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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

REUNIÃO ORDINÁRIA DA SOBRAMES-CE - 10 DE FEVEREIRO DE 2014

Ontem, dia 10 de fevereiro de 2014, às 19h30min, realizou-se, na Avenida Rui Barbosa, nº 1880, mais uma reunião ordinária da Sobrames-CE. A mesma, que foi presidida pela Dra. Celina Côrte (Presidente),  contou com a presença de vários associados.
 
 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

POR: FÁTIMA AZEVÊDO - PARA DEZINHA COM AMOR


Dra. Fátima Azevêdo - Médica e Membro da Sobrames-CE


                                                  PARA DEZINHA COM AMOR
            Tenho uma tia bem velhinha, velhinha mesmo. Dessas que não têm mais músculos, só a pele enrugada lhe cobrindo os ossos que um dia já foram encobertos por uma pele viçosa e rosada e por músculos de amazona. Pois é, eu tenho uma tia com cabelinho ralo e liso mas ainda brilhante, no lugar das madeixas fartas e encaracoladas de outrora. No lugar dos lindos dentes de antigamente, duas próteses móveis, rosadas e que parecem querer pular do copo d’água ao cair da tarde para me dizer boa noite.
            Eu tenho uma tia bem velhinha, velhinha como as meinhas brancas das crianças do grupo escolar que só têm um par para usar o ano inteiro. Tão velhinha que mal pode andar sozinha. Tão velhinha e transparente que torna quase possível a visualização de seus órgãos assim como de sua mente e coração. E o que eu vejo... A mais jovem de todas as mentes que conheço e o mais generoso dos corações.
            Ela é a prova mais palpável do amor incondicional. Ela é a paz feito gente, o perdão e a conciliação. É a mais sábia das criaturas. É a última de uma geração em extinção. É o meu xodó maior. E ela sabe disso.
            Essa minha tia é tia-avó e mãe-avó ao mesmo tempo. Mãe porque ajudou a me maternar e avó porque leve, sem as angústias ou exageradas preocupações das mães. Fez do meu mundo infantil uma fantasia revisitada sempre que se faz necessário. Produzia brinquedos artesanais como ninguém. Desde casinhas de caixas vazias de remédios a soldadinhos de chumbo prateados de tampas de leite em pó. Todos perfeitamente enfileirados a marchar pelos tacos do quarto na casa do Tirol. Arrumava minha casinha de bonecas e quando a asma me atacava e eu faltava às aulas, não sabia o que era tédio. Lá estava ela pronta pra me levar ao mundo da fantasia enquanto minha mãe ia providenciar alimento, medicamentos, consultas médicas e o que mais fosse necessário. Além dos brinquedos artesanais, eu ainda era abençoada pela mãe-lua nas noites de lua cheia, quando Dezinha me levava para a calçada e me ensinava esse “mantra”: “a benção mãe-lua me dá pão com farinha pra eu dar pra minha galinha que está presa na cozinha”. E eu, menina de ontem, repetia com a mãozinha levantada, olhando pra lua em total sintonia. Repetia esse “mantra” com a cadência dos poetas, do amor e da inocência.

            Até hoje guardo com carinho um par de tamancos comprados no mercado, daqueles tamancos bem baratinhos, que ela me deu quando eu tinha 1 ano. Tamanquinhos artesanais, adquiridos no Mercado São Sebastião no século passado. Não deixa de ser uma peça histórica em um mundo de plastificados. Estou pensando até em emoldurá-los pois para mim, são como um retrato doce de minha infância.
            A Dezinha, essa minha tia querida, não é caduca, muito pelo contrário, está por dentro de tudo o que acontece no mundo e ainda dá palpites. Essa minha tia nunca casou, nunca teve filhos, mas amou e amou muito. A tudo e a todos. Ainda hoje fala de seu grande amor. Muito moderna e independente para a sua época, não tinha perfil adequado para o casamento.
            Tenho uma tia bem velhinha, mais velhinha do que a mantilha de renda de minha bisavó. Sei que já cumpriu sua missão neste planeta e que mais dia menos dia será como uma poeira de luz feito estrela a iluminar o meu céu. Estará sempre no meu coração.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

POR: ANTERO COELHO NETO - O GESTO ADIADO

 
Dr. Antero Coelho Neto - Médico e Membro da Sobrames-CE


O GESTO ADIADO

Publicado no Jornal O POVO, hoje, 05/02/2014. 

Como sempre acontece, e aqui temos referido, no começo de um novo ano muito se fala, lê e escreve, sobre planos, sonhos e projetos futuros.

A época de renovações e anseios nos faz refletir no que se passou e no que há de vir. Pensamos, pesamos e comparamos as coisas boas que fizemos e outras tantas que deixamos de fazer, ou erramos ao tentar fazê-las.  Nem sempre é fácil.

Agora, na maturidade de tantos começos, sinto, mais forte, uma necessidade de avaliar o que deixei de fazer. E o por que deixei de fazer e, assim, adiar. Tenho certeza que muitos, jovens e idosos, sentem as mesmas coisas.

Não deliberadamente, mas sempre deixamos escapar tantas atitudes, tantas gentilezas, tantas provas de carinho, de afetos ou, simplesmente, de amizade, de gratidão.

E aí está a grande perda: o GESTO ADIADO. Ele passa, se esvai, parece fugir de nós e perder-se no tempo. Mas ele não sai de nossa lembrança e também de muitos a quem ficamos devendo. E destaco, mais uma vez, o valor de nossa Memória. Ao pensar nas causas desses efeitos tão importantes, lembramos as raízes primárias daquela educação repressora dos pais (sobretudo o pai) cuidadosos e vigilantes, traumatizando os filhos homens para que se tornem futuros “machos”.

Nós, pobres meninos, não deveríamos chorar, sorrir demais, vestir cores alegres, gostar de flores, de jardins. Éramos sérios, tímidos e até antipáticos. Meninos não podiam ser afetuosos, carinhosos, gentis. Éramos sisudos; os alegres e conversadores eram “incheridos”... Tínhamos de ser “machos”. E mais, tínhamos de ser forte, o provedor, o exemplo, o chefe. E isso não incluía as emoções, as lágrimas, a delicadeza, o afago, o carinho. 

Pois agora estamos em novo começar. Estamos adultos ou idosos. Vamos resgatar os gestos que adiamos? Sempre cabe um pedido de desculpas, um telefonema, uma gentileza, um tocar, um abraçar, um beijar, um afago, um obrigado!

Ainda é tempo. Vamos aprender e aplicar as lições que nos dão - de graça – as Mulheres. Aqui, já destaquei, muitas vezes, o tanto que aprendi com as mulheres. Maravilhosos seres que estão sempre à nossa volta, lindas, coloridas, álacres, risonhas e, tão encantadoramente conversadoras e prolixas. E por que são assim? Por que não carregam em seus lindos ombros – mesmo quando chefes de famílias - aquela  árdua e penosa missão de ser um MACHO.

E foi assim, com carinho e muito amor, que aprendi com minha mulher, alunas, amigas ou namoradas, esses ensinamentos que nos tirou da vida rotineira e melancólica que tinham reservado para muitos de nós homens. E o melhor Tempo passou a ter cada vez mais importância para a nossa vida futura e, conseqüentemente, para a nossa Memória.

Pensa nisso ao planejar tua vida para 2014. Minha mulher sempre disse que tenho de relembrar e confessar, publicamente, que Ela foi minha maior e melhor Professora. E ela sabe cobrar...

Antero Coelho Neto

Médico e Professor


sábado, 1 de fevereiro de 2014

POR: A. FERNANDES SOARES - O TRENZINHO DE CAIXA DE FÓSFOROS QUE IMITAVA O TREM DE PASSAGEIRO




O TRENZINHO DE CAIXA DE FÓSFOROS QUE IMITAVA O TREM DE PASSAGEIRO                                                                                                                                                 
          L. A. Fernandes Soares
Na noite que passou era Natal. Voltou-me à memória o Natal de 1948.
O meu ser espírito gosta de regressar ao pretérito, adora voltar no tempo e, relembrar com amável carinho aqueles cenários, imagens e acontecimentos que jamais fogem do computador da memória. Apesar de não me considerar, nem mesmo, um regular memorialista, lembro das belas fases da minha infância virgem e feliz. Pobre, mas alegre. Humilde, mas sincera. Simples, mas espontânea e muito natural, principalmente com a sensação pura de inocência.
Na noite que passou, depois dos cumprimentos um pouco concentrado vendo, sem muita obsessão um programa da madrugada, vi um trem de verdade apitando como integrante de uma bela propaganda.
Então regressei ao passado. Lembrei-me que no ano de 1948, meus pais moravam no interior do Rio Grande do Sul, em uma chácara, local que meu pai criava um plantel de vacas leiteiras que produziam a nossa sobrevivência. Um tambor de leite simples e restrito.

Esse pequeno estabelecimento ficava à beira de um rio de água doce denominado Imbaá, que no verão nos servia de bela e tentadora piscina.  Era coberto por uma extensa mata nativa que o envolvia no percurso que passava em nosso campo. Depois tinha início uma destacada coxilha que mais distante parecia-nos que se abraçava com a extremidade inferior do horizonte.
Pois, descendo dessa união colina-céu, vinha à estrada de ferro que tinha início na capital a 600 quilômetros e passava a uns cinco da casa da chácara. Quando a estrada fazia a curva para seguir para a estação final na cidade de Uruguaiana, tinha uma “parada” onde o trem só estancava sua marcha caso tivesse algum passageiro para embarcar ou desembarcar. Era uma parada muito rápida. Esse era o ponto geográfico mais perto da chácara.
O trem era conhecido por trem de tabela, pelo horário certo de chegar e sair ou de trem de passageiro, ou trem da linha, pois, só conduzia pessoas e raramente carga. Tinham outros trens que conduziam cargas e tropas de bois para os saladeiros da fronteira.
O trem partia da capital as 20h45 e chega à cidade da fronteira por volta das 21:00 horas do dia seguinte. Seu horário de passar pela parada denominada Xisto Pereira era por volta das 20h20 horas.
Nesse horário no verão da campanha já era noite escura. Já tínhamos jantado, a querida e doce mãezinha com a irmã mais velha já tinham lavado a louça. Os pais e os quatro filhos sentavam-se do lado de fora da casa de madeira e zinco, sem forro, extremamente quente, sem luz elétrica e sem nenhum tipo de ventilação artificial para apanhar a brisa da noite que soprava dos campos abertos, sempre fresca e perfumada pelo aroma das flores silvestres e também do jasmim que mamãe cultivava com muita habilidade.
O papai preparava o chimarrão e sentado junto à mãe ia sevando-o para ambos enquanto nós brincávamos sentados em pelegos de pele de ovelha no chão próximo deles. Mamãe e papai conversavam. Nunca soube o que comentavam. Papai, que ia a cidade todos os dias e durante a repartição do leite de litro em litro para os seus velhos fregueses conversava com muitas pessoas, sempre tinha alguma novidade para relatar. Era o jornal oral, pois, rádio também não existia. As duas gurias brincavam de boneca e nós, os dois guris, brincávamos imitando o trem. Dentro da noite sempre muito escura, pois não acendiam nem os lampiões nesse período para economizar querosene. Tínhamos apenas a luz das estrelas que refletiam rompendo os espaços entre o vão das folhas dos cinamomos e conseguiam projetar algum clarão, o suficiente para nos vermos e podermos brincar.
O céu na campanha à noite é normalmente exuberante com um punhado de estrelas que servem de verdadeiro teto, dos mais variados tamanhos com intensa luminosidade e muitos painéis com diferentes e exóticos desenhos. Trata-se de um cenário natural admirável. Em algumas noites de lua cheia, então, a noite se tornava verdadeiro dia pela claridade da luz da lua. Essa claridade intensa só era notada até poucos metros depois. À distância, a sombra da noite deixava tudo escurecido.
  Quando o velho relógio de parede, que ficava na sala, badalava 20h15, pois seu pêndulo que nunca parava permitia que o cuco cantasse, estava na hora do Trem de Passageiro passar próximo da chácara. Nesse momento toda a família se virava para o horizonte na comunhão de afeto da coxilha e o céu, pois logo ouviríamos o saudoso apito do trem que era estridente dentro do silêncio da noite e resplandecia com muita intensidade. Era o sinal sonoro para avisar o chefe da estaçãozinha da parada que estava chegando.
  Nesse instante bastava olharmos para o horizonte, bem depois da mata virgem e do rio Imbaá, que veríamos com muita nitidez uma corrente de luz e fogo, semelhante a um colar de brilhante que corria serra abaixo em nossa direção.
A máquina movida a carvão mineral incandescente tornava-se verdadeira tocha de fogo e era possível vermos as faíscas que voavam impulsionadas pelo vento provocado pelo deslocamento da composição. Os vagões, com todas as luzes acesas, pareciam uma centopéia iluminada ou um cometa correndo livremente pelos trilhos descendo do alto da montanha.
À medida que se aproximava da estação da parada, o visual era mais nítido e o apito era repetido insistentemente, com a finalidade de espantar as reses bovinas e as ovelhas que dormiam ao largo da estrada de ferro e avisar os pouco moradores das casas isoladas que estava chegando.
O contato das rodas de ferro do trem com os trilhos, também de ferro e aço, produzia um ruído muito típico que era ouvido dentro da noite a vários quilômetros. A água do rio ajudava na propagação desse barulho e do próprio apito repetitivo e por vezes melancólico, pois, seu som sempre dava a ideia de despedida, de adeus e saudade.
Esse conjunto de sons típicos hoje resplandece em meus ouvidos como um hino de saudade e belas lembranças da minha infância, dos dias felizes que não voltam mais, como diz o poeta maranhense Gonçalves Dias. O retrato do trem espargindo fogo no espaço e o odor do carvão persistem como símbolos de um trajeto de vida grafado para sempre em meu sentimento e nas minhas retinas.
Dessa imagem nunca esquecida é que surgiu a ideia do trenzinho. Naqueles tempos guri não falava muito com os adultos. Muitas noites, ali ficávamos admirando o céu na espera do trem. Uma noite a mãezinha, após juntar por vários meses as pequenas caixas de fósforos da marca Fiat-Lux que haviam sido consumidos os pauzinhos para acender o fogo do fogão a lenha e os lampiões nos ofereceu a grande sugestão. Juntamente com o papai, abriram todas as caixas vazias sobre uma mesa e foram unindo uma na outra através da gavetinha que servia de recipiente para os palitos de fósforos formando um cordel. As caixas enfileiradas, unidas em média de dez, uma na outra, forjavam um trem com dez vagões. Na primeira caixa encaixavam uma gavetinha em pé que significava a máquina da composição. O trem estava pronto. Esse era um brinquedo para os guris.
Logo aprendemos a montar e desmontar o conjunto de caixas. Acabamos fazendo trens menores para que o pátio imaginário da estação do trem, que logo construímos sobre os pelegos, desse a ideia de grande movimento. Depois criamos o trem de carga. Juntávamos frutas do cinamomo e enchíamos as gavetinhas intermediárias transformando-as em vagão de carga.
 Por muitas noites, não sei por quantos anos, foram o nosso brinquedo preferido, predileto e antes do trem de verdade apitar sobre o lombo da coxilha, o nosso já estava descendo o montinho de areia que passamos a utilizar para imitá-lo. Depois cada guri ganhou uma caixa de sapato vazia para acondicionar o trem quando não estava em uso. O nosso trenzinho de caixa do fósforo deixava de chegar ao destino no longo período de inverno, pela intensidade do frio e das geadas repetitivas que tingiam de branco as coxilhas e canhadas de nossos campos nativos.
Como todos os guris de todos os tempos, nós não deixamos de criar algumas situações pouco aprovadas pelos pais, aliás, que eram sempre praticadas as escondidas. Também fazíamos nossas “artes”, brincadeiras, às vezes perigosas com risco para a nossa própria integridade. Certo dia, praticamos uma arte perigosa brincando com fogo. Em todos os tempos, sempre tivemos respeito à hierarquia. Acredito que a ideia fora minha, já que era o mais velho e meu irmão, muito humilde e querido, seguia os bons e maus exemplos dos mais velhos, por ser obediente e muito respeitador.
Escondidos no galpão longe da mamãe, resolvemos tentar imitar o fogo e as faíscas que eram lançadas no espaço pelo trem da linha ou passageiro. Montamos um trem com as caixas e encravamos no compartimento, que denominávamos de máquina, alguns palitos de fósforo furtados da caixa que o papai utilizava para acender o lampião pela madrugada quando iniciava a ordenha das vacas iniciada sempre às quatro horas. Em seguida, lasquei um pau de fósforo na caixa acendendo-o e encostei nos paus que estavam fixos em nossa máquina imaginária.Vejam o que aconteceu!!
As laterais das caixas de fósforos são revestidas por uma fina camada de areia e pó de vidro formando uma crosta áspera que em contato com o palito, a faísca gerada queima o clorato de potássio, que libera uma grande quantidade de oxigênio. Esse oxigênio reage com a parafina que reveste o palito. Essa combinação gera uma chama que consome a madeira do palito por mais ou menos 10 segundos.
Os fósforos se incendiaram de imediato e o fogo se alastrou por todo o conjunto de caixas enfileiradas com muita intensidade. Ocorreu uma combustão seguida de uma explosão que chegou a chamuscar os meus cabelos e sapecar a mão. Nada grave. Mas o susto foi tremendo!
Resultado: todo o nosso trem virou cinza em segundos e para nossa felicidade, essa arte havia sido praticada com as caixas no chão puro de terra. Poderíamos ter incendiado o galpão que era baixo e quinchado de capim canil seco. Lógico que nossos queridos e amáveis pais partiram sem nunca terem tomado conhecimento de mais essa arte. Nunca mais brincamos com fogo. Como os guris eram unidos, nunca mais falaram no assunto. Travessuras da infância que, apesar de muito virginal, sadia e pobre, aconteceram.
 E neste momento do ano de 2013, as sublimes lembranças do ano de 1948 regressaram a minha memória e os tempos se confundiram no bailado dos sentimentos em festa natalina e os olhos olharam para o alto da coxilha dos sonhos e viram o trenzinho descendo e os tímpanos ouviram o retumbar do som saudoso do apito do trem... Mesmo estando no átimo do tempo retido, no interior de um apartamento no nono andar...
O passado é perene basta provocarmos os sentidos que aparecerá....
Neste último Natal, o trenzinho de caixa de fósforos que imitava o trem de passageiro, correu apitando pelos trilhos dos meus sentimentos, sensibilizando os painéis da saudade que responderam através de pingos de lágrimas.

Legendas: Fig. 01 Velha estação abandonada
Fig. 02 - Antigo vagão de passageiro
Fig. 01 - O trenzinho de caixa de fósforos