ROSA DE CORDISBURGO
Alencar de Messejana,
Lobato de Taubaté,
Augusto de
Engenho Pau D'Arco,
Alvarenga de Vila Rica,
Patativa de Assaré,
Alves de Curralinho,
Varela de Rio Claro,
Veríssimo de Cruz Alta,
Dias é de Caxias,
Amado de Itabuna,
Rubem de Cachoeiro,
Rosa de Cordisburgo.
Que me importa o tempo, o costume?
A era, o
barroso, o arcadismo,
o romantismo, nem sei.
A Literatura é tudo isso,
é poesia, é prosa, é fardo, é volume?
Simbolismo, realismo, modernismo,
tudo isso gira, escreve? É Literatura.
É aluno, é professor, é mestre?
Não doutor, tudo isso é Língua Portuguesa,
É Brasil.
Encontrei uma Rosa.
Em João, em Guimarães.
Nas verdade em Cordisburgo.
Foi alí em Minas.
E por la, Grande sertão: Veredas.
Com Riobaldo mostrando sua odisseia,
vida de jagunço, monólogo bem urdido,
na vingança junto a Joca Ramiro.
Há um pacto como Diabo,
Diadorim em cena, diadorina também.
Mas a vida não é só isso.
Temos "Sagarana",
medicina pelo meio,
carreira diplomática, Cônsul na Europa,
retorno, muitos escritos,
uma vida rica em detalhes.
O "corpo de Baile", Tutameia,
Primeiras Estórias; Ave, Palavra.
A Academia, o tempo, o medo do fardão,
o fim.
João Guimarães Rosa
nasceu e viveu
no mesmo século.
Nós, vivemos a sua obra.
Vicente Alencar
(Da Sociedade de Cultura
Latina do Brasil-Secção CE)
Fortaleza, 02 de maio de 2008.
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