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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Por Sebastião Diógenes - Numa livraria in: Sopro de luz

Numa livraria in: Sopro de luz

      As capas e os títulos das Antologias anuais da Sobrames têm se tornado um destaque à parte, em cada edição da obra. São artes do melhor quilate, e que fazem jus ao miolo do livro, construído com textos do mais elevado gabarito. Capa e título de livros devem ser bem elaborados, criativos, em deferência à obra em si e ao leitor. É como se fora uma mesa bem posta para receber os amigos na partilha do pão. Em Sopro de luz o confrade Geraldo Bezerra nos premia com a crônica Numa livraria (pág. 148). O belo e oportuno texto versa sobre o mau gosto de títulos de livros de algumas obras, expostas em uma grande livraria de Fortaleza. O notável escritor só suportou ler três títulos. Não teve nervo suficiente, porém, para ler o nome de cada autor, menos ainda, correr a vista nas orelhas dos livros. Sentiu-se mal. A mulher, zelosa com a saúde do marido, pegou-lhe a mão e foram para casa. Sabe ela, pois, quem já teve edema agudo de pulmão, não deve andar por aí se expondo a contrariedades mórbidas.

Compreendo a determinação do estimado confrade de não retornar à acumpliciada livraria.  Considero que a livraria que expõe livros com títulos chulos, em suas prateleiras, tem a sua culpa. Como o tem, por exemplo, o supermercado que vende leite azedo. Parabéns, GB!

Forte abraço.

Sebastião Diógenes.
30-11-2020