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quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

NATAL - Por: Ronald Teles


Dr. Ronald Teles - Cardiologista

Natal

            Chegamos ao final de mais um ano; época de revisões, de julgamento, de interrogações a respeito de ganhos e perdas a respeito da prosperidade de nossas ações, e do que pensamos ter construído de bom ao curso dos 365 dias do calendário gregoriano, que definiu esse espaço de tempo, que circunscreve nossas vidas, ações e pensamentos.

Essa época por ter em seu âmago um caráter revisivo nos volta às nossas consciências e à arquitetura de nossos pensamentos pode sofrer com nossas cobranças mais íntimas, e a sensação de que algo não foi construído ou até desconstruído por nossos atos.

 Incrivelmente as festas de final de ano aceleram e acarretam índices elevados de suicídio, que representam uma ruptura total do querer, do pertencimento ao mundo, e da autoaceitação, assim da cobrança suprema de nossos atos e pensamentos; sendo ditada uma ordem da corte suprema do desespero para a auto aniquilação.

Nossos jovens perderam a capacidade de sonhar e já não dormem, pois estão em constante companhia de seus "devices" intitulados celulares ou computadores, e as máquinas  "sonham" por eles, em noites de verdadeira "fissura”, liberando uma dopamina, que lhes dá prazer, mas também outro dia sem sono e repouso, sem a ação de células neurológicas batizadas de micróglia, que são os verdadeiros lixeiros celulares, limpando seus encéfalos e mentes dos maus pensamentos e das doenças degenerativas que tem caráter também genético, mas que também fazem parte do estresse oxidativo vascular, provocado nas preciosas artérias cerebrais, que irrigam bilhões de neurônios, que necessitam de oxigênio, glicose e paz espiritual.

Temos um final de ano alvissareiro para a humanidade; nos preparamos para um ano com uma nova perspectiva de saúde e progresso. Nossa pulsão por viver é calcada na esperança; São Paulo em várias passagens de suas epístolas, encontrava-se faminto, degradado, espancado, amedrontado, abandonado pela caridade humana, mas dizia: "Alegrai-vos na esperança!".

Essa alegria vem do Espírito Santo, e ninguém e nenhum fato pode nem deve nos tirá-la, pois ela é perene, assim como seu manancial é inesgotável pois provém de nossa adoção como filhos de Deus, e do seu amor infindável por nós, para que passemos pelo mundo experimentando as delícias de amar e ser amado em sua dimensão divina.

O Natal, o presépio, o " papai Noel”, têm caráter sagrado, aqueles, e pagão o último. Há 2 mil anos, em uma estrebaria de Belém de Judá, nascia o cordeiro de Deus, o que tira o pecado do mundo, cercado de sua santíssima mãe Maria e seu casto esposo da tribo de Davi, São José, dos bichinhos que presenciaram o nascimento, de um coro angelical que O louvavam com " Hosana nas alturas, nasceu o Salvador da humanidade, paz na terra aos homens de boa vontade ".

Lá estavam também Belchior, Baltazar e Gaspar, os reis magos, vindos do oriente, para adorar o menino Deus e presenteá-lo com ouro, incenso e mirra. Esse nascimento marcou o reinício da esperança de que falávamos ao início, pois colocou na terra o único Deus e homem que habitou entre nós, e através de sua vida e ministério, sua paixão, morte e ressureição, nos mostrou a salvação por sua palavra e nos redimiu do pecado original, com o sangue que pintou na cruz a maior obra de arte até hoje realizada e nunca copiada por nenhuma mão humana, pois o autor dessa obra foi Deus, assim como quem padeceu nela foi o próprio Cristo por amor a todos nós. Voltando ao presépio foi obra e ideia de São Francisco de Assis, que o idealizou como lembrança para a humanidade da singela humildade e majestade de Deus ao seu nascimento.

Já nosso papai Noel, em da Lapônia, terra fria e nevada, onde usava um trenó, tracionado por renas. Essa estória foi transferida ao imaginário infantil como um velhinho rechonchudo voando nos céus em um trenó magico, distribuindo presentes ao redor do mundo na noite de Natal.

Grandes multinacionais se apoderaram da ideia e colocam suas marcas como se fora o real sentido do Natal, em um espetáculo de luzes e consumismo tão pertinente aos dias atuais, materializando a data de 25 de dezembro em festas regadas aos seus produtos, em uma alegria efêmera de um momento.

A infância passa, a inocência dá lugar à maturidade e nos tornamos adultos desconfiados, pragmáticos e objetivos, somos então apresentados aos verdadeiros " papais noeis”: Nossos pais. A verdade é que nosso grande presente natalino, é nossa vida, nossa saúde, nossa família, nossas profissões, que nos dão nosso sustento, o teto que habitamos, quando tantos enfrentam as intempéries do abandono ao ar livre.

Temos tudo e há uma sensação de não termos nada, pois a felicidade não é só um estado de espírito ou algo material conquistado. A plenitude vem de nossa fé, essa plenitude não é palpável nem é contada como o dinheiro que corrompe a tantos. Ela vem do encontro sincero com o amor do Criador por nossas vidas e atos.


terça-feira, 13 de dezembro de 2022

CONFRATERNIZAÇAO NATALINA SOBRAMES-CE - 2022

Aconteceu, ontem, dia 12.12.2022 (segunda-feira), às 19h, no Auditório da Unichristus (2° andar) - Campus Parque Ecológico, Fortaleza-CE, a Confraternização Natalina da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Capítulo Ceará, SOBRAMES-CE.

A programação contou com a solenidade de posse de novos membros, homenagem ao Jornal do Médico e ex-presidentes da Sobrames. O Coral da Unimed de Fortaleza deu um brilho especial ao evento. Empossados: Sócios Titulares: Dra. Adriana Pinheiro Bezerra Pires, Dr. Felipe Oliveira Neves, Dr. Félix Campos de Barros, Dr. José Lima de Carvalho Rocha, Dra. Maria Sidneuma Melo Ventura. Sócio Acadêmico: Marília Carolina Paiva Florêncio