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quarta-feira, 24 de junho de 2015

O ICC COMEMORA 70 ANOS


O Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico) e o Instituto do Câncer do Ceará (ICC) comemoraram em grande estilo, no dia 22/06/2015, 70 anos do ICC.
O Dr. Marcelo Gurgel nos brindou com uma aula  e o lançamento de mais um livro de sua lavra, intitulado: " INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ - 70 anos de conquista".
Parabéns ao ICC pela bela trajetória e ao Dr. Marcelo pela preservação da memória da medicina cearense.













POR: ANTERO COELHO NETO - ELA, A RAINHA

Dr. Antero Coelho Neto - Médico e Membro da Sobrames-CE

ELA, A RAINHA

Publicado no jornal O Povo, 24/06/2015.


Sempre tenho me dedicado muito aos idosos. Por isso, a minha luta, desde quando fui para a Organização Mundial da Saúde, pela longevidade com qualidade de vida da população. E passei a estudá-los nas suas diferentes perspectivas atuais e possibilidades futuras de vida. Vários exemplos de idosos passaram a ser, então, importantes para mim.

Hoje, lembro para vocês uma vida que serve de exemplo. Era o ano de 1935. Nessa noite, as moças da família estavam em ansiosa e alvoraçada animação. Preparavam-se para sair e, nos meus tranquilos 5 anos, fui levado pela mão por uma irmã. Não sabia para onde me levavam, mas falavam de ver uma Rainha. Chegamos próximo ao Parque da Liberdade ou Cidade das Crianças. Era lá o “castelo”. Havia enorme multidão curiosa em frente a uma casa bonita, senhorial, de janelas grandes, toda iluminada para a grande festa que movimentava toda a cidade.
Era a coroação da Rainha do Estudante e aquele palacete era sua casa e dali ela iria ao Teatro José de Alencar para assumir o seu reinado. 

Enfim, surgiu a Rainha, loura, linda, majestosa nos seus 18 anos. Seu nome era Suzana Dias. Eu, encantado com aquela visão mágica, estava fascinado pela beleza da primeira rainha que eu via ao vivo, “em cores.”

Muito mais tarde, por caprichos do destino, conheci outras Rainhas. Em Brasília, a Rainha Elizabeth da Inglaterra e, em Caracas, a Rainha Beatriz, da Holanda. Mas nenhuma delas comparava-se ao que eu vira deslumbrado.
Suzana era aluna do Imaculada Conceição e destacava-se pela dedicação aos estudos. Diplomada como Professora, exerceu o Magistério como excelente educadora.
Sempre amou os livros e, assim, construiu uma vasta cultura que é a sua marca pessoal. Muitos anos depois, quis o destino que a Rainha Suzana se tornasse minha tia-afim por meu casamento com sua sobrinha. Casou-se jovem e, com o médico José Carlos da Costa Ribeiro, tiveram quatro filhas e um filho. Netos e bisnetos compõem sua descendência numerosa.
Ao longo desses últimos 60 anos passei a admirar sua presença forte e extraordinária personalidade agregadora e seus estilos de vida. Sua família e seus amigos são cuidados com desvelo e carinho.
Lúcida, criativa, matriarcal e, sempre antenada à modernidade, lançou aos 96 anos, um livro, com a presença de muitos amigos, com suas receitas (exímia cozinheira) e de parentes. É membro da Academia Fortalezense de Letras e foi fundadora da Sociedade Amigas do Livro.
Hoje, à caminho dos 98 anos, sempre altiva, elegante, sensível, genero

sa e determinada, é um notável exemplo de longevidade, resistindo, ao leme e com firmeza, às limitações que o tempo nos impõe.

Em 2010, quando fui Presidente da Academia Cearense de Medicina, de cujo marido, José Carlos Ribeiro foi um dos seus importantes e ilustres fundadores, tive a oportunidade de estabelecer a Simbólica “Cadeira Sempre Presente” que Suzana Ribeiro usa durante as solenidades. Ela participa ativamente de quase todas as nossas reuniões festivas.
E que fique, para todos, a certeza do que a pesquisa vem demonstrando há vários anos: 60 a 70% da nossa longevidade depende dos estilos saudáveis de vida, 20% da genética, 10% do ambiente que vivemos, trabalhamos e 10% apenas dos cuidados médicos.
Vamos pensar na Suzana?
Antero Coelho Neto

Médico e Professor

terça-feira, 16 de junho de 2015

POR: PEDRO ISRAEL NOVAES DE ALMEIDA - TESOURA MORTAL



Pedro Israel Novaes de Almeida

O autor é engenheiro agrônomo e advogado, aposentado.

                         ​TESOURA  MORTAL
Os recentes episódios de assaltos com o uso de facas, no Rio de Janeiro, inspiraram nossos legisladores à proposição de lei proibindo o porte de armas brancas.
Ao contrário das armas de fogo, que possuem uma finalidade única, existe uma infinidade de utensílios que são usados e transportados no dia-a-dia da população, sem a intenção de ferir ou matar alguém.
Uma velhinha que vai ao comércio, comprar uma agulha de crochê, carrega algo capaz de cegar algum adversário, e o conjunto de agrônomos poderia ser considerado como quadrilha, pois a maioria carrega um perigoso canivete.
Qualquer faqueiro, para ser presenteado aos noivos, necessariamente deverá ser acompanhado pela permissão para transporte de armas, expedido pela autoridade policial.  Lâminas de barbear não mais seriam vendidas em farmácias.
Chave, de carro ou residência, transforma-se com facilidade em soco-inglês, e garçons de rodízios acabariam, todos, presos. Sem faca ou canivete, estaria proibida a pescaria, em todo o território nacional.
Fumantes de fumo em corda teriam, por força de lei, a obrigação de comprá-lo já fracionado, ou aderir ao cigarro de papel. Açougueiros deveriam passar por dificílimos trâmites para porte de armas.
Nossas leis, muitas, são inspiradas em episódios que comovem a sociedade, propostas e votadas no ardor da indignação popular. A solução de problemas com a mera edição de leis e decretos tem sido tentada desde o descobrimento, em vão, pois acabam descumpridas e desmoralizadas.
Se a edição de leis resolvesse, isoladamente, nossos problemas, não existiriam as drogas, menores não conseguiriam encontrar quem lhes vendesse álcool, ninguém dirigiria embriagado e o Brasil jamais sofreria episódios de corrupção. Flanelinhas não agiriam como proprietários da rua, nem existiriam esgotos clandestinos e furtos de água e luz.
A autoridade policial tem o tino necessário para distinguir um bandidinho com faca de um pedreiro com uma picareta (arma branca de grosso calibre). Cabe-lhe sindicar e acautelar a ocorrência de crimes.
A bandidagem vive mudando táticas e instrumentos, e não podemos ficar à mercê de retalhos de leis, a cada mudança. Em países mais evoluídos, vale mais o espírito que as eventuais vírgulas do texto legal.
Qualquer utensílio pode ser considerado como arma branca, quando usado para ferir, matar ou simplesmente intimidar pessoas. Ferir, matar ou simplesmente intimidar pessoas já é crime, qualquer que seja o instrumento.
Intensificar as ações de inteligência e ostensividade policial, diminuir a impunidade e estimular a educação são bem mais úteis que a simples proibição, que  prejudica milhares, para enquadrar dezenas.
       

terça-feira, 9 de junho de 2015

3º SEMEANDO CULTURA - SOBRAMES-CE 08/06/2015

Aconteceu ontem, 08/06/2015, às 19h30, no Espaço Cultural Dra. Nilza dos Reis Saraiva, a terceira versão do Evento SEMEANDO CULTURA, promovido pela Sobrames-CE.
Parabéns à Dra. Celina Côrte, Presidente da Sobrames-CE, por mais esta realização.

Segue, abaixo, o convite.



Dra. Cleide Maria Arruda Pires e Ir. Lúcia Furtado Arruda
Dr. Pessoa e esposa


Dra. Celina Côrte Pinheiro

Dr. Marcelo Gurgel


Ana Margarida, Ir, Lúcia, Dra. Nilza e Dra. Clêide