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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

POR ANA MARGARIDA - NUNCA MAIS


José Rosemberg &Ana Margarida


NUNCA MAIS

Nunca mais teu corpo belo e quente
A aquecer-me nas longas noites frias.
Nunca mais aquele amor ardente
Cheio de encanto, paixão e poesia.

Nunca mais teus sábios ensinamentos
De tuberculose, tabagismo e biologia molecular,
A saciar minha sede de conhecimentos,
Além, querido, de tua cultura invulgar.

Nunca mais as viagens ao velho mundo,
Nossos passeios, unidos, de braços dados.
Nunca mais contemplaremos juntos,
Felizes, aqueles museus encantados.

Nunca mais as nymphéas de Monet
Inundando de cores nosso olhar.
Festa para os olhos, como gostavas de dizer,
Matisse, Lautrec, Van Gogh e Renoir.

Nunca mais poder te oferecer
O meu mais puro, meigo e transparente olhar.
Nunca mais nas madrugadas te embalar
Com as melodias que eu gostava de cantar.

Nunca mais tua voz, tua presença,
Teus doces beijos, tuas declarações de amor,
Somente a dor atroz de tua ausência
E o vazio sideral que me restou...

Ana Margarida               
São Paulo, 08 de setembro de 2006.

3 comentários:

  1. Essa infinita saudade em seus versos, hoje creio são doces lembranças.Inesquecíveis momentos... Um abraço, Ana.

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  2. É verdade, Fátima. Com o tempo a saudade fica doce e serena... Fica a felicidade de ter vivido um grande amor... bj

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