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terça-feira, 27 de setembro de 2016
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
IX SEMEANDO CULTURA DA SOBRAMES-CE
Hoje, 12/09//2016, às 19h30, no Espaço Cultural Dra. Nilza dos Reis Saraiva, na Av. Rui Barbosa n°1880, Fortaleza-CE, aconteceu o 9º SEMEANDO CULTURA.
O palestrante do evento foi o médico e escritor Dr. Eurípedes Maia Chaves Junior que abordou o tema: O Barão de Studart: Vida e Obra.
O evento foi aberto pelo presidente
da Sobrames-CE, Dr. Marcelo Gurgel, que justificou as seguintes faltas:
Dione Mota, Djacir Figueirêdo, Eusébio Rocha, Flávio Leitão, Renato Evando e comunicou os aniversariantes do mês:
06 – Antonio Carlos Pessoa Chaves
06 – Maria Nilza dos Reis Saraiva
10 – Vladimir Távora Fontoura Cruz
11 – Christiane Araújo Chaves Leite
24 – Isaac Rocha Furtado
Parabéns ao Dr. Eurípedes Chaves por ter mostrado facetas do Barão de Studart, de maneira singular e brilhante, resgatando um pouco da nossa história.
Dione Mota, Djacir Figueirêdo, Eusébio Rocha, Flávio Leitão, Renato Evando e comunicou os aniversariantes do mês:
06 – Antonio Carlos Pessoa Chaves
06 – Maria Nilza dos Reis Saraiva
10 – Vladimir Távora Fontoura Cruz
11 – Christiane Araújo Chaves Leite
24 – Isaac Rocha Furtado
Parabéns ao Dr. Eurípedes Chaves por ter mostrado facetas do Barão de Studart, de maneira singular e brilhante, resgatando um pouco da nossa história.
Dr. Marcelo Gurgel - Presidente da Sobrames-CE |
Dr. Eurípedes Chaves - palestrante |
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
POR: SEBASTIÃO DIÓGENES - Bilhete ao Pedro Henrique Saraiva Leão
Para entender o bilhete,
devo confessar que sou leitor assíduo do poeta Pedro Henrique. Conheço-lhe bem
a arte literária, até as palavras que gosta de usar. Certa vez disse-lhe: “Como
o mestre gosta de ‘destarte’!...”. Respondeu-me sem detença: “Adoro, e a prima
‘dessarte’ também”. Desde então, quando nos encontramos na Academia Cearense de
Medicina, elencamos palavras agradáveis e aquelas desagradáveis aos nossos
ouvidos. Brincadeira de quem vive das palavras.
Prezado poeta,
Bom dia!
Conforme lhe falei durante
a caminhada na Praça das Flores, tive a honra de fazer a apresentação do livro
do Dr. Martinho. Não comentei, porém, sobre um fato inusitado. Quando
trabalhava no texto ocorreu-me um fenômeno que julguei sobrenatural. Na tarefa de
escrever, sempre o faço com o amigo Houaiss ao meu lado. É o meu protetor. Pois
bem, em determinado momento, quando iniciava um período com o conectivo “deste
modo”, eis que o Houaiss começou a tremer. Pensei tratar-se de terremoto. Logo
percebi que nada mais se mexia em sua volta, só o volumoso Houaiss tremia. De
repente, o dicionário se abre. E o que vejo? “Destarte” furiosa, alegando que
eu jamais a usara em meus textos. Falou mal da minha pena, e acusou-me de
ignorante, que não dominava a bela classe dos advérbios. Fez-se grande! Citou o
nome do nobre colega Pedro Henrique demonstrando intimidades, exaltando a sua
(dela) contribuição na qualidade literária do notável poeta. Dada à perplexidade de que fui tomado, fiquei
paralisado, e levei alguns segundos para reagir. Não houve jeito, rendi-me. O
estimado dicionário corria sérios riscos com os impropérios da insurrecta
palavra. Substituí a locução supracitada por “destarte”, pois, inconformada
estava com o meu desprezo. Roguei à revolucionária que ficasse calada, senão contaminaria
o Houaiss com palavras insubmissas, reivindicando soberania nos meus textos,
especialmente “outrossim”, vocábulo da mesma classe, e que não tolero. Afiançou-me, de letrinhas
juntas, fidelidade plena, desde que da sua prima “dessarte” não esquecesse. Não
resisti: capitulei! E o Houaiss quedo ficou!
Do seu admirador
Sebastião Diógenes.
29-08-2016
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
terça-feira, 16 de agosto de 2016
POR: VICENTE ALENCAR - PARA QUÊ?
PARA QUÊ?
Vicente Alencar
(Da Academia Camocinense de Ciências,
Artes e Letras - ACCAL).
Se estamos poetando
para que,
esta preocupação
com a rina,
com a métrica,
com a estrofe?
Para que esta preocupação?
Tudo que se escreve,
deve ter sabor,
deve ter perfil,
deve ter alma,
deve ter amor!
As vezes,
não necessariamente.
Mas,
que se fale tudo que se quer,
se diga tudo,
aquilo que se deseja,
mas,
fale com o coração,
diga com ele,
ou para ele.
Para a mulher amada
para a mulher querida
para a mulher lembrada.
A desejada,
a que está longe,
quase perto.
Somente interessa
o recado do coração;
Deixe a rima de lado
se você não quer usá-la.
Mas fale com todo o amor
e todo o pecado,
pelos caminhos do coração!
Para que mais?
FIM
15 de agosto de 2016.
terça-feira, 9 de agosto de 2016
REUNIÃO ORDINÁRIA DA SOBRAMES-CE 08.08.2016
Aconteceu ontem, dia 08/08/2016, às 19h30, no Espaço Cultural Dra. Nilza dos Reis Saraiva, na Av. rui Barbosa nº 1880, mais uma reunião ordinária da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Sobrames-CE.
Presidida por Marcelo Gurgel, atual presidente da Sobrames-CE, a reunião seguiu a pauta abaixo:
PAUTA DA REUNIÃO
ORDINÁRIA – 8/8/2016
1 - Abertura da sessão
2 - Faltas justificadas:
Ø Renato Evando – Em
atividade pelo CREMEC
Ø Fco.
José Pessoa – Compromisso em sua loja
3 - Comunicações:
Ø
Sugestões de título para Antologia 2016
Ø
Escolha
do apresentador para o lançamento da Antologia 2016
Ø
Admissão
de novos sócios
Ø
Antologia
2016 (participantes/colaboradores)
Ø
Homenagem à Dra. Celina
Pinheiro
Ø
Votos de pesar pelos
falecimentos de Celina Pinheiro e Tarcísio Leitão
Ø
XXVI Congresso Brasileiro
de Médicos Escritores Sobrames,
22 a 24
de setembro de 2016 - São Paulo/SP
4 - Aniversariantes do mês:
Ø 03 – José Maria Bonfim de
Moraes
Ø 15 – Luiz de Araújo Barbosa
Ø 31 – Fco. Sérgio Menescal de
Macedo
5 - Palavra facultada
6 - Leitura de textos dos sobramistas:
Marcelo Gurgel
Ana Margarida Rosemberg
Sebastião Diógenes
Isaac Furtado
7 - Encerramento com foto e lanche oferecido pela Dra. Nilza dos Reis
POR: SEBASTIÃO DIÓGENES - ESTÓRIA COM FINAL FELIZ
Estória com final feliz
Para
o amigo Dr. Luiz Porto
Ela
submeteu-se a mastectomia radical com esvaziamento axilar. O câncer estava
avançado, e teve de fazer quimioterapia. Passou meses com o cateter na
subclávia, aquele incômodo necessário! Felizmente não havia metástases à
distância, e a enfermidade foi controlada.
Ainda
deprimida com a doença que lhe sacrificara a mama, ela sofreu outro golpe, esse
abominável porque covarde e desumano. Havia seis meses da cirurgia e o marido a
surpreendeu em sua nudez, enquanto se vestia. Dessa maneira, viu, pela vez
primeira, na intimidade do lar, a mulher mutilada. Aproximou-se da mãe de seus
filhos e sem nenhuma consideração desferiu, com a voz repulsiva dos hedonistas,
a frase que selaria o destino de suas vidas.
- Não gostei do que vi!
- E eu do que ouvi! – respondeu a briosa
senhora com altivez, que só Deus sabe como a paciente tanto fragilizada havia
conseguido preservar o sentimento de nobreza.
Foi o último
diálogo entre o casal.
Após meses
de sofrimento, ela renasceu para a vida. A ferida do corpo fora reparada pela
cirurgia plástica. Ainda tem gente que diz que o médico não tem parte com o
Salvador! A da alma, a dolorosa chaga invisível, havia sido curada com o amor
de Rôla, o namorado no tempo de adolescentes, cujo patronímico do rapaz fora a
pedra de tropeço no caminho do altar.
Ignorância do
velho Zamor, pai da moça. Confidenciava aos amigos que não suportaria acolher
ave com o significado ordinário do vulgo linguajar, em firmas de sua
descendência. Foi essa rudeza de raciocínio que contrariou o matrimônio da
filha com o jovem de respeitável genealogia.
O tempo,
contudo, faz as pessoas mudarem os conceitos, geralmente para melhor. Isso, por
ventura, aconteceu com o velho Zamor. Com a sua bênção, a filha revivificada
casou-se com Rôla em uma festiva cerimônia cristã. As bodas foram celebradas no
conchego do sítio Cacimba da Onça, bem ali, perto da cidade Vozão.
Enquanto desfrutava
do vinho, o patriarca fazia graça ao microfone, e declarou que muito lhe
contentaria ver mais um neto na família Zamor.
- Desta vez, minha gente, um Rôla, com
licença da palavra! – completou o orador, cioso com a maneira de falar.
Todos riram da fraqueza do macróbio
arrependido. Somente ele não se dava conta que a estação fecunda já havia
passado.
Sebastião Diógenes
04 de agosto de 2016.
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