Dra. Ana Margarida - Médica e Secretária da Sobrames-CE |
Texto publicado no Jornal do
médico em Revista, ano IX/ nº 52/ setembro-outubro/ Dia do Médico 2013/ página
24.
Asclépio é o Deus da medicina e
da cura, na mitologia grega. Os romanos o chamavam de Esculápio. Uma das divindades
mais populares do mundo antigo, Asclépio foi cultuado em várias regiões e
homenageado em templos e hospitais.
Para muitos, Asclépio pode ter
vivido em torno de 1200 a.C. e, depois, ter sido divinizado, pois é citado na
Ilíada de Homero como um médico que aprendeu a sua arte com Quíron.
Por outro lado, reza a lenda que
o Deus Apolo, filho de Zeus, apaixonou-se por Corônis, uma bela mortal. Ao
descobrir que ela o havia traido, Apolo disparou uma seta contra o seu peito.
Antes de morrer, Corônis disse que gestava um filho seu. Apolo, desesperado,
retirou-o de seu ventre e o levou para que o Centauro Quíron o criasse.
A filha de Quíron prevendo o seu
futuro profetizou: Trarás a saúde para todos. Os mortais deverão suas vidas a
ti, e a ti será concedido o poder de dar a vida aos que morreram. E assim foi
sua existência. Tinha tanto poder em curar e ressuscitar que Zeus o puniu,
matando-o com um raio.
Asclépio é representado como um
homem de vasta cabeleira, vestido com uma túnica e apoiado em um cajado onde se
enrola uma serpente. Às vezes, aparece ao seu lado um menino, seu filho
Telésforo, deus da convalescença. Também, pode ser mostrado junto a filha
Higéia.
Asclépio viveu em Epidauro com
sua esposa Epione, e seus filhos: Higéia (higiene), laso (medicina), Akeso
(cura), Aglaia (brilho saudavel), Panacéia (cura para todos os males),
Podalirio e Macaão (deuses protetores dos médicos), Telésforo (deus da
convalescença) e Arato.
Sobrevivem da Antiguidade várias
estátuas de Asclépio e imagens em moedas e camafeus. A estátua de seu principal
templo, em Epidauro, era de ouro e marfim, tinha seis metros de altura. Nela,
ele aparecia sentado em um trono, pousando sua mão direita sobre uma serpente e
a esquerda sobre um cajado. Asclépio foi representado em moedas cunhadas por 46
imperadores romanos.
No Louvre, na ala Denon, existe
uma escultura de Esculápio e outra de Higéia. Na Galeria Borghese, em Roma, há
um templo dedicado a Esculápio. Os deuses não morrem. Asclépio continua vivo.
Ele permanece como símbolo da medicina em inúmeros países do mundo, inclusive
na bandeira da Organização Mundial da Saúde.
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