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quarta-feira, 29 de maio de 2013

POR: GERALDO BEZERRA - DIVIDI MEU SORRISO COM QUEM O QUIS

Dr. Geraldo Bezerra - Médico e Membro da SOBRAMES-CE 

DIVIDI MEU SORRISO COM QUEM O QUIS
 
Gemi minhas dores
Sozinho,
Sozinho chorei meus prantos...
Ninguém afastou a pedra
Que esteve no meu caminho,
Porém,
Quando minha noite se fez dia,
Quase todos quiseram
Alguns raios do meu sol,
Carinhos da minha brisa.
Dividi meu sorriso
Com quem o quis.

terça-feira, 28 de maio de 2013

REUNIÃO ORDINÁRIA DA ACADEMIA CEARENSE DE LÍNGUA PORTUGUESA

Realizou-se hoje, dia 28 de maio  de 2013, às 16h, no auditório da Academia Cearense de Letras, em Fortaleza-CE, mais uma reunião ordinária da Academia Cearense de Língua Portuguesa. 
Dirigida por seu Presidente, Vicente Alencar, a reunião contou com uma palestra sobre o tema "Conjunções do Português e suas Relações Semânticas", proferida pelo Acadêmico José Ferreira de Moura. Parabéns ao conferencista!

Vicente Alencar, Presidente da Academia Cearense de Língua Portuguesa, abrindo a reunião.
Participantes da reunião

Acadêmico José Moura recebendo o certificado

POR: CELINA CÔRTE - TERRA DE NINGUÉM

 
Dra. Celina Côrte Pinheiro - Médica e Presidente da SOBRAMES-CE

                                 TERRA DE NINGUÉM

 Publicado no DN - Debates e Ideias - Domingo, 26 de maio de 2013.


Em 2012, houve uma polêmica entre os permissionários da Feirinha da Beira-Mar, pela dificuldade de negociação com quem lhes alugava o espaço onde guardavam seus apetrechos durante o período de inatividade.

Não havendo conciliação, os feirantes passaram a deixar todo seu material exposto no local, sob a égide do gestor municipal, comprometendo a paisagem praiana de que os habitantes de Fortaleza tanto se orgulham.

O mar passou a ser percebido através de um quadriculado de ferragens, perdendo todo seu encanto.

Recentemente, as ferragens foram retiradas e a parte inferior do material, coberta com impermeáveis para proteger das intempéries, o que contribuiu bastante para redução do desconforto visual.

O problema parecia resolvido desta forma. Porém, há alguns dias, tudo voltou a ser como dantes.

As ferragens estão novamente expostas, enfeando o local.

O mar, observado através de grades, perde sua beleza. O cartão postal desta cidade foi rasgado, exatamente por quem dele tira seu sustento. Os permissionários deveriam ser os maiores responsáveis pelo cuidado estético do local.

Mas quem é que está preocupado com isso? Usufruir o bem, até as últimas consequências, é a mentalidade da maioria das pessoas.

E farão isso na medida em que as normas não são bem definidas e seu cumprimento não é obrigatório e/ou fiscalizado com seriedade.

Todo cidadão merece respeito, mas em nome do respeito individual não podemos ferir o coletivo e permitirmos que a sociedade se torne anárquica. Esta cidade tem vários exemplos de irregularidades que se perpetuam por conta da aceitação das autoridades e do próprio povo que não reage a tais investidas.

Assim, loteia-se a cidade como terra de ninguém, onde boa parte da população utiliza-a de forma egocêntrica.

Em nome da sobrevivência, o direito individual extrapola o limite do aceitável. Enquanto isso, os deveres se mantêm parcimoniosos.

Não pode ser assim, sob o risco de termos uma cidade insatisfatória para se viver.

Imagine-se para o tão sonhado turista...

segunda-feira, 27 de maio de 2013

POR: VICENTE ALENCAR - CHUVA

Vicente Alencar- Jornalista e Diretor de Cultura e Divulgação da SOBRAMES-CE
 

CHUVA
(Publicado na Policromias, Volume 6º, de 2010.)

Chove.
O despertar desta manhã
traz infinitos pingos.
O meio-fio perde-se
na água corrida
que lava todo aquele
longo caminho de pedras.

Caminho pela rua,
vendo,
sentindo a chuva.

Falta-me a companhia.
Falta-me alguém
com quem gostaria de estar
neste momento.

Chove.
Uma imensa torrente de água
mistura-se à minha saudade.
Estou só.
Só eu e a chuva.

Vicente Alencar
(Do Instituto Cearense de
Cultura Portuguesa-ICCP)

POR: GERALDO BEZERRA - ENTRE A SEMENTE E A FLOR


Dr. Geraldo Bezerra - Médico e Membro da SOBRAMES-CE
 
ENTRE A SEMENTE E A FLOR

Se, nesta vida,
Nem sempre é possível
O sorriso,
É que há distância
Entre a semente e a flor...

Entre a semeadura e a colheita
Há toda uma faina
A se executar:
Há que se preparar
Um bom terreno,
Há que se semear
Sempre a melhor semente,
Há que se adubar
Com muito empenho
Para que possamos ter
Os merecidos frutos.

Enfim, para obtermos
A beleza da flor,
Dos frutos, o sabor,
Teremos que saber
Qual o melhor caminho
Para se percorrer
Entre a semente e a flor.

domingo, 26 de maio de 2013

POR: JOSÉ WILSON DE SOUZA - DESEJOS... MEDOS



Dr. José Wilson de Souza - Médico e Membro da SOBRAMES-CE
   

DESEJOS... MEDOS

Estes teus olhos (que sorriem),
estes lábios  (que falam de beijos),
são solicitações mudas.
Quero ver-te outras vezes... muitas vezes, para olhar tua alma nos teus olhos, e olhar teus lábios,  e na miragem dos meus desejos, beijá-los.    
Dá-me tua boca para que te sufoque de beijos
Dá-me teus olhos
Para que eu afogue nestes  lagos negros
Dá-me teu corpo para que eu me perca totalmente nas suas reentrâncias.
Dá-me tudo, pois não quero que outra vez fiquemos no desejo... por medos.

sábado, 25 de maio de 2013

POR: SÉRGIO MACEDO - LAR DOCE LAR

Dr. Sergio Macedo - Médico e Membro da SOBRAMES-CE

LAR DOCE LAR

Moro nos pântanos, 
A escuridão é permanente
Mas a casa é flutuante.
Tenho medo de afundar nas minhas verdades.
A névoa e as árvores caídas não me assustam.
Assustam-me as névoas, que vêm de dentro de mim,
as minhas árvores caidas.

Os morcegos e as desconhecidas aves são amigas, assustam-me as manchas que me permeiam o                                     raciocínio.    
Assustam-me as migalhas oferecidas.
Assustam-me os favores com gosto de cobrança,
mais que os morcegos e os vis répteis que me cercam.

Os mórbidos amanheceres sem luz
Refletem não o que penso que sou,mas a irreverência dos limites da existência.

Onde estão os valores?
Onde está a nossa liberdade de aquiescer a eles?
Ou somos, como o disse já,
apenas marionetes hormonais,
Nossos e dos outros???

Meus cadafalsos e minhas entranhas estão à             mostra.
Minhas verdades estão mais para o cristal que                   para a opala.
Portanto, este sou eu, perdido numa noite                       escura, escusa,
Confuso como a cabeça da medusa.