15 de setembro. A única chapa inscrita e eleita foi assim constituída: Presidente – Dr. Emanuel de Carvalho Melo, Secretário – Dr. José Jackson Sampaio, Tesoureira – Dra. Lucíola Santos Rabelo. Como vogais: Dr. Francisco Nóbrega Teixeira, Dr. Francisco Sampaio Oliveira e Dr. Paulo Gurgel Carlos da Silva.
      Aos quatro dias do mês de novembro daquele ano, no Centro Médico Cearense, na Rua Pedro I, nº 997, Centro, em Fortaleza, a primeira diretoria solenemente tomou posse, com a presença do presidente da Sobrames Nacional, Dr. Odívio, conforme fora planejado. Este sugeriu que o Dr. Francisco Dionísio Aguiar Viana ocupasse o cargo de vice-presidente, o que foi acatado sem qualquer restrição.
    Após a posse, seguiram-se algumas reuniões, quando foram estabelecidas metas e decisões importantes para a consolidação da entidade. Uma delas, a merecer destaque, é que todos os autores das duas coletâneas, Verdeversos (publicada em 1981, anteriormente à criação da Sobrames-CE) e Encontram-se (1983), seriam considerados seus sócios fundadores.
        No quarto dia de janeiro de 1984, foi eleita a segunda diretoria assim organizada: Presidente – Dr. Paulo Gurgel Carlos da Silva, Vice-presidente – Dr. Francisco Nóbrega Teixeira, Secretária – Dra. Maria Helena Pinheiro Cardoso, Tesoureira: Dra. Lucíola Santos Rabelo. Como vogais: Dr. Emanuel de Carvalho Melo, Ricardo Augusto Rocha Pinto e Dr. Francisco Barbosa Benevides. Esta permaneceu até 1987, quando foi eleita nova diretoria.
     Após as duas diretorias citadas, seguiram-se as demais, sem qualquer hiato no que se refere às atividades da Sobrames-CE. Este fato confirma a operosidade de todos os envolvidos com a entidade nesses mais de 30 anos. Além dos dois primeiros presidentes já citados, seguiram-se: Dr. Geraldo Bezerra (1987-1989), Dr. Luiz Moura (1989-1991), Dr. Pedro Henrique Saraiva Leão (1991-1996), Dr. Wellington Alves (1996-2002), Dr. José Telles da Silva (2002-2006), Dr. José Maria Chaves (2006-2010), Dr. Flávio Leitão (2010-2012) e Dra. Celina Côrte Pinheiro que se encontra em sua segunda gestão, com conclusão prevista para 2016. 
        Entre os nomeados, dois chegaram à presidência da Sobrames Nacional, o que muito nos orgulha: Dr. Pedro Henrique Saraiva Leão (1996-1998) e Dr. José Maria Chaves (2008-2010). Também de nossa regional saíram sobramistas que se tornaram imortais da Academia Cearense de Letras, da Academia Cearense de Medicina e da Academia Nacional de Medicina. Na área literária, além da imortalidade afiançada pelo título acadêmico, dois sobramistas, Prof. Dr. José Murilo de Carvalho Martins e Prof. Dr. Pedro Henrique Saraiva Leão, ocuparam também a presidência da respeitável Academia Cearense de Letras.
 
Fonte: http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2015/04/por-celina-corte-sobrames-regional.html
N. do E. De 2016 até 2020, a Sobrames-CE passou a ser presidida pelo Dr. Marcelo Gurgel e atualmente pelo Dr. Arruda Bastos.
 
Membros da atual diretoria da Sobrames-CE, eleita em Assembleia Geral Ordinária, ocorrida no dia 09 de março de 2020, para o Biênio 2020-2022, com a Chapa intitulada Dr. Sérgio Gomes de Matos.

Presidente: Raimundo José Arruda Bastos
Vice-Presidente: Ana Margarida Arruda Rosemberg
1º Secretário: Maria Alcinet Rocha Soares
2º Secretário: Lineu Ferreira Jucá
1º Tesoureiro: Sebastião Diógenes Pinheiro
2º Tesoureiro: Walter Gomes Miranda Filho
Diretor de Cultura: Manoel Dias Fonseca Neto

Conselho Fiscal
Efetivos:
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Maria Dione Mota Rôla
José Eduílton Girão
Suplentes:
José Fábio Bastos Santana
José Mauro Mendes Gifoni
José Cavalcante Fonteles

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Por Fátima Azevedo.

 Hoje cedinho, mexendo na estante de livros, encontrei uma Bíblia com uma capa de plástico protetora. Não a reconheci, nem muito menos a pequenina letra escrita em algumas orações dentro dela. Não era minha, pensei... Como veio parar aqui?! E como eu fui direto nas Escrituras, antes de tocar em qualquer outro livro? Por que meu olhar foi parar na prateleira que não estava à altura dos meus olhos e deu com esse livro?

Não era a Bíblia da minha mãe, nem a do meu pai. A minha, fica no meu quarto e está sempre comigo. Dentro dela encontrei a “Magnífica” e o “Lembrai-vos”, folheando e tentando lembrar de onde veio esse precioso livro.

E fui fazendo uma viagem ao passado. E aportei em um passado de muita dor. E quando cheguei lá, me lembrei da querida e saudosa neonatologista, colega de departamento, ex chefe e amiga fervorosa, que foi nos ver quando eu estive acompanhando minha filha Nina por 30 dias no HRU. 

Era 2012, sobrevivemos, resistimos, renascemos, para a honra e glória de Deus, nosso misericordioso e justo Pai. TUDO PASSA. ISSO TAMBÉM VAI PASSAR. O amor, a esperança e a fé, são redentores. A amizade também. Obrigada Ana Júlia querida. A 1a neonatologista do Ceará. De uma doçura e sabedoria de vida, inigualáveis. Sempre viva em meu coração.

Fátima Azevêdo 

Fortaleza, 13/8/2020

terça-feira, 11 de agosto de 2020

REUNIÃO ONLINE DA SOBRAMES-CE - 10/08/2020

Ontem, 10/08/2020, realizou-se mais uma reunião online da Sobrames-CE, às 19h30, pelo google Meet  

Pauta 

1- Abertura - Dr. Arruda Bastos 

2- Aprovação da ata da última reunião 

3- Financeiro - Dr. Sebastião Diógenes 

4- Antologia - Dr. Marcelo Gurgel 

5- Congresso da SOBRAMES- Dr. Arruda 

6- Aniversário da SOBRAMES - Dr. Arruda 

7- Discussão 

8- Leituras 

9- Encerramento da reunião

 

domingo, 12 de julho de 2020

POR MANOEL FONSECA: Anita Garibaldi

12 de julho: Dia das Heroinas e Mártires da Independência da América, em Homenagem a Anita Garibaldi.


Anita Garibaldi

Anita, a heroína de dois mundos,
Se uniu ao guerrilheiro italiano,
O amor entre os dois era tão profundo,
De sonhos, de ideais e afeto humano.

Em Imbituba foi o batismo de fogo,
Ao enfrentar a marinha imperial, 
Mostrou coragem, heroísmo e denodo
Em Laguna na batalha naval.

Lutaram juntos aos Curitibanos,
Com Garibaldi guerreou no Uruguai,
Na Itália, sempre unidos, peleando.

A ferro e fogo nos legaram a lição,
Com ousadia, em batalhas desiguais,
De unir sonhos, amor, revolução.

       Manoel Fonseca

segunda-feira, 29 de junho de 2020

POR MÁRCIA ALCÂNTARA - Afastar-nos, para ficarmos juntos


 
Afastar-nos, para ficarmos juntos
Texto Publicado no Jornal do Médico, link abaixo.

https://jornaldomedico.com.br/wp-content/uploads/JM%C3%A9dico-02-digital-junho-web.pdf

A cena que assistimos no dia 23 de janeiro de 2020, através de um vídeo de domínio público, postado no The New York Times daquela data, ganhou a mídia internacional e espalhou-se pelo mundo, deixando o povo em estado de espanto. As imagens apontavam para a existência de uma epidemia acontecendo na China, provocada por um coronavirus denominado de SARS-Cov-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome - Coronavirus-2), cujo habitat seria o morcego, e que os animais contaminados através de tais mamíferos, se tornariam portadores e transmissores do vírus à humanos. Provavelmente foi isso que aconteceu num mercado da cidade de Wuhan, Província de Hubei, na Região central da China. Naquele janeiro, o SARS-Cov-2 exibiu seus primeiros estragos: infectara 400 pessoas e levara 17 à morte. No mesmo dia, noticiários nacionais e internacionais do mundo todo, anunciaram que aquela cidade era um movimentado ponto de ligação de viagens coletivas internas, por trem rápido, avião, barcos e, internacionais, por voos diretos, portanto, local de origem e disseminação provável daquela epidemia. Ainda naquele mesmo momento, autoridades chinesas da saúde anunciaram que a China estava vivendo “estágio crítico” de prevenção e controle de uma nova virose e, no dia seguinte, todos os transportes coletivos de Wuhan estavam interrompidos. O Vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde da China disse: “Por favor, não vão para Wuhan e se estiverem naquela cidade, não saiam dela”. Fez isso com o objetivo de barrar a propagação da doença. A cidade ficou praticamente fechada: portos, transportes terrestres e aéreos; transporte coletivo gerais e internos, também. Aconselharam não se aglomerarem em reuniões. Fecharam-se as escolas, o comércio, cancelaram-se eventos. Estava assim decretado o distanciamento social, como medida de prevenção e controle da Epidemia que crescia em Whuan e já surgiam na Inglaterra, Estados Unidos e países vizinhos da China, como Coreia do Sul e Tailândia, tornando-se então, em poucos dias, uma pandemia. Consta que os infectados em outros países haviam estado em Wuhan dias antes. Estabelecidos os elos da contaminação a partir de Wuhan, tornou-se necessário interromper esse ciclo contagiante. No dia 24/01/2020, oficializou-se o LOCKDOWN (confinamento em português) em plena véspera das comemorações do Ano Novo Chinês, quando há o maior fluxo de migração interna do mundo. Rapidamente o sistema de Saúde da China imobilizou a leva populacional de migrantes que comemorariam aquele evento, no dia 25/01/2020 (BBC NEWS - Howard Lang). As pessoas foram tomando conhecimento desses acontecimentos em tempo real, no mundo inteiro. A experiência chinesa sobre lockdown foi transmitida em números e imagens nos noticiários de rádio e TV. “É o estado de globalização mundial que facilita a expansão das viroses no mundo ”, referiu Ana Margarida Rosemberg, em webinar do Jornal do Médico, no YouTube em 13/06/2020 e eu acrescentaria: é também essa globalização que facilita o encontro universal entre países, cujas ajudas mútuas poderão surtir melhores controles de endemias. A partir do primeiro momento de isolamento das pessoas em Wuhan e na China continental, houve uma crescente adoção de seus modelos controladores da doença, por outros países. Incluíam-se nessas medidas: testagem em massa, distanciamento social absoluto, que reduz a interação entre pessoas, rastreamento do foco da doença por aplicativos no celular; quarentena que aplicam-se àquelas pessoas originárias de locais onde há epidemia da virose. Na China e na Coréia do Sul, os modelos implantados levaram ao controle da COVID-19 em menos de três meses dos primeiros registros e foram tidos como eficientes pela Organização Mundial da Saúde (OMS) conforme disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, seu diretor, exortando as nações do mundo a considerarem a experiência chinesa e coreana, em seus países. Cada País tomou sua própria iniciativa com relação ao confinamento e outras medidas de controle foram criadas. Sobre confinamento, há de se dizer que sempre esteve presente no controle das grandes pragas, pestes e endemias mundiais, desde Galeno de Pérgamo, médico e filósofo do primeiro século (129-199), cuja percepção o fez entender que lesões em uma pessoa, passam a outra e, portanto, recomendava o confinamento dos doentes, para não disseminarem suas doenças. Praticou confinamento também durante a grande peste da história, denominada de Antonina (165-180) (“O Olhar dos Mestres para o Agora”, de Margareth Dalcomo, O GLOBO de 09/06/2020). Mesmo com um lastro seguro das experiências antigas e atuais, nacionais e internacionais, para controle das endemias, o Brasil tem perdido o fio da meada das experiências exitosas, mergulhando desde o início da COVID-19, no obscurantismo do atual governo, quando seu mandatário debochou e debocha da gravidade que seria a disseminação da COVID-19 e rejeitou o isolamento social. Por isso, hoje somos o segundo país do mundo onde se morre mais da COVID-19. A razão disso é algo mais virulento e mortal do que o SARS-Cov-2: é seu próprio governo desgovernado, caótico, deletério e mortal. Foi aí que, para salvar vidas, praticando o confinamento de modo firme, uma colcha de retalhos se formou, com cada Estado cuidando de sua população, ao seu modo, a maioria seguindo e adaptando protocolos da OMS às suas realidades. Felizmente, no Ceará, desde janeiro de 2020, estabeleceu-se uma Força Tarefa que conduz de modo ininterrupto a aplicação das medidas de controle que vão desde o estabelecimento do Isolamento social ao Lockdown e à organização dos atendimentos hospitalares e de terapia intensiva, a fim de que os portadores da COVID-19 tivessem um atendimento humanizado e eficaz. Assim, tem se mantido o Sistema Único de Saúde, em pleno gozo de funcionamento: boa parte do Estado já mostra queda no número de infectados, hospitalizações e mortes. O Ceará afastou-nos de modo eficaz e, agora, paulatina e resilientemente, nos junta para uma nova maneira de viver sob o impacto da COVID-19.