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segunda-feira, 18 de maio de 2020

Por: Fátima Azevêdo - PARA UMA QUERIDA E GRANDE AMIGA - Thereza Lúcia Prata de Almeida


PARA UMA QUERIDA E GRANDE AMIGA - Thereza Lúcia Prata de Almeida

Minha querida amiga Celma, meus mais profundos e sinceros sentimentos pela partida de sua irmã Thereza.
Hoje à tarde, dia 17 de maio de 2020, fui tomada de uma tristeza avassaladora e ainda não consegui parar de chorar desde que recebi a notícia que a minha, a nossa querida Tê não poderia mais voltar pra nós. Muito, muito triste. Não tenho palavras. A Tê foi a pessoa mais doce, meiga e delicada que eu conheci em toda a minha vida. Lamento imensamente que a vida corrida de todos nós tenha nos limitado os encontros. Não fosse nossos encontros nos corredores da Faculdade de Medicina da UFC, nosso local de trabalho, ambas docentes e minhas consultas esporádicas com ela, eu a teria encontrado menos ainda. Não me conformo que amigos se encontrem tão pouco nessa dimensão. Não me conformo ter que chorar as perdas e a perda do tempo perdido por não termos nos encontrado como gostaríamos. Vivíamos prometendo nos encontrar. Vivíamos ensaiando nos visitar. Vivíamos combinando um café que nunca virou realidade. Não consigo me conformar por não ter sido mais insistente, mais chata com meus pedidos de encontros com vocês duas. Não me conformo. Deveria ter insistido mais. A última vez que vi a Tê foi qdo peguei uma dermatomicose no dedo, após fazer jardinagem. Fiz fotos da lesão, enviei pra ela, prontamente ela deu o diagnóstico, era uma dermatologista excepcional, mas pediu que eu fosse ao ambulatório para me examinar e fazer a microscopia. Deu positivo e me tratou. Depois perguntou: Fá, era assim que me tratava carinhosamente, eu posso usar suas fotos do dedo, para dar aula, pois estão mostrando a lesão dermatológica com perfeição. E eu respondi: claro que pode, Tê e pode dizer aos nossos alunos, que o dedo é meu. As duas rimos e nos despedimos com um grande e apertado abraço. Prometemos uma à outra, marcar o tal café. Foi essa a última vez que vi minha querida e inesquecível amiga. Tê você ficou me devendo o café. 😢😢😢❤️


Fátima Azevêdo
Médica Geneticista
Prof da FAMED-UFC


domingo, 17 de maio de 2020

POR ARRUDA BASTOS: Diário de uma quarentena (54º dia)


Diário de uma quarentena (54º dia)
O presente que salvou meu dia
Por Arruda Bastos

Hoje, acordei com disposição de fazer uma crônica falando novamente das minhas atividades diárias, uma volta ao passado, pois, no início do isolamento, cheguei a escrever por várias vezes orientando a melhor forma de manter uma agenda diária com muitas atividades.

O check list desse domingo, 17 de maio de 2020, começou cedo com minha caminhada pelo apartamento e rápido banho de sol na varanda. O café da manhã foi antecipado porque logo às 08 horas eu teria uma aula virtual do Mestrado em Ensino na Saúde da Unichristus, que duraria até o meio dia.

Com essas atividades pela manhã, já sabia que no turno da tarde a coisa ia pegar, vez que as outras atividades não poderiam ficar para segunda feira. Depois do almoço, passei a cumprir a parte que me cabe nas tarefas domésticas de todos os dias.

A minha quarentena é muito rígida e aqui em casa, desde 18 de março, não entra ninguém. Eu só saí uma vez para tomar a vacina da gripe, como escrevi na crônica “Uma odisseia na terra dos vírus gigantes”. Estou só com minha amada Marcilia e dividimos todas as obrigações diárias.

Voltando para minhas tarefas, depois de ajudar a lavar os pratos, ler um pouco e preparar uma prova para meus alunos da Medicina, chegou a hora de pegar no pesado com minha obrigação de passar um pano no apartamento, pois limpeza é fundamental nesses dias de pandemia.

Quando já me preparava física e psicologicamente para a academia diária da faxina, Marcilia chegou com um presente bem grande e embalado em papel chamativo. Fiquei surpreso, visto que meu aniversário é em janeiro, o dela em fevereiro e não me lembrava de ter encomendado nada e nem feito compra na internet.

Antes de abrir o pacote, fiquei tentando adivinhar do que se tratava. O que seria aquilo, o que caberia em uma caixa de aproximadamente um metro por quarenta centímetros. Seria alguma peça para ajudar nas minhas lives? Quem sabe uma iluminação ou uma mesa de som?

Para solucionar o dilema, perguntei quem tinha encaminhado e ela falou que foi nossa filha Lilia. Aí foi que fiquei sem saber mesmo o que era, embora minha caçula seja o nosso contato para compras, mercantil e tudo mais que pode ser adquirido de forma virtual.

O jeito mesmo era abrir de uma vez o presente para resolver a ansiedade que já tomava conta do meu ser. Olhei pela fresta do papel e descobri que se tratava de um “Mop Spray”. Digo que, como a maioria de vocês, continuei sem saber o que era aquilo.
Para ajudar, rasguei mais um pouco do papel e vi que era um objeto 3 em 1, com reservatório e que borrifa, limpa e seca, de uso ideal para porcelanato, cerâmicas em geral. As fotos na caixa, para quem não é do ramo, não ajudaram muito.

A solução foi abrir a caixa para retirar a geringonça que ela continha. Foi só assim que descobri se tratar de um objeto com gatilho pulverizador, spray frontal, tudo em microfibra e um recipiente de 460 ml para água ou qualquer produto de limpeza.

Devido a minha ignorância, só depois de montar foi que descobri que se tratava de uma moderna “Vassoura Mop Spray com reservatório”, que nada mais é do que uma moderna forma de limpar a casa e uma verdadeira carta de alforria do rodo, balde e pano. Melhor presente não poderia existir e, embora não esteja recebendo nada por isso, indico para todos vocês.

Amanhã eu volto com uma nova crônica.
Essa foi a do dia 54. #FiqueEmCasa

Arruda Bastos é médico, professor universitário e presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – SOBRAMES – CE.

sábado, 16 de maio de 2020

POR ARRUDA BASTOS: Diário de uma quarentena (53º dia)

Diário de uma quarentena (53º dia)
De médico e louco todo mundo tem um pouco
Por Arruda Bastos

Hoje, sábado, dia 16 de maio de 2020, parei um pouco e percebi que estou chegando aos meus dois meses de quarentena. Infelizmente os números da pandemia continuam subindo apesar de todos os esforços para o cumprimento do lockdown. Nas últimas 24 horas, os casos dispararam e os serviços de saúde estão chegando à exaustão.

Digo que a insistência do presidente de liberar geral o medicamento cloroquina, mesmo com os recentes trabalhos demonstrando sua ineficácia, foi o mote para inspirar minha crônica de hoje, pois lembrei de um ditado popular que diz: de médico e louco todo mundo tem um pouco.

Como os ditos populares normalmente transmitem conhecimentos sobre a vida, que passam de geração em geração na forma de conselhos e advertências, resolvi puxar ainda mais pela memória e escrever sobre eles, que tratam tratando deles que são do cotidiano, do folclore, e até de amor.

Depois do almoço, agora com a colaboração da minha querida Marcilia, comecei a lembrar-me de vários provérbios e ditos populares. Os primeiros que recordei são do meu tempo de infância: “quem tem boca vai a Roma”, “saco vazio não se põe em pé” e “o comer e o coçar a questão é começar”.

Marcilia, lembrando-se do seu tempo de criança, citou: “quando um não quer, dois não brigam”; “um é pouco, dois é bom e três é demais”; “em terra de cego, quem tem um olho é rei; “água mole e pedra dura, tanto bate até que fura” e “quando a esmola é grande o santo desconfia”.

Ainda com Marcilia, listamos outras fiz uma relação que consta: “um exemplo vale mais que mil palavras”; “para um bom entendedor, meia palavra basta”; “de grão em grão, a galinha enche o papo”; “cada macaco no seu galho”; “casa de ferreiro, espeto de pau” e “Deus ajuda quem cedo madruga”.

A sequência da próxima lista é totalmente aleatória e qualquer semelhança com a vida ou fatos reais é mera coincidência: “mente vazia, oficina do diabo”; “o que os olhos não veem, o coração não sente”; “cavalo dado não se olha os dentes”; “ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”; “o seguro morreu de velho” e “quem canta seus males espanta”.

Quando já estava encerrando, Marcilia lembrou-se de outras: “uma andorinha só não faz verão”; “mentira tem perna curta”; “mais vale um pássaro na mão do que dois voando”; “não adianta chorar o leite derramado”; “águas passadas não movem moinho” e “devagar se chega ao longe”.

A origem desses e de muitos outros ditos populares e provérbios estão presentes no dia a dia dos brasileiros. A permanência dessas expressões, principalmente na linguagem coloquial, revela como uma tradição oral é fundamental para nós, não só como uma forma de se expressar, mas também como matéria de criação, inclusive na literatura.

Para concluir, é melhor eu ficar por aqui, já que pois hoje Marcilia está muito afiada e é capaz de lembrar de muitos outros ditos populares e provérbios e não posso continuar, pois meu tempo já esgotou e tenho que correr para mais uma live.

Amanhã eu volto com uma nova crônica.
Essa foi a do dia 53. #FiqueEmCasa

Arruda Bastos é médico, professor universitário e presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – SOBRAMES – CE.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

POR ARRUDA BASTOS: Diário de uma quarentena (52º dia)

Diário de uma quarentena (52º dia)
O país das fake news
Por Arruda Bastos

Hoje, 14 de maio de 2020, acordei preocupado com mais um sonho que tive durante a última noite. Ele me deixou bastante pensativo, pois mostrava que o Brasil tinha se transformado no país das Fake News, no paraíso dos mentirosos contumazes e que a verdade era coisa muito rara de se ver.

Fiquei, então, preocupado e a meditar, vez que, de início, não entendia o porquê do sonho. Depois de algum tempo, lembrei-me da Fake News do momento, divulgada por um Deputado Estadual do Ceará. A postagem dizia que “O Secretário da Saúde do Ceará, Dr. Cabeto, anda pressionando os profissionais da saúde para colocarem Covid-19 nos atestados de óbito, mesmo a causa dos óbitos sendo coisas nada a ver com coronavírus”.

A postagem estapafúrdia e desprovida de fundamento revoltou a grande maioria dos médicos do estado do Ceará, o que motivou, inclusive, a confecção de documento externando essa revolta e exigindo providências enérgicas. O post não tem pé nem cabeça, não tem sentido e nem justificativa, pois os casos de Covid-19 só são confirmados com o resultado do exame positivo do paciente em investigação e o Secretário é um cidadão de conduta ilibada.

Na outra ponta, a postagem ofende os médicos do Ceará que, pelo seu alto conceito e independência, não seriam capazes de se curvar à pressão de autoridade nenhuma, por mais graduada que seja, nem para fraudar atestados de óbito, nem para protagonizar qualquer outro ato criminoso ou antiético. É o caso de se dizer: a afirmação desagradou a gregos e troianos.

O Deputado é useiro e vezeiro em espalhar fake news sobre diversos temas e, infelizmente, não parou durante a epidemia da COVID19. Ele precisa ser processado por praticar, reiteradamente, crimes de injúria, difamação e calúnia contra autoridades do Estado e, especificamente, agora contra o Secretário de Saúde.

Este deputado já tem uma condenação, sentenciada pelo Juiz Hevilásio Moreira, por divulgar uma fake news e causar dano moral a outro parlamentar; e também um processo em curso na Assembleia Legislativa pelo mesmo motivo. O belicoso produtor de fake news, ao atacar o Dr. Carlos Roberto, e imputar-lhe um crime doloso, previsto no Art. 117 da Lei 8.112/90, deve ser instado a provar.

Por outro lado, a postura do Sindicato dos Médicos do Ceará de não se posicionar com a brevidade necessária também foi revoltante e a emenda saiu pior do que o soneto: ao misturar questões de ordem ideológica e, no lugar de se solidarizar com a categoria e com a pessoa física do Secretário, reforçar a denúncia, sem sequer inquerir os envolvidos, levar o caso ao MP, atuou o Sindicato dos Médicos em total desfavor dos seus assistidos.

Com todos esses fatos, não tenho outra explicação para o meu sonho (ou será melhor chamar de pesadelo?), pois estamos mesmo no país das fake news e o Ceará pode até concorrer a sediar a sua capital, vez que já tem até um Rei, que é deputado protagonista da minha crônica. Além disso, descobrimos, agora, que existe também no nosso território um sindicato no mesmo caminho. Tudo ficou bem claro. Os sonhos nunca acontecem por acaso. Agora é ficar com os olhos bem abertos, afinal, outras fake news devem chegar a qualquer momento.

Amanhã eu volto com uma nova crônica.
Essa foi a do dia 52. #FiqueEmCasa

Arruda Bastos é médico, professor universitário e presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - SOBRAME -CE

terça-feira, 12 de maio de 2020

POR ARRUDA BASTOS: Diário de uma quarentena (51º dia)

Diário de uma quarentena (51º dia)
Papa Francisco, Florence Nightingale e Ana Néri no dia da enfermagem
Por Arruda Bastos

Hoje, dia 12 de maio de 2020, é o quinquagésimo primeiro dia de isolamento social. Durante todo esse tempo, presenciamos lamentáveis discussões políticas, ideológicas, críticas de parte a parte e muita fake news. Unanimidade mesmo só na importância dos profissionais de saúde na assistência e na gestão contra o coronavírus.

Dentre todos os aplausos aos profissionais de saúde, destacamos aqueles destinados aos da enfermagem. O grande reconhecimento louvado em prosa e verso se deve à atuação desses profissionais, à sua dedicação e até ao heroísmo. Foi preciso passar por esses momentos de pandemia para que muitos governos e até mesmo a população introjetasse a valorização desse grupo profissional.

Tenho uma relação de longa data com a enfermagem e, durante quase quarenta anos de atividade profissional, sempre reconheci o valor inestimável e o papel fundamental da enfermagem em todas as áreas da saúde. Quando Secretário da Saúde do Ceará, pude confirmar o excelente trabalho na gestão desenvolvida pelos meus assessores, profissionais de enfermagem.

Depois que deixei a SESA, no Centro Universitário Christus – Unichristus, introduzi a disciplina de Gestão em Saúde nos cursos de Medicina e de Enfermagem. Mais uma vez, a convivência com profissionais da enfermagem, agora na academia, ampliou o meu conceito, pois só encontrei competência e dedicação. Dos alunos do curso também tenho um excelente conceito e as turmas são formadas por estudantes comprometidos e vocacionados, o que garante a qualidade de novas gerações de profissionais.

Voltando à data de hoje, ela homenageia a britânica Florence Nightingale, pioneira da Enfermagem, que nasceu em 12 de maio de 1820. Ela destacou-se por chefiar uma equipe de enfermeiras voluntárias na Guerra da Crimeia (1853-1856), na qual atendia aos soldados feridos. Depois, quando voltou ao seu país, desenvolveu grandes esforços para melhorar as condições de formação e os tratamentos de saúde destinados aos pobres e indigentes.

No Brasil, entre 12 e 20 de maio, comemora-se a Semana da Enfermagem, que relembra outra mulher pioneira da mesma profissão. Em nossa terra, a baiana Ana Justina Ferreira Néri, que nasceu em 13 de dezembro de 1814 e morreu em 20 de maio de 1880, foi enfermeira voluntária na Guerra do Paraguai (1865-1870), quando cuidou dos soldados brasileiros na frente de batalha. Depois, ela prestou inúmeros serviços à saúde brasileira.

Para concluir essa crônica do dia da Enfermagem, transcrevo a saudação do Papa Francisco, divulgada no Vaticano no dia de hoje: “Queridos enfermeiros, queridas enfermeiras, que esta ocorrência coloque no centro a dignidade do vosso trabalho, em benefício da saúde da sociedade inteira. Por vós, pelas vossas famílias e por quantos assistis e cuidais, asseguro a minha oração e, de coração, concedo a Bênção Apostólica”.

Parabéns a todos os profissionais de enfermagem.

Amanhã eu volto com uma nova crônica.
Essa foi a do dia 51. #FiqueEmCasa

Arruda Bastos é médico, professor universitário e presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores

POR MANOEL FONSECA: Florence Nightingale

Florence Nightingale

A enfermagem é arte e ciência,
Ajuda manter processos vitais,
Criando condições ambientais
Do enfermo recompor sua eficiência.

São oito os princípios de Florence,
Ar puro, luz suave e aquecimento,
A limpeza, silêncio e alimento,
Ventilação e o afeto que convence.

Ao ser reformulada a Lei dos Pobres,
Ampliada por sua intervenção,
Dispensou-lhes cuidado bem mais nobre.

Vigilância contínua e compaixão, 
Nos seus doentes ela redescobre
O amor à vida em sua profissão. 

     Manoel Fonseca


Nossa homenagem às Enfermeiras e Enfermeiros e, em especial, àquelas/es que estão no front de batalha contra a Covid19, expondo suas vidas para ajudar a salvar outras vidas.

segunda-feira, 11 de maio de 2020

POR ARRUDA BASTOS: Diário de uma quarentena (50º dia)

Diário de uma quarentena (50º dia)
Cinquenta dias e as surpreendentes mudanças em tempo de pandemia
Por Arruda Bastos

Cheguei no dia de hoje, 11 de maio de 2020, aos meus 50 dias de quarentena. Quando do início do isolamento, não tínhamos a menor ideia do tempo que duraria, da gravidade que íamos vivenciar e muito menos das mudanças que ele acarretaria na nossa vida.

Decretada no Estado do Ceará no final de março, e renovada sucessivamente, ganhou, agora, contornos de dramaticidade com o lockdown imposto em toda Fortaleza. A medida radical é a única forma de combatermos a proliferação desenfreada da pandemia do novo coronavírus na nossa capital.

Com as restrições impostas pelo governo, todos tiveram a rotina, os hábitos e até o convívio familiar alterado. No meu caso, não foi diferente, entretanto, sinto que tive uma adaptação rápida à nova condição de vida adotando uma rotina rígida desde os primeiros dias.

Meus leitores são testemunhas, durante todos esses dias, da dureza que foi implementar os exercícios, o banho de sol, os consertos no apartamento, as leituras, o programa de rádio, as lives, as aulas virtuais e ainda escrever minhas crônicas do Diário de Uma Quarentena.

Como orientação, posso dizer que ter método foi a melhor coisa que fiz. A rotina e as obrigações do dia a dia têm preenchido o meu tempo, e nos últimos dias, a introdução de tarefas domésticas completou o combo, este que espero levar até o final.

Não devo me esquecer das belíssimas e emocionantes comemorações familiares, os aniversários, o dia das mães, as vídeo chamadas no início da noite, sem falar nas interações nos grupos e na ajuda mútua entre todos. Acredito que, sem dúvida, vamos sair dessa muito melhor do que entramos.

O aconchego tem ajudado a superar as dificuldades do isolamento. Tenho notícias de muitas reconciliações, mães com filhos, casais, parentes e amigos que estavam longe dos olhos e distantes de coração e agora se aproximaram. Infelizmente, temos as notícias de dificuldades entre casais e aí digo que, se isso aconteceu nesse momento, é porque a relação realimente não tinha mesmo futuro.

Nesses 50 dias, escrevi uma crônica por dia e digo que não foi fácil encontrar inspiração em dias de tanta dificuldade. Foram relatos de sintomas em familiares, casos positivos e suspeitos, falecimento de amigos, de padrinho de casamento e primo da minha amada Marcilia, a incerteza no futuro econômico e tudo mais.

Não sabemos ainda por quanto tempo vamos passar em quarentena, mas, independentemente disso, sei que quando tudo acabar o mundo não vai ser mais o mesmo. No meu caso, vou sair melhor, mais empático, humano, com novas habilidades, mestre em novos métodos de comunicação, em redes sociais e com uma fé inabalável em Deus. Espero que meu leitor também tenha, apesar de todo o sofrimento, algum ganho no final de tudo.

Amanhã eu volto com uma nova crônica.
Essa foi a do dia 50. #FiqueEmCasa

Arruda Bastos é médico, professor universitário e presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores

Para facilitar a leitura vou postar os títulos e os links de todas as 50 escritas até aqui:

*1º dia: O início de uma longa travessia
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/diario-de-uma-qua…
*2º dia: O tédio, o vento e a rede na varanda
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/diario-de-uma-qua…
*3º dia: Depois da tempestade vem a bonança
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/diario-de-uma-qua…
*4º dia: Vão-se as barbas e ficam os dedos
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/pdiario-de-uma-qu…
*5º dia: Devia ter complicado menos, trabalhado menos, ter visto o sol nascer
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*6º dia: Cabeça oca, vazia de tudo, sem pensamento
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*7º dia: Crianças são presentes de Deus
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*8º dia: Por favor, fiquem em casa
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*9º dia: Uma odisseia na terra dos vírus gigantes
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*10° dia: Mãezinha, que falta a senhora me faz
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*11° dia: Meu amigo de fé e um irmão camarada: o celular
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*12° dia: Armagedom > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*13° dia: Dia da mentira em tempo de coronavírus
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*14° dia: Se a gente colocar a nossa fé em ação, vai dar tudo certo
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*15º dia: Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*16º dia: Farinha pouca, meu pirão primeiro
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*17º dia: O domingo, a Lei de Chico de Brito e a dor no mucumbu
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*18º dia: Aniversário virtual e o amor são formas de destronar o coronavírus
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*19º dia: A inspiração de Roberto Carlos na rotina de uma quarentena
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*20° dia: Há luz no fim do túnel?
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*21° dia: Do barbeiro amador ao isolado sim, sozinho jamais
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*22° dia: Macambúzio e sorumbático com as lembranças da Semana Santa
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*23° dia: O testamento do Judas e o “Cachorro Magro”
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*24° dia: Coelhinho da Páscoa, que trazes pra mim?
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*25° dia: Fortaleza, a “arretada” loira desposada do sol
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*26° dia: A quarentena da caneta Azul
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*27° dia: Naquela mesa tá faltando ele
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*28° dia: O inoxidável e futuro pai do ano
> http://blogdasobramesceara.blogspot.com/…/por-arruda-bastos…
*29° dia: O Mestrado virtual > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/04/por-arruda-bastos-diario-de-uma_18.html?m=1
*30° dia: A dor de uma partida > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/04/por-arruda-bastos-diario-de-uma_83.html?m=1
*31° dia: O “gatoso” a quarentena e o mesversário > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/04/por-arruda-bastos-o-gatoso-quarentena-e.html?m=1
*32° dia: É de lascar > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/04/por-arruda-bastos-diario-de-uma_20.html?m=1
*33° dia: Obnubilado de “A” a “Z” >
http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/04/por-arruda-bastos-diario-de-uma_21.html?m=1
*34° dia: O aniversário da netinha Larinha e o drible no coronavírus > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/04/por-arruda-bastos-diario-de-uma_22.html?m=1
*35° dia: No tempo da brilhantina  > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/04/por-arruda-bastos-diario-de-uma_27.html?m=1
*36° dia: As lives das panelas > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/04/por-arruda-bastos-diario-de-uma_24.html?m=1
*37° dia: Os aniversários da Lilia e do Levi deixam o coronavírus doidim > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/04/por-arruda-bastos-diario-de-uma_25.html?m=1
*38° dia:  Domingo de precúndia e preguiça > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/04/por-arruda-bastosdiario-de-uma_26.html?m=1
*39º dia: Só chamando a Feiticeira e a Jennie é um gênio > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/04/por-arruda-bastos-diario-de-uma_38.html?m=1
*40° dia: O bíblico, o profano e a mulher de quarentena >
*41º dia: Obrigado, Senhor! > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/04/por-arruda-bastos-diario-de-uma_81.html?m=1
*42° dia: Por mais longa e tenebrosa que seja a noite, o sol sempre volta a brilhar > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/05/por-arruda-bastos-diario-de-uma.html?m=1
*43° dia: Meus netinho, a quarentena e o coronavírus > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/05/por-arruda-bastos-diario-de-uma_3.html?m=1
*44° dia: Beatles, recordar é viver > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/05/por-arruda-bastos-diario-de-uma_4.html?m=1
*45º dia: Duas vezes 300 > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/05/por-arruda-bastos-diario-de-uma_5.html?m=1
*46º dia: Crônia do L - Logo Lina Leva Love à Lívia e ao Lucca > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/05/por-arruda-bastos-diario-de-uma_7.html?m=1
*47º dia: Sou médico, a minha responsabilidade é valvar vidas. Hoje, a sua também é. > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/05/por-arruda-bastos-diario-de-uma_8.html?m=1
*48º dia: Boas lembrança chegam de véspera (Dia das mães) > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/05/por-arruda-bastos-diario-de-uma_9.html?m=1
*49º dia: Mães, longe dos olhos e perto do coração > http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/05/por-arruda-bastos-diario-de-uma_10.html?m=1
*50° dia: http://blogdasobramesceara.blogspot.com/2020/05/por-arruda-bastos-diario-de-uma_11.html 

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Amanhã eu volto com uma nova crônica.
Essa foi a do dia 50. #FiqueEmCasa

Arruda Bastos é médico, professor universitário e presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores