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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

UMA TARDE NO CINEMA 3 -The Fabelmans - Por: ana margarida rosemberg


Ontem, 18/01/2023, depois de ver nas mídias digitais a propaganda do filme “The Fabelmans” de Steven Spielberg e receber um convite da minha amiga, Beth das Artes, para ver o referido filme, resolvi ir assisti-lo naquele mesmo dia.

Aprendi com o Rose, que devemos escolher o filme pelo diretor. Não tive dúvidas. Spielberg, um dos maiores cineastas de todos os tempos, é um dos meus favoritos. Eclético, ele dirigiu, entre outros: “Tubarão”, “Jurassic Park”, “E.T. – O extraterrestre”, “A Lista de Schindler”, “O Resgate do Soldado Ryan”, “Amistad” e “A Cor Púrpura”, que consta, em segundo lugar, na minha lista dos 10 melhores filmes.

Por incompatibilidade de horário, não foi possível ir com a Beth, mas tive a amorosa companhia da Janinha, minha filha. Na telona da Sala Vip do Shopping Rio Mar, às 13h30min, o filme explodiu em nossos olhos e, durante 2h30min nos deleitou.

Em “The Fabelmans”, Spielberg, aclamado cineasta judeu de 76 anos, viaja ao passado, revisita sua infância e adolescência nos anos 50 e 60 do século XX, desnuda sua alma sensível e homenageia seus pais e a sétima arte. Em sua história semiautobiográfica, ele utiliza o sobrenome “Fabelman” como pseudônimo de “Spielberg”.

No filme acompanhamos a história de Sammy, (representado criança por Mateo Zoryon Francis-DeFord e adolescente por Gabriel LaBelle) que, aos seis anos de idade, após ser levado por seus pais, pela primeira vez ao cinema, para assistir “O Maior Espetáculo da Terra”,1952, de Cecil B. DeMille, se apaixona pela sétima arte.

Sem dúvida, Spielberg deve seus dotes artísticos aos pais (Leah e Arnold Spielberg), especialmente, à sua mãe Leah (no filme, Mitzi, interpretada magistralmente por Michelle Williams), que, pianista prodígio, mostrou sua arte ao filho. 

Seu pai Arnold (no filme Burt, interpretado por Paul Dano) um expert em tecnologia, também, teve papel importante, no desenvolvimento do cineasta. Juntando o lado artístico e tecnológico, o garoto deu asas à imaginação usando uma “Super 8”.

Produzindo filmes caseiros com as três irmãs, os pais e, na escola, com seus colegas, Spielberg desenvolve sua genialidade. Ao mesmo tempo, descobre que seus pais vivem uma crise insuperável que leva ao divórcio e ao sofrimento da família.

Além disso, vive um drama colegial recheado de preconceitos e violência física por colegas valentões antissemitas. Não podia faltar seu primeiro envolvimento amoroso que termina melancolicamente.

Apesar de tantos percalços, o jovem finalmente encontra a porta de entrada para desenvolver sua brilhante carreira, retratada no filme no breve e nervoso encontro com John Ford (interpretado por David Lynch). Termina, enfim, com o gosto de quero mais.

Por ser um filme de memórias, “The Fabelmans” me remeteu à infância, nos idos da década de 1950, em Baturité-CE. Meu pai, Miguel Edgy Távora Arruda, amante da sétima arte, projetava filmes caseiros feitos por ele com uma super 8, de seus filhos e familiares no famoso “Cine Beco”.

 Assistindo “The Fabelmans” revisitei, com doçura, amor e algumas lágrimas, meu passado em Baturité.

ana margarida furtado arruda rosemberg

Fortaleza, 19 de janeiro de 2023

Um comentário:

  1. Reminiscências são sempre um estímulo à sensibilidade e saudades do que vivemos!Ele que é um gênio da sétima arte,nos convida à refletir sobre sua origem e dons! Uma maravilhosa descrição e convite para assisti-lo,Dra Ana Margarida Rosemberg!

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