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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

POR: VICENTE ALENCAR - CANTO AO AMOR

VICENTE ALENCAR - MEMBRO DA SOBRAMES-CE

CANTO AO AMOR
Vicente Alencar
(Da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo).
Desnudo minha alma
quando estou contigo.
e amo, 
penso,
vibro,
descubro raízes.
Brigo com meus valores,
caminho firme dentro da vida,
pois teus conceitos são janelas
por onde passo a enxergar 
pormenores.
São momentos de atenção,
onde ao sabor do movimento
e do calor dos corpos,
sei que vivo.
Sou um homem aberto
aos teus encantos,
aos teus olhares
e teu amor.
Encontro-me contigo, e, 
comigo mesmo,
quando estamos juntos.
Juntos, em corpo,
pois, juntos, estaremos sempre,
todo o tempo,
o tempo todo,
mesmo separados.
Teu sorriso é o meu sorriso,
tua dor é a minha dor,
pois divido nossas emoções.
fim
 Fortaleza 13.01.2017

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

POR: VICENTE ALENCAR - TEU OLHAR

Vicente Alencar -  Membro da Sobrames-CE

TEU OLHAR

                                     Vicente Alencar

Teu olhar 
é uma janela aberta
de beleza.

vejo pelos teus olhos
o mundo que nos
mostra a vida.

encontro-me feliz
quando fitas os meus olhos,
com tua mensagem de amor.

destacar o amor no olhar,
é sentir o caminho
que emana do coração.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

POR: FÁTIMA AZEVÊDO - JEITO SINGULAR

Dra. Fátima Azevêdo - Membro da Sobrames-CE

JEITO SINGULAR
É da natureza dela ser feliz.
É da natureza dela perdoar e esquecer.
Não guarda rancores.
Prefere guardar amores.
Pra ser feliz, não precisa de muito.
Nem de muitos ao seu redor.
Sua riqueza mora nela, não está nos bancos.
Não tem culpa se adivinha pensamentos
ou o que está por trás de um olhar
ou de um sorriso,
ou de um simples movimento.
Nasceu com esse defeito de fabricação: o de adivinhar as coisas.
Sabe quando vai chover e quando o tempo vai fechar.
Pode ver os corações e escutar seus batimentos à distância.
Mas ninguém acredita.
Pensam que está inventando.
Ela é filha da água e do ar,
do fogo e da terra
E ela sabe amar.
Vu par Fátima Azevêdo à Mercredi 13:42

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017


Aconteceu hoje, dia 09/01/2017, às 19h30, no Espaço Cultural Dra. Nilza dos Reis Saraiva, na Av. Rui Barbosa nº 1880, mais uma reunião ordinária da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Sobrames-CE. Presidida por Marcelo Gurgel, presidente da Sobrames-CE, a reunião seguiu a pauta abaixo:

PAUTA DA REUNIÃO ORDINÁRIA – 09/01/2017

1 - Abertura da sessão
2 - Faltas justificadas:
Ø Josemar Argollo - em viagem
Ø Policarpo Barbosa - em viagem
Ø Flávio Leitão - outro compromisso
Ø José Pessoa - outro compromisso
3 - Aniversariantes do mês:
Ø Fco. Sérgio Rangel de Paula Pessoa – 04
Ø José Fábio Bastos Santana – 05
Ø Fco. José Costa Eleutério – 05
Ø Fco. Saraiva da Silva Jr. – 07
Ø Paulo Alexandre N. de Andrade – 17
Ø Raimundo José Arruda Bastos – 19
Ø Sebastião Diógenes Pinheiro – 20
Ø João Luis Alencar Araripe Falcão – 24
4 - Assuntos/comunicações:
Ø Anuidade 2017
Ø Posse na ACL Dr. Flávio Leitão
Ø Posse dos novos membros
Ø Calendário de reuniões
Ø Programação Semeando Cultura
Ø Balanço financeiro 2016   
5 - Palavra facultada
6 - Leitura de textos dos sobramistas:
Ø Marcelo Gurgel: Haroldo Juaçaba na terra Barbara
Ø Luciano Marques: - Fora todos, todos fora
                               - Sua excelência, o candidato
Ana Margarida Rosemberg: - O selo na luta contra a tuberculose
Manoel Fonsêca: - Os Sentidos
Arruda Bastos: - A família top 100 e a lágrima que rolou na minha face

7 - Encerramento
Lanche - cortesia da Dra. Nilza dos Reis










TEXTOS
Por: Marcelo Gurgel
É próprio da vida: começo, meio e fim. Com a feitura de um livro, não é diferente. Primeiro, a introdução; depois, os muitos capítulos que representam o corpo da obra; e, finalmente, o último argumento (Ultima Ratio).
Por que se fez essa obra sobre Haroldo Juaçaba? – Há justificativa para tudo.
Com referência a mais uma publicação da Coleção Terra Bárbara, editada pela Fundação Demócrito Rocha (FDF), a explicação está no fato de que já não era sem tempo reverenciar a memória de Haroldo Gondim Juaçaba, ele que ganhou unanimidade, em termos de bem-querer, tal como quer a expressão latina: a maiori usque ad minus, ou, em português, “desde o maior até o menor”.
O histórico de vida de Haroldo Gondim Juaçaba, no livro das Edições Demócrito Rocha, segue uma linha do tempo, em formato de roda, para dar vez a uma imagem em constante movimento, consubstanciada na dinâmica das suas ações.
A introdução do livro ressalta Haroldo Juaçaba, como modelo de médico, mestre e cidadão. Os dez capítulos enfeixados neste livro trazem a público as vertentes de uma personalidade essencialmente plural, expostas na seguinte ordem: 1. Um homem de família; 2. Uma unanimidade médica; 3. O mestre de muitas gerações; 4. O refino da cultura; 5. O homem que clinicava; 6. Um referencial de equilíbrio; 7. A face oculta do atleta; 8. Um homem de atitudes; 9. O homem que virou referência; e 10. Um curriculum vitae exemplar.
Na Ultima Ratio recorre-se a uma epígrafe de Elsie Studart que, parafraseando Shakespeare, referiu: “Haroldo Juaçaba nasceu grande, atingiu a grandeza e cabe a nós lançar a grandeza sobre ele.” A verdade, em tudo isso, é que já não se faz mais um Haroldo Gondim Juaçaba como este, celebrado como homem com H maiúsculo. Exatamente o H de Haroldo, a legendária figura dessa “terra bárbara”, que foi também de Bárbara de Alencar.
Infelizmente, por razões editoriais e operacionais, a primeira autora, professora Elsie Studart, que tanto ansiava por esta obra publicada, não viu materializar esse sonho, porque o Criador a chamou para junto de Si, antecipadamente A ela, a nossa justa homenagem póstuma.
Por fim, presta-se o agradecimento à família Juaçaba, à direção do Instituto do Câncer do Ceará (ICC) e aos editores da FDR, pela viabilização desta obra, cuja lançamento, em avant-première, deu-se em 25/11/2016, ao ensejo da celebração dos 72 anos de fundação do ICC.


Por: Manoel Fonsêca
OS SENTIDOS

Eu te olho sem ter pejo.
Existo no teu olhar.
Te vendo sempre me vejo,
O humano a se espelhar!
Eu escuto tua fala,
Que ressoa em meu peito.
Minha alma, então, se cala
Para ouvir-te com respeito!
Ao te tocar o sagrado
Do teu corpo, se faz luz.
Com tato te dou cuidado,
Teu cuidado me seduz!
Teu convívio saboreio,
Temperado com alegria,
Posso dizer, sem receio,
Trocamos sabedoria!
Um cheiro bem carinhoso
Transmite afeto e emoção.
Deixa um perfume gostoso
Quem ama de coração!
Refletem nossos sentidos
Janelas de sentimentos,
São caminhos percorridos
Na busca do entendimento.

Por: Arruda Bastos
A família top 100 e a lágrima que rolou na minha face

Durante mais um final de semana abençoado, repleto de alegrias, atribuições profissionais e familiares, bastou que eu batesse os olhos em uma foto da família na residência da minha irmã Regina, por ocasião do seu aniversário, para que eu sentisse um arrebatador desejo de escrever sobre a família e a graça de ter uma estruturada.
Deitado em uma rede com Marcilia, tendo ao redor meus filhos, e ainda olhando embevecido para o infinito céu azul e a imensidão do mar da praia de Águas Belas, senti a inspiração final para começar a escrever sobre a família. Era a tintura ideal, a moldura e a paisagem que esperava para o tema.
Para começar, necessitava de alguns dados, pois não gostaria de escrever só sobre os consanguíneos, mas sim incluir os afins, que vou me negar no texto a chamá-los de “agregados”, principalmente por reconhecê-los como fundamentais para o crescimento da família, em quantidade e qualidade. São todos muito amados!
Em uma breve pesquisa com minhas lindas irmãs, contabilizamos o número de cem pessoas considerando como início a geração dos meus amados pais. A quantidade me assustou e me fez cair na real que estou realmente ficando velho, embora me sinta como vinho, cada vez melhor, sem sequer notar o peso dos anos, uma vez que estou em plena forma. Resolvi, então, adotar o título de “top 100” em homenagem a todos.
A minha crônica tem por finalidade exaltar a importância da família como base de tudo, nosso porto seguro e um presente de Deus para todos nós. A responsabilidade, portanto, de um casal que inicia uma família é imensa, do tamanho do céu e do mar de Cascavel. A cada dia que passa, com a mudança dos tempos, as drogas, a violência social, as tentações da modernidade e a desagregação familiar, o desafio para as famílias é cada vez maior.
A célula mater de toda família são os pais, a fonte de tudo. Lembro com carinho, então, de Cesar Bastos e Maria de Lourdes, meus pais e principais protagonistas da minha crônica. A semente que fez germinar essa grande e frondosa árvore. Vai aqui minha homenagem a eles que são os protótipos e um exemplo a ser seguido por todos. Encontramos em muitas famílias outros Cesars e Lourdes que, como eles, tem muita dificuldade atualmente para criar seus filhos, mas, que com muito amor e responsabilidade, dedicam suas vidas pelas famílias.
Meu pai é o único da minha família que não está mais entre nós, está no plano superior, intercedendo e cuidando de todos. As lembranças da sua figura de magnífico pai, esposo e filho fez uma lágrima correr na minha face. Se você, assim como eu, não tem mais um dos pais e seus olhos marejaram ao ler esse parágrafo do meu texto, digo que tenho certeza de que você é ou será um excelente exemplo para sua família. Ter o coração aberto e sensível às emoções é muito importante. Não se reprima, demonstre todo seu amor à sua família antes que seja tarde.
Minha família, como a dos meus leitores, não é melhor e nem pior do que as outras, é só a minha família e isso faz toda diferença. É sangue do meu sangue e é por ela que me transformo em um gigante para enfrentar os desafios que a vida nos apresenta. É na família que encontramos forças para encarar as agruras da vida, as dificuldades, as provações, por mais difíceis que elas sejam. Não devemos nos sentir menores ao, sempre que necessário, apelar para o aconchego e o apoio familiar. Nossa família é para Deus o espelho da imaculada família de Nazaré.
Com a música do seriado “A grande família”, dedico essa minha crônica a todas as famílias do mundo. “Essa família é muito unida e também muito ouriçada; briga por qualquer razão, mas acaba pedindo perdão”. É assim que entendo ser família. Que Deus ilumine todos vocês que, como eu, tem uma grande família. Para aqueles que pretendem iniciar as suas e também para quem ainda não valoriza a que tem, digo que ainda é tempo e que o principal fermento para fazer crescer uma bela família é o amor, a união e a fé em Deus.

Por: Ana Margarida Rosemberg
O SELO NA LUTA CONTRA A TUBERCULOSE
O selo antituberculose, símbolo da luta contra a tísica no Mundo, teve a sua origem nos últimos anos do século XIX e difundiu-se em mais de 60 países.
Em 1897, foram emitidos os mais antigos em Nova Gales do Sul e traziam a efígie da Rainha Vitória. Editados na ocasião do Jubileu de Diamante da referida rainha, tiveram suas vendas destinadas aos tuberculosos de Sidney.
Os primeiros países do Mundo a editarem selos foram: Nova Gales do Sul, Portugal, Dinamarca, Suécia, Países Baixos, Áustria, Noruega, Baviera, Islândia e Finlândia. Os selos antituberculose difundiram-se no Mundo graças ao dinamarquês Einar Hollboel, funcionário dos correios, que, em 1904, teve a iniciativa de criar todos os anos selos no natal. Foi editado um selo com a efígie da Rainha dinamarquesa que era tuberculosa.
Em Portugal, a Assistência Nacional aos Tuberculosos (ANT), encampando a ideia, lançou um selo com o retrato da Rainha Dona Amélia, que, também, era tísica, e teve boa receptividade. A partir daí, disseminou-se em muitos países, inclusive no Brasil, e outros países da América Latina.
A Federação Brasileira das Sociedades de Tuberculose (FBST), a Sociedade Brasileira de Tuberculose (SBT) e as Ligas: Pernambucana, “Bahiana”, Riograndense do Sul e Paulista, entre 1927 e 1955, editaram selos, como instrumentos de educação sanitária e como meio de obter recursos para a luta. A Liga Paulista editou 14 campanhas. Os selos das três primeiras traziam as efígies de três grandes tisiólogos fundadores da Liga Brasileira Contra a Tuberculose: Azevedo Lima, Hilário de Gouveia e Cypriano de Freitas. Quase todos os selos editados por Clemente Ferreira, pioneiro da luta contra a tuberculose no Brasil e presidente da Liga Paulista contra a Tuberculose, traziam a seguinte frase: “Pró-tuberculosos pobres”.
Os selos foram valiosos instrumentos de educação sanitária. A partir da década de 1920, todos os selos editados pelas associações filiadas à União Internacional contra a Tuberculose (UICT) passaram a exibir a Cruz de Lorena, outro ícone na luta contra a tísica. Segundo Rosemberg, a Cruz de Lorena e o Selo Antituberculose erigiram-se em símbolos de maior curso internacional de toda a história da medicina.