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segunda-feira, 29 de junho de 2020

POR MÁRCIA ALCÂNTARA - Afastar-nos, para ficarmos juntos


 
Afastar-nos, para ficarmos juntos
Texto Publicado no Jornal do Médico, link abaixo.

https://jornaldomedico.com.br/wp-content/uploads/JM%C3%A9dico-02-digital-junho-web.pdf

A cena que assistimos no dia 23 de janeiro de 2020, através de um vídeo de domínio público, postado no The New York Times daquela data, ganhou a mídia internacional e espalhou-se pelo mundo, deixando o povo em estado de espanto. As imagens apontavam para a existência de uma epidemia acontecendo na China, provocada por um coronavirus denominado de SARS-Cov-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome - Coronavirus-2), cujo habitat seria o morcego, e que os animais contaminados através de tais mamíferos, se tornariam portadores e transmissores do vírus à humanos. Provavelmente foi isso que aconteceu num mercado da cidade de Wuhan, Província de Hubei, na Região central da China. Naquele janeiro, o SARS-Cov-2 exibiu seus primeiros estragos: infectara 400 pessoas e levara 17 à morte. No mesmo dia, noticiários nacionais e internacionais do mundo todo, anunciaram que aquela cidade era um movimentado ponto de ligação de viagens coletivas internas, por trem rápido, avião, barcos e, internacionais, por voos diretos, portanto, local de origem e disseminação provável daquela epidemia. Ainda naquele mesmo momento, autoridades chinesas da saúde anunciaram que a China estava vivendo “estágio crítico” de prevenção e controle de uma nova virose e, no dia seguinte, todos os transportes coletivos de Wuhan estavam interrompidos. O Vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde da China disse: “Por favor, não vão para Wuhan e se estiverem naquela cidade, não saiam dela”. Fez isso com o objetivo de barrar a propagação da doença. A cidade ficou praticamente fechada: portos, transportes terrestres e aéreos; transporte coletivo gerais e internos, também. Aconselharam não se aglomerarem em reuniões. Fecharam-se as escolas, o comércio, cancelaram-se eventos. Estava assim decretado o distanciamento social, como medida de prevenção e controle da Epidemia que crescia em Whuan e já surgiam na Inglaterra, Estados Unidos e países vizinhos da China, como Coreia do Sul e Tailândia, tornando-se então, em poucos dias, uma pandemia. Consta que os infectados em outros países haviam estado em Wuhan dias antes. Estabelecidos os elos da contaminação a partir de Wuhan, tornou-se necessário interromper esse ciclo contagiante. No dia 24/01/2020, oficializou-se o LOCKDOWN (confinamento em português) em plena véspera das comemorações do Ano Novo Chinês, quando há o maior fluxo de migração interna do mundo. Rapidamente o sistema de Saúde da China imobilizou a leva populacional de migrantes que comemorariam aquele evento, no dia 25/01/2020 (BBC NEWS - Howard Lang). As pessoas foram tomando conhecimento desses acontecimentos em tempo real, no mundo inteiro. A experiência chinesa sobre lockdown foi transmitida em números e imagens nos noticiários de rádio e TV. “É o estado de globalização mundial que facilita a expansão das viroses no mundo ”, referiu Ana Margarida Rosemberg, em webinar do Jornal do Médico, no YouTube em 13/06/2020 e eu acrescentaria: é também essa globalização que facilita o encontro universal entre países, cujas ajudas mútuas poderão surtir melhores controles de endemias. A partir do primeiro momento de isolamento das pessoas em Wuhan e na China continental, houve uma crescente adoção de seus modelos controladores da doença, por outros países. Incluíam-se nessas medidas: testagem em massa, distanciamento social absoluto, que reduz a interação entre pessoas, rastreamento do foco da doença por aplicativos no celular; quarentena que aplicam-se àquelas pessoas originárias de locais onde há epidemia da virose. Na China e na Coréia do Sul, os modelos implantados levaram ao controle da COVID-19 em menos de três meses dos primeiros registros e foram tidos como eficientes pela Organização Mundial da Saúde (OMS) conforme disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, seu diretor, exortando as nações do mundo a considerarem a experiência chinesa e coreana, em seus países. Cada País tomou sua própria iniciativa com relação ao confinamento e outras medidas de controle foram criadas. Sobre confinamento, há de se dizer que sempre esteve presente no controle das grandes pragas, pestes e endemias mundiais, desde Galeno de Pérgamo, médico e filósofo do primeiro século (129-199), cuja percepção o fez entender que lesões em uma pessoa, passam a outra e, portanto, recomendava o confinamento dos doentes, para não disseminarem suas doenças. Praticou confinamento também durante a grande peste da história, denominada de Antonina (165-180) (“O Olhar dos Mestres para o Agora”, de Margareth Dalcomo, O GLOBO de 09/06/2020). Mesmo com um lastro seguro das experiências antigas e atuais, nacionais e internacionais, para controle das endemias, o Brasil tem perdido o fio da meada das experiências exitosas, mergulhando desde o início da COVID-19, no obscurantismo do atual governo, quando seu mandatário debochou e debocha da gravidade que seria a disseminação da COVID-19 e rejeitou o isolamento social. Por isso, hoje somos o segundo país do mundo onde se morre mais da COVID-19. A razão disso é algo mais virulento e mortal do que o SARS-Cov-2: é seu próprio governo desgovernado, caótico, deletério e mortal. Foi aí que, para salvar vidas, praticando o confinamento de modo firme, uma colcha de retalhos se formou, com cada Estado cuidando de sua população, ao seu modo, a maioria seguindo e adaptando protocolos da OMS às suas realidades. Felizmente, no Ceará, desde janeiro de 2020, estabeleceu-se uma Força Tarefa que conduz de modo ininterrupto a aplicação das medidas de controle que vão desde o estabelecimento do Isolamento social ao Lockdown e à organização dos atendimentos hospitalares e de terapia intensiva, a fim de que os portadores da COVID-19 tivessem um atendimento humanizado e eficaz. Assim, tem se mantido o Sistema Único de Saúde, em pleno gozo de funcionamento: boa parte do Estado já mostra queda no número de infectados, hospitalizações e mortes. O Ceará afastou-nos de modo eficaz e, agora, paulatina e resilientemente, nos junta para uma nova maneira de viver sob o impacto da COVID-19.



segunda-feira, 15 de junho de 2020

Por: Daniel daart - PANDEMIA

PANDEMIA

 

 
Dr. Daniel Arruda Teixeira


 PANDEMIA

Continuarei ser humano
recuso-me a esfriar, endurecer ou me trancar

Continuarei olhando nos olhos
e deixarei as emoções fluírem

Continuarei amando

Posso abrir mão de um abraço por algum tempo
mas o futuro chegará
e com ele vou explodir te abraçando tão forte
quanto desejei em cada um desses dias

Hoje te abraço com os olhos

mas essa máscara nunca esconderá
o meu sorriso

daniel daart

sexta-feira, 12 de junho de 2020

POR ARRUDA BASTOS: Diário de uma quarentena (86º dia)

Diário de uma quarentena (86º dia)
A quarentena, o relógio e o dia dos namorados
Por Arruda Bastos

Hoje, 12 de junho de 2020, completo meu octogésimo sexto dia de quarentena e comemoro, ainda em isolamento social, os meus 47 anos de namoro e 41 anos de casado com minha querida esposa, Marcilia. A expectativa inicial era de poder comemorar com a família, mas infelizmente os números de casos de covid-19 continuam subindo e o distanciamento ainda se faz necessário.

Ontem, como estava exausto, dormi cedo, o que me fez acordar ainda na madrugada. Olhei para o relógio e ele marcava duas horas e trinta minutos. Resolvi, então, pegar o celular e escrever mais uma crônica do meu diário, essa especial, pois comemorativa do dia dos namorados e das bodas de seda do meu casamento.

Marcilia dormia como uma fada e, tendo um sono leve, eu não poderia fazer barulho. Levantei e da varanda vislumbrei a lua que, de forma manhosa com seus raios, iluminava nossa cama e aquele “corpo meigo e tão pequeno que tem uma espécie de veneno tão gostoso de provar”. Nos últimos três anos, acordei meu amor com: “O amor do eterno namorado” em 2017, “Seu amor me pegou” em 2018 e “O amor e nossas bodas de esmeralda” em 2019.

Olhei mais uma vez para o relógio e ele marcava duas horas e trinta minutos. Fechando os olhos recordei que a mesma lua que iluminava o nosso quarto tinha sido muitas vezes testemunha do nosso amor nesses quarenta e sete anos de feliz união. Poderia então utilizar a lua dos namorados como inspiração, mas o relógio, meu parceiro, me chamava atenção.

O silêncio da noite fazia o tempo passar mais rápido. O meu coração batia forte em tic tac lembrando um relógio antigo. À medida que os minutos passavam, recordava dos momentos felizes que vivemos, do nosso casamento, dos filhos, netos e agora das agruras desse isolamento como uma “Odisseia na terra dos vírus gigantes”, como escrevi no início da quarentena.

O relógio implacável marcava três horas em sua incontida caminhada para o amanhã. De tanto ver as horas, lembrei-me de uma música antiga do meu tempo de criança que dizia: porque não paras relógio, não me faças padecer. O resto da música não lembrava, então procurei na internet a letra completa. Agora o relógio marca três horas e vinte e sete minutos.

Depois de escutar a música no youtube, resolvi atender aos clamores daquele ativo marcador do tempo que olhava insistentemente do móvel a minha frente. O relógio, escolhi para coadjuvante da minha crônica, pois a minha amada Marcilia é a protagonista. Agora já beirávamos as quatro horas e Marcilia começava a superficializar o sono. Qualquer barulho ela acordaria. Deveria ter cuidado e terminar de escrever antes do primeiro beijo de aniversário.

Às quatro horas e quarenta, Marcilia começou a acordar linda e meiga, como sempre, e com aquele sorriso encantador. Nos beijamos e depois comecei a ler a crônica que passei a noite com o relógio a escrever. Coloquei também para tocar a música “Relógio” interpretada por Altemar Dutra (Versão em Castelhano) e dei mais um beijo apaixonado.

Para concluir, digo que o nosso amor é para sempre e não vai ser a pandemia, por pior que seja, que vai entristecer o nosso dia. Agora o relógio marca cinco e quinze, é o momento de mudar a música para o Kid Abelha, com Paula Toller.

Vou ficando por aqui, o restante eu conto no meu livro “Diário de uma quarentena” depois que tudo passar.  Agora é só love, só love.

 Arruda Bastos é médico, professor universitário e presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - SOBRAMES - CE

Sobramista participa de entrevista sobre COVID-19 hoje dia 12/06/2020


Olá, tudo bem na medida do possível?!
 
Nossa sobramista, Dra. Ana Margarida, convida a todos os confrades e confreiras, para conferirem logo mais às 18h, a entrevista que irá conceder sobre história das pandemias e a relação com a COVID-19, com exibição no Canal do Jornal do Médico no YouTube.
Acesse a entrevista clicando neste link: https://youtu.be/DhgIrJqgmg0
Se eu fosse você, não perderia por nada! É grátis e informativo! 

Grande abraço!

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Cordialmente,
ARGOLLO
Diretor-Executivo

Vídeochamadas:
Whats App: +55 85 996673827
Skype: argollomarketing

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Por Manoel Fonseca: Nossa Mãe Natureza

Nossa Mãe Natureza

Senhora das florestas e das terras férteis, 
Senhora dos rios e das águas calmas,
Senhora dos minerais e tesouros adormecidos,
Senhora dos seres que voam, dos que caminham, dos que nadam,
Nossa senhora e protetora de todos os viventes, derramai vossas bençãos sobre a terra, nossa morada, estendei vosso manto de luz sobre teus filhos e filhas, para que haja 
paz enquanto vivermos e pelas novas  gerações que hão de vir. Eu te reverencio nossa Mãe Natureza.

Manoel Fonseca

05 de Junho - Dia Mundial do Meio Ambiente

Por: ana margarida arruda rosemberg - O que fazer na quarentena da COVID-19

Publicado no Jornal do Médico




O QUE FAZER NA QUARENTENA DA COVID-19

Quarentena.  S. f. 1. Período de 40 dias. 2. Espaço de tempo (originariamente 40 dias) durante o qual os passageiros procedentes de países onde há doenças contagiosas graves são obrigados à incomunicabilidade a bordo dos navios ou em um lazareto. 3. Porção, ou número, de quarenta coisas. 4. Bras. Abstinência sexual.
                                                                                       Dicionário Aurélio Buarque de Holanda

Em tempos de pandemia, quarentena, isolamento, distanciamento social e lockdown estão no nosso dia a dia como armas para conter a rápida propagação do agente causal da Covid-19, o vírus Sars-Cov-2 (coronavírus).
Entretanto, o termo quarentena, por ser o mais conhecido, é usado também como sinônimo de distanciamento social.
Segundo o médico infectologista Stefan Cunha Ujvari, autor do livro “A História e suas epidemias”, a quarentena surgiu na Idade Média, durante uma das epidemias da peste bubônica (peste negra).
A Sereníssima República de Veneza, histórica cidade do comércio e das artes, situada na Península Itálica, rota de portos comerciais, foi atingida pela peste negra em inúmeras epidemias, entre 1361 e 1528. Diante da enorme mortalidade e do grande dano à economia causados pela peste, os governantes determinaram que todas as embarcações que chegassem à cidade teriam que ficar afastadas, para que as pessoas que tivessem doentes não desembarcassem.
Os órgãos da República se reuniram e um membro do clero decidiu quantos dias seriam. Como eles achavam que a peste era um castigo divino, o clérigo usou várias passagens bíblicas que tinham 40 dias, 40 anos e estipulou que seriam 40 dias. Daí surgiu a “quarentena”.  Portanto, a quarentena é um isolamento profilático, preventivo.
Em princípio, quando uma pessoa é colocada em quarentena, ela está sadia e sem sintomas da doença, apesar de ter tido contato com um doente ou permanecido em local de surto da doença. A pessoa é colocada em reclusão, afastada do restante da população, como medida de cautela até que seja certificada a integridade de sua saúde.
 A quarentena pode ser individual (para uma pessoa que volta de viagem internacional ou para contatos domiciliares de caso suspeito ou confirmado de coronavírus) ou coletiva (um navio, um bairro ou uma cidade).
O isolamento é diferente da quarentena pois é uma medida aplicada à pessoa doente, para tratamento e restabelecimento de sua saúde, evitando a contaminação de outras pessoas saudáveis de seu convívio. Pode ser em domicílio ou em ambiente hospitalar.
O distanciamento social é a diminuição do relacionamento entre os moradores de uma localidade, e tem como finalidade frear a velocidade de transmissão do vírus. É fundamental para que as pessoas infectadas, assintomáticas ou oligossintomáticas não espalhem o vírus, contaminando pessoas sadias.
No caso da Covid-19, o distanciamento social pode ser ampliado ou seletivo. No distanciamento social ampliado, há o fechamento de escolas, lojas, mercados públicos etc.  O trabalho em casa é estimulado, mas os serviços essenciais são mantidos. No distanciamento social seletivo, somente os grupos de maior risco como: idosos, diabéticos, hipertensos, imunodeprimidos e portadores de outras co-morbidades ficam isolados.
Quando as medidas de distanciamento social, isolamento e quarentena são insuficientes, pode ser necessário o bloqueio total (lockdown).
No Brasil está sendo aplicado, em muitas cidades, o distanciamento social ampliado, comumente chamado de quarentena. Vemos em algumas cidades e até em estados o lockdown.
 Ao menos 1,5 bilhão de pessoas no mundo estão sendo afetadas pelas ações de combate ao coronavírus. Nesta pandemia, está ocorrendo uma quarentena global em centenas de países, ao mesmo tempo. Isso é inédito.
No início desta “quarentena”, as pessoas foram aos poucos se adaptando a uma nova rotina. Muitas encontraram um ritmo, mas outras sentiram tédio e até depressão.
A pergunta que todos fazemos é: o que fazer nessa quarentena?
O mais importante é pensar que tudo vai passar e que o melhor a fazer é aproveitar esse momento para repensar valores e modo de vida. Aqui vão algumas sugestões:
 Colocar a casa em ordem preenche o tempo e dá satisfação.
 Arrumar armários, gavetas e separar roupas e objetos para doar, estimula a solidariedade. Limpar tudo com esmero, mudar o local dos móveis, do sofá, da cama, da escrivaninha, deixa o ambiente mais saudável e bonito.      
Rever fotos antigas, trocar as fotos dos porta-retratos, organizar arquivos de fotos no computador nos faz recordar e reviver.
 Arrumar estantes de livros.  Separar um horário para ler aqueles que comprou e nunca leu, além de reler outros com novo olhar, nos fará mais sábios.
Assistir aos filmes e seriados que ficaram na lista e que, por falta de tempo, não foram vistos, nos dará alegria e prazer.
 Curtir os familiares presencialmente, ou por chamada de vídeos, é sempre divertido e estreita laços afetivos.
 Nessa pandemia, tem pessoas em piores situações que a nossa. Procurar ajudá-las torna-se uma obrigação. Por isso, é preciso ser generoso com os mais vulneráveis.
Ter compaixão com aqueles que perderam seus entes queridos faz bem a psique humana.  Ore, exercite sua fé.  A oração fortalece e é um bálsamo para a dor.
  Cozinhar é um desafio divertido e prazeroso. Para quem nunca se aventurou na cozinha, há vídeos na internet com o passo a passo de como preparar um bom prato.
Lembre-se: cozinhar é uma arte.
Segundo Friedrich Nietzsche: “sem música, a vida seria um erro”.  Aproveitemos para ouvi-la enquanto realizamos tarefas domésticas.     
Estudar; não há melhor investimento do que o conhecimento. A internet oferece muitos cursos gratuitos nesse período de quarentena.
Aprender uma nova língua nos liberta.
Reciclar objetos, que os franceses chamam de bricolagem, é divertido.  A natureza agradece. Montar um escritório em casa, home office, é prático e lucrativo para algumas atividades. Visitar os sites dos museus, deliciando-nos com obras de arte, nos torna mais cultos. Cultivar plantas, mesmo que sejam em uma varanda. Voltaire termina seu livro “Cândido ou o Otimista”, com a seguinte frase: “é preciso cultivar nosso jardim”.
Meditar faz bem à mente. Exercitar-se faz bem ao corpo e à mente.
Pensar e filosofar para sair dessa quarentena com a certeza de que é preciso transformar a sociedade em que estamos mergulhados em outra mais solidária, igualitária, criativa e bela. A sociedade da emancipação humana e do meio ambiente.
ana margarida furtado arruda rosemberg
Fortaleza, 20.5.2020