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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

IX SEMEANDO CULTURA DA SOBRAMES-CE

Hoje, 12/09//2016, às 19h30, no Espaço Cultural Dra. Nilza dos Reis Saraiva, na Av. Rui Barbosa n°1880, Fortaleza-CE, aconteceu o 9º SEMEANDO CULTURA.


O palestrante do evento foi o médico e escritor  Dr. Eurípedes Maia Chaves Junior que abordou o tema: O Barão de Studart: Vida e Obra. 


O evento foi aberto pelo presidente da Sobrames-CE, Dr. Marcelo Gurgel, que justificou as seguintes faltas:
Dione Mota, Djacir Figueirêdo,  Eusébio Rocha,  Flávio Leitão, Renato Evando e comunicou os aniversariantes do mês:
06 – Antonio Carlos Pessoa Chaves
06 – Maria Nilza dos Reis Saraiva
10 – Vladimir Távora Fontoura Cruz
11 – Christiane Araújo Chaves Leite
24 – Isaac Rocha Furtado


Parabéns ao Dr. Eurípedes Chaves por ter mostrado facetas do Barão de Studart, de maneira singular e brilhante, resgatando um pouco da nossa história.


 
Dr. Marcelo Gurgel - Presidente da Sobrames-CE







Dr. Eurípedes Chaves - palestrante



quarta-feira, 31 de agosto de 2016

POR: SEBASTIÃO DIÓGENES - Bilhete ao Pedro Henrique Saraiva Leão

 
Dr. Sebastião Diógenes- Médico e Tesoureiro da Sobrames-CE
    Para entender o bilhete, devo confessar que sou leitor assíduo do poeta Pedro Henrique. Conheço-lhe bem a arte literária, até as palavras que gosta de usar. Certa vez disse-lhe: “Como o mestre gosta de ‘destarte’!...”. Respondeu-me sem detença: “Adoro, e a prima ‘dessarte’ também”. Desde então, quando nos encontramos na Academia Cearense de Medicina, elencamos palavras agradáveis e aquelas desagradáveis aos nossos ouvidos. Brincadeira de quem vive das palavras.
 Prezado poeta,
Bom dia!
    Conforme lhe falei durante a caminhada na Praça das Flores, tive a honra de fazer a apresentação do livro do Dr. Martinho. Não comentei, porém, sobre um fato inusitado. Quando trabalhava no texto ocorreu-me um fenômeno que julguei sobrenatural. Na tarefa de escrever, sempre o faço com o amigo Houaiss ao meu lado. É o meu protetor. Pois bem, em determinado momento, quando iniciava um período com o conectivo “deste modo”, eis que o Houaiss começou a tremer. Pensei tratar-se de terremoto. Logo percebi que nada mais se mexia em sua volta, só o volumoso Houaiss tremia. De repente, o dicionário se abre. E o que vejo? “Destarte” furiosa, alegando que eu jamais a usara em meus textos. Falou mal da minha pena, e acusou-me de ignorante, que não dominava a bela classe dos advérbios. Fez-se grande! Citou o nome do nobre colega Pedro Henrique demonstrando intimidades, exaltando a sua (dela) contribuição na qualidade literária do notável poeta.  Dada à perplexidade de que fui tomado, fiquei paralisado, e levei alguns segundos para reagir. Não houve jeito, rendi-me. O estimado dicionário corria sérios riscos com os impropérios da insurrecta palavra. Substituí a locução supracitada por “destarte”, pois, inconformada estava com o meu desprezo. Roguei à revolucionária que ficasse calada, senão contaminaria o Houaiss com palavras insubmissas, reivindicando soberania nos meus textos, especialmente “outrossim”, vocábulo da mesma classe, e  que não tolero. Afiançou-me, de letrinhas juntas, fidelidade plena, desde que da sua prima “dessarte” não esquecesse. Não resisti: capitulei! E o Houaiss quedo ficou!  
Do seu admirador
Sebastião Diógenes.
29-08-2016


terça-feira, 16 de agosto de 2016

POR: VICENTE ALENCAR - PARA QUÊ?

 
Jornalista Vicente Alencar - Diretor de Cultura e divulgação da Sobrames-CE
PARA QUÊ?

Vicente Alencar
(Da Academia Camocinense de Ciências,
Artes e Letras - ACCAL).

Se estamos poetando
para que,
esta preocupação
com a rina,
com a métrica,
com a estrofe?
Para que esta preocupação?
Tudo que se escreve,
deve ter sabor,
deve ter perfil, 
deve ter alma,
deve ter amor!
As vezes, 
não necessariamente.
Mas,
que se fale tudo que se quer,
se diga tudo,
aquilo que se deseja,
mas, 
fale com o coração,
diga com ele,
ou para ele.
Para a mulher amada
para a mulher querida
para a mulher lembrada.
A desejada,
a que está longe,
quase perto.
Somente interessa 
o recado do coração;
Deixe a rima de lado
se você não quer usá-la.
Mas fale com todo o amor
e todo o pecado, 
pelos caminhos do coração!
Para que mais? 

FIM
15 de agosto de 2016.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

REUNIÃO ORDINÁRIA DA SOBRAMES-CE 08.08.2016



Aconteceu ontem, dia 08/08/2016, às 19h30, no Espaço Cultural Dra. Nilza dos Reis Saraiva, na Av. rui Barbosa nº 1880, mais uma reunião ordinária da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Sobrames-CE.
Presidida por Marcelo Gurgel, atual presidente da Sobrames-CE, a reunião seguiu a pauta abaixo:


PAUTA DA REUNIÃO ORDINÁRIA – 8/8/2016

1 - Abertura da sessão



2 - Faltas justificadas:

Ø Renato Evando – Em atividade pelo CREMEC

Ø Fco. José Pessoa – Compromisso em sua loja  



3 - Comunicações:

Ø Sugestões de título para Antologia 2016

Ø Escolha do apresentador para o lançamento da Antologia 2016

Ø Admissão de novos sócios

Ø Antologia 2016 (participantes/colaboradores)

Ø Homenagem à Dra. Celina Pinheiro

Ø Votos de pesar pelos falecimentos de Celina Pinheiro e Tarcísio Leitão

Ø XXVI Congresso Brasileiro de Médicos Escritores Sobrames,

     22 a 24 de setembro de 2016 - São Paulo/SP



4 - Aniversariantes do mês:

Ø 03 – José Maria Bonfim de Moraes

Ø 15 – Luiz de Araújo Barbosa

Ø 31 – Fco. Sérgio Menescal de Macedo



5 - Palavra facultada



6 - Leitura de textos dos sobramistas:

 Marcelo Gurgel

 Ana Margarida Rosemberg

 Sebastião Diógenes
Isaac Furtado

7 - Encerramento com foto e lanche oferecido pela Dra. Nilza dos Reis

POR: SEBASTIÃO DIÓGENES - ESTÓRIA COM FINAL FELIZ


Dr. Sebastião Diógenes - Tesoureiro da Sobrames-CE
                                        Estória com final feliz 
                    

                                       Para o amigo Dr. Luiz Porto                          

            Ela submeteu-se a mastectomia radical com esvaziamento axilar. O câncer estava avançado, e teve de fazer quimioterapia. Passou meses com o cateter na subclávia, aquele incômodo necessário! Felizmente não havia metástases à distância, e a enfermidade foi controlada.

            Ainda deprimida com a doença que lhe sacrificara a mama, ela sofreu outro golpe, esse abominável porque covarde e desumano. Havia seis meses da cirurgia e o marido a surpreendeu em sua nudez, enquanto se vestia. Dessa maneira, viu, pela vez primeira, na intimidade do lar, a mulher mutilada. Aproximou-se da mãe de seus filhos e sem nenhuma consideração desferiu, com a voz repulsiva dos hedonistas, a frase que selaria o destino de suas vidas.

             - Não gostei do que vi!

             - E eu do que ouvi! – respondeu a briosa senhora com altivez, que só Deus sabe como a paciente tanto fragilizada havia conseguido preservar o sentimento de nobreza.

            Foi o último diálogo entre o casal.

            Após meses de sofrimento, ela renasceu para a vida. A ferida do corpo fora reparada pela cirurgia plástica. Ainda tem gente que diz que o médico não tem parte com o Salvador! A da alma, a dolorosa chaga invisível, havia sido curada com o amor de Rôla, o namorado no tempo de adolescentes, cujo patronímico do rapaz fora a pedra de tropeço no caminho do altar.

            Ignorância do velho Zamor, pai da moça. Confidenciava aos amigos que não suportaria acolher ave com o significado ordinário do vulgo linguajar, em firmas de sua descendência. Foi essa rudeza de raciocínio que contrariou o matrimônio da filha com o jovem de respeitável genealogia.

            O tempo, contudo, faz as pessoas mudarem os conceitos, geralmente para melhor. Isso, por ventura, aconteceu com o velho Zamor. Com a sua bênção, a filha revivificada casou-se com Rôla em uma festiva cerimônia cristã. As bodas foram celebradas no conchego do sítio Cacimba da Onça, bem ali, perto da cidade Vozão.

            Enquanto desfrutava do vinho, o patriarca fazia graça ao microfone, e declarou que muito lhe contentaria ver mais um neto na família Zamor.

- Desta vez, minha gente, um Rôla, com licença da palavra! – completou o orador, cioso com a maneira de falar.

Todos riram da fraqueza do macróbio arrependido. Somente ele não se dava conta que a estação fecunda já havia passado.

Sebastião Diógenes

04 de agosto de 2016.