O EXCELSIOR
Por quanto tempo
ainda resistirá o Excelsior?
Um ano, dois,
três,
a vida toda?
Triste, cinzento,
abandonado,
ele vive na ilusão do poeta,
que espera por sua volta.
Este esquecimento
não tem razão de ser?
E,
na verdade
o que tem razão de ser?
Um prédio uno,
único,
diferente de todos
na sua feitura,
na
sua engenharia.
Foi moderno demais
para o seu tempo.
Hoje deveria ser
atração do nosso tempo.
Deste mesmo tempo
que mudou nos conceitos.
Na Engenharia,
na
arquitetura.
Único no país,
com tijolos,
areia,
cal,
trilhos de trem.
Diferente dos outros por inteiro.
Todos esperamos por seu
retorno,
vitorioso, ao dia a dia
desta Fortaleza
de memória fraca.
(Concebido em 2002)
Nenhum comentário:
Postar um comentário