Diário de uma quarentena (36º dia)
As lives das panelas
Por Arruda Bastos
Hoje, 24 de abril de 2020, passamos o dia todo sendo bombardeados com as notícias da saída do Ministro Sérgio Moro do governo Bolsonaro. Foi pronunciamento pra cá e pra lá. Até agora, quando estou escrevendo minha crônica, as informações não param. O ministro saiu atirando e com certeza a situação do presidente vai se complicar muito. O pronunciamento de Moro mais pareceu uma delação premiada.
Como tenho compromisso de nas minhas crônicas não abordar temas políticos, a não ser de leve e quando o fato é muito relevante, se o som do tilintar das panelas, que batem insistentemente agora de forma ensurdecedora, deixarem eu vou voltar a escrever. Realmente está difícil, só mesmo com um fone de ouvido e fechando as janelas e portas vai ser possível continuar.
Nesse trigésimo sexto dia de quarentena e depois de tudo que relatei nos dois parágrafos anteriores, só mesmo apelando para a irreverência e o espírito moleque dos cearenses para tirar de letra. Assim sendo, resolvi escrever a respeito das inúmeras lives que inundam as redes sociais e de uma irreverente música que escutei no youtube.
Tenho participado de algumas lives, convidado que fui por diversos amigos como Jairo Castelo, Josemar Argolo do Jornal do Médico e muitos outros. Digo que foi uma excelente experiencia e a participação popular, o ponto alto. Foi tão estimulante que na próxima segunda-feira, dia 27, vou retomar o meu programa de televisão ”Encontro Marcado” com o parceiro José Maria Philomeno, agora na forma de live nas nossas contas do facebook.
Nos últimos dias tivemos ótimas lives: do Roberto Carlos, de Sandy e Junior, do Wesley Safadão, o festival “One World: Together At Home” e muitas outras. Todas bastante interessantes, com muita audiência e até com arrecadação de recursos para os mais necessitados.
Mas, no dia de hoje, de tanto ouvir batida de panelas, comentários nas redes sociais e na televisão, não me resta mais nada do que transcrever a letra da música, com bastante humor, “Não aguento mais “live” de Fábio Carmeirinho que transcrevo abaixo.
Eu agradeço a minha mulher / Por ter me preparado pra essa quarentena / Nesse confinamento / Todo hora ela manda eu fazer uma live / "laiva" louça, "laiva" a pia, vai "laivando" os pratos / Não tô aguentando fazer tanta live / "Live", vou fazer uma "live" / Não aguento mais "live" / Já "laivei" toda a louça / "Live", vou fazer outra live / Não aguento mais "live" / Já "laivei" toda roupa.
Para terminar, digo que tudo é brincadeira, pois estou aberto a novos convites para lives. Agora vou encerrar por aqui, pois, pelo que tudo indica, a barulhada de panelas vai ser tanta que não vai adiantar fone de ouvido, tampouco fechar portas e janelas.
Amanhã eu volto com uma nova crônica.
Essa foi a do dia 36. #FiqueEmCasa
Arruda Bastos é médico, professor universitário e presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores
As lives das panelas
Por Arruda Bastos
Hoje, 24 de abril de 2020, passamos o dia todo sendo bombardeados com as notícias da saída do Ministro Sérgio Moro do governo Bolsonaro. Foi pronunciamento pra cá e pra lá. Até agora, quando estou escrevendo minha crônica, as informações não param. O ministro saiu atirando e com certeza a situação do presidente vai se complicar muito. O pronunciamento de Moro mais pareceu uma delação premiada.
Como tenho compromisso de nas minhas crônicas não abordar temas políticos, a não ser de leve e quando o fato é muito relevante, se o som do tilintar das panelas, que batem insistentemente agora de forma ensurdecedora, deixarem eu vou voltar a escrever. Realmente está difícil, só mesmo com um fone de ouvido e fechando as janelas e portas vai ser possível continuar.
Nesse trigésimo sexto dia de quarentena e depois de tudo que relatei nos dois parágrafos anteriores, só mesmo apelando para a irreverência e o espírito moleque dos cearenses para tirar de letra. Assim sendo, resolvi escrever a respeito das inúmeras lives que inundam as redes sociais e de uma irreverente música que escutei no youtube.
Tenho participado de algumas lives, convidado que fui por diversos amigos como Jairo Castelo, Josemar Argolo do Jornal do Médico e muitos outros. Digo que foi uma excelente experiencia e a participação popular, o ponto alto. Foi tão estimulante que na próxima segunda-feira, dia 27, vou retomar o meu programa de televisão ”Encontro Marcado” com o parceiro José Maria Philomeno, agora na forma de live nas nossas contas do facebook.
Nos últimos dias tivemos ótimas lives: do Roberto Carlos, de Sandy e Junior, do Wesley Safadão, o festival “One World: Together At Home” e muitas outras. Todas bastante interessantes, com muita audiência e até com arrecadação de recursos para os mais necessitados.
Mas, no dia de hoje, de tanto ouvir batida de panelas, comentários nas redes sociais e na televisão, não me resta mais nada do que transcrever a letra da música, com bastante humor, “Não aguento mais “live” de Fábio Carmeirinho que transcrevo abaixo.
Eu agradeço a minha mulher / Por ter me preparado pra essa quarentena / Nesse confinamento / Todo hora ela manda eu fazer uma live / "laiva" louça, "laiva" a pia, vai "laivando" os pratos / Não tô aguentando fazer tanta live / "Live", vou fazer uma "live" / Não aguento mais "live" / Já "laivei" toda a louça / "Live", vou fazer outra live / Não aguento mais "live" / Já "laivei" toda roupa.
Para terminar, digo que tudo é brincadeira, pois estou aberto a novos convites para lives. Agora vou encerrar por aqui, pois, pelo que tudo indica, a barulhada de panelas vai ser tanta que não vai adiantar fone de ouvido, tampouco fechar portas e janelas.
Amanhã eu volto com uma nova crônica.
Essa foi a do dia 36. #FiqueEmCasa
Arruda Bastos é médico, professor universitário e presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores
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