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segunda-feira, 18 de maio de 2020

Por: Fátima Azevêdo - PARA UMA QUERIDA E GRANDE AMIGA - Thereza Lúcia Prata de Almeida


PARA UMA QUERIDA E GRANDE AMIGA - Thereza Lúcia Prata de Almeida

Minha querida amiga Celma, meus mais profundos e sinceros sentimentos pela partida de sua irmã Thereza.
Hoje à tarde, dia 17 de maio de 2020, fui tomada de uma tristeza avassaladora e ainda não consegui parar de chorar desde que recebi a notícia que a minha, a nossa querida Tê não poderia mais voltar pra nós. Muito, muito triste. Não tenho palavras. A Tê foi a pessoa mais doce, meiga e delicada que eu conheci em toda a minha vida. Lamento imensamente que a vida corrida de todos nós tenha nos limitado os encontros. Não fosse nossos encontros nos corredores da Faculdade de Medicina da UFC, nosso local de trabalho, ambas docentes e minhas consultas esporádicas com ela, eu a teria encontrado menos ainda. Não me conformo que amigos se encontrem tão pouco nessa dimensão. Não me conformo ter que chorar as perdas e a perda do tempo perdido por não termos nos encontrado como gostaríamos. Vivíamos prometendo nos encontrar. Vivíamos ensaiando nos visitar. Vivíamos combinando um café que nunca virou realidade. Não consigo me conformar por não ter sido mais insistente, mais chata com meus pedidos de encontros com vocês duas. Não me conformo. Deveria ter insistido mais. A última vez que vi a Tê foi qdo peguei uma dermatomicose no dedo, após fazer jardinagem. Fiz fotos da lesão, enviei pra ela, prontamente ela deu o diagnóstico, era uma dermatologista excepcional, mas pediu que eu fosse ao ambulatório para me examinar e fazer a microscopia. Deu positivo e me tratou. Depois perguntou: Fá, era assim que me tratava carinhosamente, eu posso usar suas fotos do dedo, para dar aula, pois estão mostrando a lesão dermatológica com perfeição. E eu respondi: claro que pode, Tê e pode dizer aos nossos alunos, que o dedo é meu. As duas rimos e nos despedimos com um grande e apertado abraço. Prometemos uma à outra, marcar o tal café. Foi essa a última vez que vi minha querida e inesquecível amiga. Tê você ficou me devendo o café. 😢😢😢❤️


Fátima Azevêdo
Médica Geneticista
Prof da FAMED-UFC


Um comentário:

  1. Dra com isso aprendemos que precisamos parar e criar tempo para os cafés, as visitas, as conversas, as risadas, os abraços .. a VIDA.... porque depois o tempo passa e nem mesmo o maior milionário do planeta pode comprá-lo

    Abraços

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