Publicado no Jornal O POVO em 31/12/2014
Vida ativa, criativa e saudável.
O
nosso Instituto para a Qualidade de Vida (IQVida), extinto há três anos
, teve como “slogan”, exatamente o título deste artigo. Volto a
escrever sobre o mesmo, porque ainda continuam me telefonando, querendo
marcar consultas individuais e institucionais sobre o assunto.
Resolvemos encerrar nossas atividades, ao nível de consultório e de
elaboração de programas, consultorias e palestras de QV em pequenas,
médias e grandes empresas do país, por ter chegado o inevitável tempo de
aposentadoria. Destaco o grande interesse que essas atividades
apresentavam pela melhoria da QV de seus empregados e funcionários. Esse
trabalho dava-me imenso prazer, por constatar que estávamos no mesmo
caminho das empresas e instituições de muitos países do mundo, na busca
do desenvolvimento humano.
Faço
parte de algumas importantes instituições internacionais que estudam e
trabalham em QV. Em meus dois livros publicados sobre o assunto ( Vida
Longa com Qualidade I e II) cito várias delas e os resultados que estão
obtendo em termos de desenvolvimento humano e econômico para os países.
E, aproveito também, para ressaltar que várias organizações futuristas,
assunto que também tenho estudado em importantes momentos de minha vida,
referem as grandes variações prospectivas que existirão, para os países
que trabalham em QV com profissionais competentes.
Destaco,
então, a nossa falta de profissionais especialistas na área de QV para
os indivíduos e instituições do país. Lembro que as duas dimensões
polares da vida são: qualidade e quantidade (longevidade). Felizmente
esta última dimensão tem recebido um grande destaque, com muitos
especialistas médicos (geriatras) e afins (gerontologistas) e de outras
áreas sociais e econômicas. Lembro que, ao regressar ao Brasil, como
membro aposentado da OMS/OPS, em 1993, quando falava sobre as variações
do tema QV, alguns colegas mostraram grande surpresa e outros até
criticaram porque eu estava falando sobre o inexistente.
Felizmente,
nos últimos anos, o assunto tem sido valorizado e destacado pelos
órgãos de comunicação, pelas instituições sociais, políticas e pela
população em geral. Mas a QV continua sem especialistas suficientes para
aplicações mais específicas. As universidades, faculdades e
instituições de formação profissional não têm se mobilizado para o
problema.
É
importante lembrar que os condicionantes da dimensão QV são: 1. estilos
de vida; 2. educação; 3. saúde; 4. aspectos individuais; 5. ambiente
saudável; 6. aspectos sócio-culturais; 7. aspectos econômicos. Todos com
variações de seus diferentes fatores com a profundidade suficiente e
necessária para a formação de especialistas e profissionais capacitados.
Esses fatores devem ser bem conhecidos, trabalhados e alcançados para
se ter uma boa QV.
E,
neste início de ano, vamos pensar no assunto? Será que vamos poder
melhorar a QV do Brasil e de nossa família, com as atuais condições
políticas, econômicas e sociais do país?
Vai
ser difícil, sim, mas não é impossível. Comece com o Condicionante n°1-
estilos de vida saudáveis e vá em frente. Verá que o verbo “querer” é
muito forte e o desejado pode ser alcançado quando queremos com fé. Para
você, leitor amigo, desejo que em 2015, busque e tenha a “vida ativa,
criativa e saudável” que merece, com muitos momentos de felicidade.
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