LÂMINA DO POEMA
Gosto das palavras que dormem comigo
puxam meu lençol
donas de verso e conversa,
gosto da alma das palavras
fazendo bruxaria no texto
querendo posto e proposto,
gosto de palavras sem
medo de traças
matronas de
cama e mesa e vezo substantivo,
sou avesso a palavras de pé quebrado
e dou-lhes fuga e perdão.
Porque no armário de palavras mortas
escuto choro de sílabas e gritos suicidas.
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