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| Dr. Ricardo Pessoa |
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quinta-feira, 23 de outubro de 2025
POR RICARDO PESSOA: RESULTADO DO VESTIBULAR
sexta-feira, 17 de outubro de 2025
POR RICARDO PESSOA: O CORPO E O CARTÃO DE CRÉDITO

Dr. Ricardo Pessoa - Endoscopista Digestivo
O corpo e o cartão de crédito
Era uma sexta feira a tarde, quando Dr José viu seu
celular com 3 ligações e uma mensagem de outro colega dizendo: “assim que
puder, me liga”.
José prontamente atende o pedido do
amigo e o telefonou. Era uma solicitação de realização de um procedimento de
urgência em um paciente de meia idade, Sr Walker, estrangeiro, que se
encontrava com um quadro agudo que precisava ser submetido a um tratamento com
brevidade para evitar complicações e diminuir o risco de morte.
Dr José prontamente montou sua equipe e
se encaminhou ao hospital para realizar o ato cirúrgico e aliviar o sofrimento
daquele enfermo, sem mesmo perguntar como seria a forma de pagamento já que era
um caso de urgência e um pedido aflito de um amigo seu.
O procedimento foi realizado com sucesso
na manhã do sábado, permanecendo o doente na uti por 24 horas, e, na segunda ja
se encontrava no apartamento.
Nesse momento, durante a visita
hospitalar habitual, Dr José foi questionado pelo Sr Walker sobre como seria o
pagamento, já que o mesmo era estrangeiro e não dispunha de plano de saúde.
Então, Dr José acertou os valores dos
honorários com o inglês sem dificuldade, porém havia uma impasse de como seria
realizado esse pagamento.
Pra surpresa do médico, o paciente pediu
a sua esposa, Sra Walker, para pegar sua carteira de documentos no armário do
quarto e entregá-lo; assim que a recebeu, sr Walker a abriu, retirou o cartão
de credito e o entregou ao médico: “tome, leve para sua clínica, faça a cobrança
do valor acertado e o traga quando vier pro hospital amanhã! A minha senha é
1918”
Dr José ficou estupefato com essa
atitude do Sr Walker e retrucou logo em seguida: “não, Sr Walker, não posso
levar seu cartão com sua senha!”
Para
surpresa de todos que estavam no quarto do hospital, Sr Walker justificou sua
atitude: “Dr, o senhor me operou, eu confiei no senhor e lhe entreguei o meu
corpo! Leve-o”
quarta-feira, 8 de outubro de 2025
POR RONALD TELES: CICATRIZES
terça-feira, 7 de outubro de 2025
CONVITE
Local: Centro de Eventos do Ceará
Horário: 17 horas
POR RONALD TELES: SAUDADES
| Dr. Ronald Teles - Cardiologista |
Saudades
Visitei uma cidade antiga
Arrebatada pelo tempo ido,
Que se fez nova em um lampejo,
E de repente me pôs em lágrimas,
Quedei- me de arrependimento,
Pois voltei ao passado;
A nostalgia que maltrata,
Corrói o espírito,que se descontrói em lástimas,
Suspirando por um alento,
Acolhido na complacência da calma,
Sabendo que visitar o que se foi,
No chão não resolvido das angústias,
É um clamor pelas saudades
Que invadem nossas almas,
De aflições que não mais cabem
Dilacerando nosso ser,
Fragmentos de eternidade,
Reminiscências do tempo
Perdidos em pálidos momentos,
Nos convidando a um novo dia,
Acolhido pelo bom ânimo,
Significando uma nova poesia,
Sonhando tudo que nos projeta à frente,
Motivo para o hoje, o agora e sempre,
vaticínio de um novo amanhã,
Olhos brilhantes na estação,
Local da nova partida,
Amor para nossas vidas
sábado, 27 de setembro de 2025
Por Ronald Teles - ROSAS
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| Dr. Ronald Teles - Cardiologista |
ROSAS
Me cerco de flores,
De amores perfeitos,
Que brotam do meu peito,
E digo não ao ódio,
Resguardo- me de tua face crua,
Humores ácidos que escorrem de teu ser,
Destarte o bem que recebeste,
De tantos que te cercaram,
Em dolorosas vertigens,
Da tua carne atormentada,
Supliciada pelo tempo, por agudos momentos,
Diante tudo que te maltratava,
Agora aqui estamos,
Juntos novamente,
Aproveita a inocência e beleza das rosas,
Que se enchem da graça,
Que vem do alto,
Sem quereres de sol ou chuva,
Brilhando todo o dia,
Com pétalas suaves e molhadas,
Pela brisa e gotas lacrimosas,
Felicidade que não demora,
Mas não te diz nada,
Para que então um dia pressintas,
Que necessitas desta mesma graça,
Liberdade para tua alma
quinta-feira, 25 de setembro de 2025
POR REBECA DIÓGENES: O TEMPO DAS HORAS E O FIM DO MUNDO
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| Rebeca Diógenes - Acadêmica de Medicina |
O Tempo das Horas e o Fim dos Mundos
Antigamente, a vida corria no
compasso dos sinos da igreja e do apito do trem. O dia começava com o galo,
terminava quando o sol se escondia, e o mundo parecia imenso e ao mesmo tempo
simples. As conversas aconteciam na calçada, o tempo era medido pelo cheiro do
café coado e pela rotina das estações. O futuro não se apressava — vinha lento,
como chuva anunciada no horizonte.
Hoje, o tempo não cabe mais no
relógio. As horas se dissolvem em telas luminosas, e a vida é contada em
notificações. Conversamos menos com quem está ao lado e mais com quem está a
quilômetros. O mundo, que antes parecia distante, agora cabe no bolso — mas,
paradoxalmente, nunca pareceu tão esmagador. Falamos em progresso, mas nos
perdemos em algoritmos; corremos contra o tempo, mas sempre chegamos atrasados.
E quanto ao fim do mundo? Talvez ele
não venha com trombetas ou fogo dos céus, mas em pequenas doses cotidianas: no
silêncio entre duas pessoas na mesma mesa, na pressa que devora o presente, na
solidão de quem tem mil amigos virtuais e nenhum ombro real. O fim do mundo
pode estar menos no planeta e mais dentro de nós, no instante em que esquecemos
de viver como antes — com a calma de quem sabia esperar, com a simplicidade de
quem reconhecia beleza no pouco.
Cecília Meireles, em sua delicada
sabedoria, já nos lembrava que “a vida só é possível reinventada”. E talvez
seja isso: o fim não é apenas destruição, mas o perigo de não reinventarmos a
própria existência, de nos perdermos no ruído e esquecermos a poesia escondida
nos gestos simples. Quando deixamos de reparar nas flores que nascem sem alarde
ou no silêncio das estrelas, é como se começássemos a escrever, em silêncio, o
nosso próprio apocalipse.
Talvez o mundo não acabe em
explosão, mas em esquecimento. O fim não será um clarão, mas um piscar de
olhos. E, quem sabe, um dia ainda olharemos para trás e veremos que o
verdadeiro fim começou quando deixamos de olhar o céu — esse mesmo céu de
Cecília, sempre aberto, sempre nos lembrando que “o tempo é a minha matéria, o
tempo presente, pessoas presentes, a vida presente”.


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