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segunda-feira, 24 de junho de 2013

POR: VICENTE ALENCAR - ROSA DE CORDISBURGO

 
Vicente Alencar - Jornalista e Diretor de Cultura e Divulgação da SOBRAMES-CE
ROSA DE CORDISBURGO

Euclides é de Cantagalo, 
Alencar de Messejana,
Lobato de Taubaté,
Augusto de Engenho Pau D'Arco,
Alvarenga de Vila Rica,
Patativa de Assaré,
Alves de Curralinho,
Varela de Rio Claro,
Veríssimo de Cruz Alta,
Dias é de Caxias,
Amado de Itabuna,
Rubem de Cachoeiro,
Rosa de Cordisburgo.
Que me importa o tempo, o costume?
A era, o barroso, o arcadismo,
o romantismo, nem sei.
A Literatura é tudo isso, 
é poesia, é prosa, é fardo, é volume?
Simbolismo, realismo, modernismo,
tudo isso gira, escreve? É Literatura.
É aluno, é professor, é mestre?
Não doutor, tudo isso é Língua Portuguesa,
É Brasil.
Encontrei uma Rosa.
Em João, em Guimarães.
Nas verdade em Cordisburgo.
Foi alí em Minas.
E por la, Grande sertão: Veredas.
Com Riobaldo mostrando sua odisseia,
vida de jagunço, monólogo bem urdido,
na vingança junto a Joca Ramiro.
Há um pacto como Diabo,
Diadorim em cena, diadorina também.
Mas a vida não é só isso.
Temos "Sagarana",
medicina pelo meio, 
carreira diplomática, Cônsul na Europa,
retorno, muitos escritos, 
uma vida rica em detalhes.
O "corpo de Baile", Tutameia,
Primeiras Estórias; Ave, Palavra.
A Academia, o tempo, o medo do fardão,
o fim.
João Guimarães Rosa nasceu e viveu
no mesmo século.
Nós, vivemos a sua obra.
 
Vicente Alencar
(Da Sociedade de Cultura
Latina do Brasil-Secção CE)

Fortaleza, 02 de maio de 2008.

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