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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

POR: CELINA CÔRTE PINHEIRO - MULHERES QUE FAZEM DEMAIS

 
Dra. Celina Côrte Pinheiro - Médica e Presidente da SOBRAMES-CE

 Publicado, ontem, 04/08/2013, no Jornal Diário do Nordeste

MULHERES QUE FAZEM DEMAIS 

É comum ouvir-se falar sobre o livro de cabeceira. Todos amantes da leitura têm-no perto de si. Na verdade, a cabeceira da cama ou o criado-mudo nem sempre são os depositários de nossos livros. Estes, muitas vezes, encontram-se albergados em nossos banheiros e são capazes de tornar mais aconchegante e relaxante aquele momento solitário.

Atire a primeira pedra o ávido leitor que não se utiliza deste artifício... Se duvidar, até os analfabetos folheiam revistas à busca de figura e fotos... Muito natural e, por que não dizer, fisiológico! Seja onde for, na cama, na rede, na varanda, no banheiro ou no sofá, todo lugar é propício à leitura.

Nos meus momentos de pausa, estou lendo um livreto dedicado a mulheres que sentem dificuldade para ficar sem inventar trabalho para si mesmas.

Em constante atividade, sentem dificuldade de parar e pensar sobre si mesmas. E quando o fazem, são invadidas por um enorme vazio e imediatamente se põem a procura do que fazer. O trabalho se torna uma catarse, um fiel amigo, até o momento em que nossa cabeça fica prestes a explodir e a vida perde o sentido.

Tonaliza-se em branco e preto. Antes fosse em vários tons de cinza! Hora de parar para meditar... Pois é o que tenho feito utilizando-me do livro "Meditações para mulheres que fazem demais", de Anne Wilson Schaef.

E nele tenho lido coisas interessantes que me falam de perto. Recebi, há algum tempo, de presente de meu filho e deixei ali, na cabeceira da pia, aguardando o momento exato.

E chegou, face aos imprevistos que a vida nos entrega para resolvermos. E agora, estou aqui para falar sobre o prazer que este livro, dedicado às mulheres que necessitam constantemente de doses de adrenalina para se sentirem bem, tem me proporcionado.

E de reflexão em reflexão estou tentando me tornar uma dessas tantas mulheres que fazem de menos... Quem sabe assim, eu escreva mais... Xiiii, cá estou eu em busca do que fazer! Será que esta minha drogadição tem cura?

Celina Côrte Pinheiro
Médica

sábado, 3 de agosto de 2013

POR: WILLIAM HARRIS - JOYCE KILMER (1886 – 1918)



Dr. William Harris

O poema Trees é famoso na literatura inglesa, a tradução foi feita pelo sobramista de São Paulo, Walter Whitton Harris há muitos anos atrás. 
Minha contribuição foi a recuperação da biografia do  escritor Joyce Kilmer na Enciclopédia Britânica.
Atenciosamente, 
William M. Harris - mmclbilly@gmail.com

Pediatra Sanitarista. Prof. Dr. (aposentado) da Faculdade de Saúde Pública – USP. Fundador (05/05/05) e Coordenador Estadual do Movimento Médico Paulista do Cafezinho Literário – MMCL. Membro Titular ativo da Associação Brasileira de Médicos Escritores – SOBRAMES desde 2003, nível central SOBRAMES-BR, níveis regionais SOBRAMES-PE, SOBRAMES-RS. Membro Honorário e Titular da SOBRAMES-CE. Dissidente e separatista da SOBRAMES-SP. Membro Correspondente da Academia Maceioense de Letras. Sócio Titular da Associação Paulista de Medicina e Associado da Associação dos Médicos de Santos. Membro Associado da Academia Vicentina de Letras, Artes e Ofícios “Frei Gaspar da Madre de Deus” de S. Vicente – SP. “Padrinho” do MLSS - Movimento Literário Saberes e Sabores de S. Gonçalo do Sapucaí – MG.

TREES


Joyce Kilmer (1886-1918)

I think that I shall never see
A poem lovely as a tree.

A tree whose hungry mouth is prest
Against the earth’s sweet flowing breast;

A tree that looks at God all day
And lifts her leafy arms to pray;

A tree that may in Summer wear
A nest of robins in her hair;

Upon whose bosom snow has lain
Who intimately lives with rain.

Poems are made by fools like me,
But only God can make a tree.


ÁRVORES


Joyce Kilmer (1886-1918)


Penso que jamais verei
poema tão belo quanto uma árvore.

Uma árvore cuja boca faminta está colada
contra o seio doce e abundante da terra;

Uma árvore que olha para Deus o dia inteiro
e levanta seus braços folhudos para rezar;

Uma árvore que no verão pode vestir
Um ninho de sabiás em seu cabelo;

Em cujo colo a neve se deitou;
Que vive intimamente com as chuva.

Poemas são feitos por bobos como eu,
Mas somente Deus pode uma árvore fazer.





(Alfred) JOYCE KILMER (1886 – 1918)



Nasceu em New Brunswick, N.J, EUA e morreu em combate durante a Primeira Guerra Mundial na França perto de Seringes. Recebeu, postumamente, a Croix de Guerre do governo francês. É muito conhecido principalmente pelo seu poema Trees que apareceu pela primeira vez na revista Poetry em 1913. Sua popularidade é atribuída à combinação de sentimento e filosofia simples, refletidos em outras poesias suas como Stars, Roofs, The Snow Man, Literature in the Making que é uma série de entrevistas com escritores da época. Em 1917 editou Dreams and Images, uma antologia de escritores católicos. Foi educado nas universidades de Rutgers e Columbia. Seu primeiro livro em verso, Summer of Love (1911) demonstrou a influência de Yeats e os poetas irlandeses.







FONTE: Enciclopédia Britânica



Divulgação para a Academia Vicentina de Letras, Artes e Ofícios “Frei Gaspar da Madre de Duas” e o Movimento Médico Paulista do Cafezinho Literário – MMCL por William Moffitt Harris

quarta-feira, 31 de julho de 2013

SAGRAÇÃO ACADÊMICA NA ALMECE

Realizou-se hoje, dia 31 de julho de 2013, às 19:30h, na Academia Cearense de Letras, Rua do Rosário, 1 - Palácio da Luz, a sagração de dois acadêmicos na Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará - ALMECE. 

O cerimonial da Liturgia Acadêmica foi conduzido pelo Jornalista Vicente Alencar que, além de acadêmico da ALMECE, é diretor de Cultura e Divulgação da SOBRAMES-CE

Os novos acadêmicos são: Francisco Airton Ferro Marinho, representante do município de Aratuba, e Pedro Junior da Costa, representante do município de Santana do Cariri.

Congratulações aos recipiendários, que foram saudados pela acadêmica Ana do Nascimento, com ênfase especial ao Dr. Airton Ferro Marinho, Médico e Membro da SOBRAMES-CE.










terça-feira, 30 de julho de 2013

POR: VICENTE ALENCAR - SEM DIZER

 
Jornalista Vicente Alencar - Diretor de Cultura e Divulgação da SOBRAMES-CE


SEM DIZER

Ouvi-la
é sentir prazer
é sentir amor
mas é também
sentir saudade.
Ouvi-la
sem poder falar-lhe,
sem poder tocar-lhe
é sofrer duplamente.
Largo-me no mundo
sem ter com quem falar
sem ter  o que dizer!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

NOTA DE FALECIMENTO

Dr. Newton Arraes

 Comunicamos a todos os sobramistas o falecimento de Newton Arraes, Membro Titular da Sobrames-CE, no dia 27 de julho de 2013. 
Completou dignamente sua jornada terrena e retorna à pátria espiritual, sob as bênçãos divinas. 
Nossas condolências a toda família, rogando a Deus que todos sejam consolados nesse momento de dor.

Celina Côrte Pinheiro
Presidente da SOBRAMES-CE

sábado, 27 de julho de 2013

POR: JOSÉ WILSON DE SOUZA - SÓ OUTONO



 
Dr. José Wilson de Souza - Médico e Membro da SOBRAMES-CE

Só outono

O outono chegou...

Passaram-se as primaveras: vezes alegres, vezes sofridas, mas com flores colhidas.

Passaram-se os invernos: de vendavais, de lágrimas, mas com o aconchego da chuva no telhado.

Passaram-se os verões: de calor de paixões e de lágrimas mornas.

Talvez o outono ainda esteja na sua infância... talvez no seu ocaso...não sabemos.
Não falamos dele. Não deixaram.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

POR: MARCELO GURGEL - RESENHA DO LIVRO "RISOS E LÁGRIMAS EM BETÂNIA"


Dr. Marcelo Gurgel - Médico e Membro da SOBRAMES-CE
CONVITE LANÇAMENTO DO LIVRO "RISOS E LÁGRIMAS EM BETÂNIA"

RESENHA DO LIVRO "RISOS E LÁGRIMAS EM BETÂNIA"
 
 Publicado no Blog do Marcelo Gurgel, hoje, 26/07/2013.
 Publicado In: Boletim Informativo da Sociedade Médica São Lucas, 9(72): 4, julho de 2013.

O Boletim Informativo da Sociedade Médica São Lucas, de julho de 2012, acolheu, em suas páginas, uma resenha do livro “MULHERES NA VIDA DE JESUS – A história das primeiras discípulas”, editado pela Paulus, escrito por Lúcia Furtado Arruda, religiosa da Congregação de Nossa Senhora do Retiro no Cenáculo.
Irmã Lúcia Arruda é cearense de Fortaleza, oriunda de uma família de longa tradição católica, cujo fervor religioso pode ser conferido por vários padres e freiras pertencentes ao clã dos Arruda; atualmente, ela reside em Belo Horizonte-MG, onde cumpre o seu labor missionário, dedicando-se à orientação de retiros espirituais.
A autora obteve a licenciatura em Letras, pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Ceará, e a graduação em Teologia, pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte, qualificações essas que se juntam à sua afeição pela História, um atributo, por certo, absorvido de seu pai, o professor e historiador Miguel Edgy Távora Arruda.
Agora, à reboque do bem-sucedido feito editorial, em escala nacional, do livro acima aludido, Lúcia Arruda torna público mais uma novidade literária, sob o título “RISOS E LÁGRIMAS EM BETÂNIA, a amizade na vida de Jesus”,que tem tudo para seguir o exitoso percurso do seu precursor, tanto pela temática como por sua cuidadosa elaboração.
O livro reconta, sob a forma de romance, misturando realidade e ficção, o relato da amizade de Jesus com uma família de Betânia, cujo núcleo principal era composto pelos irmãos Marta, Maria e Lázaro. O lar desses irmãos, em Betânia, um povoado da Judéia situado na encosta oriental do Monte das Oliveiras, a 3 km de Jerusalém, seria, então, o lugar onde Jesus costumava albergar-se, ao ensejo de suas atividades missionárias em Jerusalém e em seus arrebaldes. Nele, o Messias se sentia intensa e afetuosamente recebido por amigos féis e de verdade.
Essas três figuras protagonistas da obra são bastante conhecidas nas passagens do Novo Testamento, porquanto a morte de Lázaro afetou profundamente a Jesus, de quem era um dileto amigo; o Filho do Homem, comovido diante das dores de Marta e de Maria, para as quais o seu irmão não teria morrido se o Mestre estivesse entre eles, opera a ressurreição de Lázaro, tido como um dos mais pujantes milagres de Cristo, em sua permanência no meio terreno.
Marta e Maria são as discípulas de Jesus, aparentemente opostas, citadas na Bíblia, pois, enquanto a primeira, Marta, cuidava dos afazeres da casa e anfitriona, com solicitude, o divino hóspede, conferindo um componente mais material, a segunda, Maria, permanecia absorta, sentada aos pés do enviado de Deus, ouvindo suas pregações e sorvendo a melhor parte, a espiritualidade cristã. Vale rememorar que esse suposto antagonismo fraterno, de Marta e Maria, serviu de mote a Viana Moog, para firmar, em sua obra prima, o confronto entre bandeirantes e pioneiros, no cotejo que fez dos rumos da colonização do Brasil e dos EUA.
A autora faz sua narrativa, como se fosse uma real observadora dos fatos, sem, contudo, utilizar-se de diálogos entre os personagens, mas recorrendo a passagens bíblicas, com destaque para as belíssimas citações do Livro dos Cânticos, encaixadas de modo preciso, e que funcionam como substitutas perfeitas das falas intencionalmente omitidas do texto.
Mesmo sendo um livro de ficção, sua fundamentação histórica é irretocável, ancorada em sólidas referências bibliográficas, o que concede valiosas informações contextuais sobre a Judeia, nas alvíssaras do cristianismo; no corpo do romance e em algumas das suas notas de rodapé, dá-se a perceber indicativos do legado de Flávio Josefo, o notável historiador judeu romanizado.
A obra, traçando um perfil do Rei dos reis profundamente humano, exposto a alegrias e tristezas, é de leitura fácil, e, sobretudo, agradável. Suas 120 páginas, dispostas em onze capítulos, podem ser saboreadas, com avidez, em poucas horas, deixando uma sensação de “quero mais”,um desejo a ser suprido pela versátil escritora, muito brevemente.
O novo livro em epígrafe será lançado em Fortaleza, na Livraria Paulus, à Rua Floriano Peixoto, nº 523, em 27 de julho de 2013, sábado, às 10 horas, com a presença da autora.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Sociedade Médica São Lucas