Diário de uma quarentena (26° dia)
A quarentena da caneta azul
Por Arruda Bastos
Durante a quarentena, é importante a manutenção de uma rotina mínima. A minha continua rígida, com hora para acordar, para fazer exercícios, tomar banho de sol e tudo mais. Também tenho aproveitado para dar andamento a muitos projetos que, por falta de tempo, estavam adormecidos nos meus computadores.
Vasculhando meus alfarrábios virtuais, encontrei várias crônicas escritas pela metade, sem revisão ou que, de tão sem noção, não tinha levado a frente e nem tive coragem de publicar. Como no isolamento social vale tudo para se entreter, resolvi terminar uma que escrevi em dezembro do ano passado que tinha como titulo “A história da caneta azul”.
Para adaptar ao momento atual, resolvi mudar o nome para “A quarentena da caneta azul”, fato que vai justificar minha coragem de divulgar a história que escrevi quando pensava em ficar milionário no final do ano passado com a Mega Sena da Virada. Infelizmente, só acertei um número e mesmo que tivesse acertado todos, no atual quadro, não faria a menor diferença.
A crônica que escrevi relata: Depois de escutar a música “Caneta azul” do compositor maranhense, morador da cidade de Balsas, Manoel Jardim Gomes, de ver suas participações na mídia e, agora no final do ano, na propaganda da Caixa da Mega Sena da Virada, fiquei com o hit definitivamente na cabeça.
Fui, então, pesquisar sobre a letra da música e sobre o autor. Descobri que a inspiração do compositor veio de um fato acontecido com ele no passado. Toda a inspiração veio do desaparecimento da sua caneta azul em uma escola. Ela estava marcada com o seu nome, escrito com sua própria letra.
Encontrei, também, que todo dia o autor viajava para o colégio levando uma caneta azul e outra amarela. Acontece que, numa bela manhã de sol, a de cor azul desapareceu. O trauma foi tão grande que o compositor decidiu escrever uma música solicitando, até pelo amor de Deus, a devolução do importante objeto. O fato acarretou, inclusive, em um atrito com a sua professora.
Na letra, Manuel desabafa e diz que foi repreendido pela mestra por não ter uma caneta azul. Ele ficou fulo da vida, pois a última que tinha era a desaparecida. Depois de calmo, e para amenizar o problema, prometeu à profa. que compraria uma nova logo que possível.
Manuel Jardim compõe desde os quinze anos e só atualmente, aos 49 anos, veio a fazer sucesso. Em outubro passado ele registrou a “Caneta Azul” em cartório. Atualmente, nas ruas de Balsas e na maioria das cidades do Brasil, os versos da melodia e a história são assuntos comentados.
O vídeo da sua interpretação, postado na internet, superou a marca de muitos milhões de visualizações, batendo inclusive a de muitos artistas famosos do nosso país. Não sei como Manuel vai de grana, espero que bem, e em isolamento social como a maioria de nós. Tenho convicção que a sua música continua a inspirar muitos escritores incautos como eu.
Para terminar, vou postar a música na íntegra para que você, meu leitor, possa cantar na noite de hoje e até quem sabe fazer uma serenata, com muito humor, para sua amada. O momento atual só será superado com muita perseverança e bom humor.
Amanhã eu volto com uma nova crônica
Esta foi a do dia 26. #FiqueEmCasa
Arruda Bastos é médico, professor universitário e presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES - CE).
Caneta Azul
Manoel Gomes
Caneta azul, azul caneta
Caneta azul tá marcada com minhas letra
Caneta azul, azul caneta
Caneta azul tá marcada com minhas letra
Todo dia eu viajo pra o colégio
Com uma caneta azul e uma caneta amarela
Eu perdi minha caneta e eu peço, por favor
Quem encontrou, me entrega ela
Caneta azul, azul caneta
Caneta azul tá marcada com minhas letra
A professora, ela veio brigar comigo
Porque eu perdi a última caneta que eu tinha
Não brigue, professora, porque eu vou comprar outra canetinha
Caneta azul, azul caneta
Caneta azul tá marcada com minhas letra
Caneta azul, azul caneta
Caneta azul tá marcada com minhas letra
A quarentena da caneta azul
Por Arruda Bastos
Durante a quarentena, é importante a manutenção de uma rotina mínima. A minha continua rígida, com hora para acordar, para fazer exercícios, tomar banho de sol e tudo mais. Também tenho aproveitado para dar andamento a muitos projetos que, por falta de tempo, estavam adormecidos nos meus computadores.
Vasculhando meus alfarrábios virtuais, encontrei várias crônicas escritas pela metade, sem revisão ou que, de tão sem noção, não tinha levado a frente e nem tive coragem de publicar. Como no isolamento social vale tudo para se entreter, resolvi terminar uma que escrevi em dezembro do ano passado que tinha como titulo “A história da caneta azul”.
Para adaptar ao momento atual, resolvi mudar o nome para “A quarentena da caneta azul”, fato que vai justificar minha coragem de divulgar a história que escrevi quando pensava em ficar milionário no final do ano passado com a Mega Sena da Virada. Infelizmente, só acertei um número e mesmo que tivesse acertado todos, no atual quadro, não faria a menor diferença.
A crônica que escrevi relata: Depois de escutar a música “Caneta azul” do compositor maranhense, morador da cidade de Balsas, Manoel Jardim Gomes, de ver suas participações na mídia e, agora no final do ano, na propaganda da Caixa da Mega Sena da Virada, fiquei com o hit definitivamente na cabeça.
Fui, então, pesquisar sobre a letra da música e sobre o autor. Descobri que a inspiração do compositor veio de um fato acontecido com ele no passado. Toda a inspiração veio do desaparecimento da sua caneta azul em uma escola. Ela estava marcada com o seu nome, escrito com sua própria letra.
Encontrei, também, que todo dia o autor viajava para o colégio levando uma caneta azul e outra amarela. Acontece que, numa bela manhã de sol, a de cor azul desapareceu. O trauma foi tão grande que o compositor decidiu escrever uma música solicitando, até pelo amor de Deus, a devolução do importante objeto. O fato acarretou, inclusive, em um atrito com a sua professora.
Na letra, Manuel desabafa e diz que foi repreendido pela mestra por não ter uma caneta azul. Ele ficou fulo da vida, pois a última que tinha era a desaparecida. Depois de calmo, e para amenizar o problema, prometeu à profa. que compraria uma nova logo que possível.
Manuel Jardim compõe desde os quinze anos e só atualmente, aos 49 anos, veio a fazer sucesso. Em outubro passado ele registrou a “Caneta Azul” em cartório. Atualmente, nas ruas de Balsas e na maioria das cidades do Brasil, os versos da melodia e a história são assuntos comentados.
O vídeo da sua interpretação, postado na internet, superou a marca de muitos milhões de visualizações, batendo inclusive a de muitos artistas famosos do nosso país. Não sei como Manuel vai de grana, espero que bem, e em isolamento social como a maioria de nós. Tenho convicção que a sua música continua a inspirar muitos escritores incautos como eu.
Para terminar, vou postar a música na íntegra para que você, meu leitor, possa cantar na noite de hoje e até quem sabe fazer uma serenata, com muito humor, para sua amada. O momento atual só será superado com muita perseverança e bom humor.
Amanhã eu volto com uma nova crônica
Esta foi a do dia 26. #FiqueEmCasa
Arruda Bastos é médico, professor universitário e presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES - CE).
Caneta Azul
Manoel Gomes
Caneta azul, azul caneta
Caneta azul tá marcada com minhas letra
Caneta azul, azul caneta
Caneta azul tá marcada com minhas letra
Todo dia eu viajo pra o colégio
Com uma caneta azul e uma caneta amarela
Eu perdi minha caneta e eu peço, por favor
Quem encontrou, me entrega ela
Caneta azul, azul caneta
Caneta azul tá marcada com minhas letra
A professora, ela veio brigar comigo
Porque eu perdi a última caneta que eu tinha
Não brigue, professora, porque eu vou comprar outra canetinha
Caneta azul, azul caneta
Caneta azul tá marcada com minhas letra
Caneta azul, azul caneta
Caneta azul tá marcada com minhas letra
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