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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

POR: PEDRO ISRAEL NOVAES ALMEIDA - NATUREZA REBELDE

Pedro Israel Novaes de Almeida
                                                     pedroinovaes@uol.com.br
                                O autor é engenheiro agrônomo e advogado, aposentado.

O texto foi encaminhado pelo sobramista  Dr. William Harris e o autor é freqüentador eventual do MMCL. 

                                           NATUREZA  REBELDE
                                                                   
Apesar dos avanços da ciência e dos aparatos tecnológicos, a humanidade ainda é um amontoado de indivíduos, submetido aos caprichos e rigores da natureza.
            Não evitamos os tsunamis, sequer conseguimos prever os terremotos, não entupimos vulcões, não dissolvemos furacões e pouco influímos na distribuição das chuvas. A tentativa de adaptar a natureza a nossas conveniências tem sido catastrófica.
            Fizemos dos rios depósitos de lixo e materiais poluentes, como se fossem garis naturais que passam em nosso quintal. No mar, lançamos efluentes, com emissores que passam desapercebidos a olhares distantes.
            Na agricultura e pecuária, tornamos monótona a paisagem e complicada a sobrevivência de outros habitantes do planeta, com milhares e milhares de hectares revestidos por uma única espécie vegetal. Estimulamos o surgimento de pragas e doenças, cada vez mais vorazes, pois servimos o cardápio pouco diversificado, sem concorrentes naturais com igual apetite.
            Tornando monótonas as paisagens, influímos no regime dos ventos, e das chuvas, para depois reclamarmos, dizendo que a natureza endoidou. Maltratamos as nascentes, e ficamos indignados quando uma pequena estiagem emagrece rios e seca reservatórios.
            Vivemos importando plantas e animais estranhos, deixando que se espalhem ambiente afora, como se a natureza não esboçasse qualquer reação, com os novos hóspedes. Quando não importamos, cuidamos de cria-los, campeões de produtividade, como se o constitucional Princípio da Precaução dissesse respeito a estudos e acompanhamentos de poucas safras.
            Ainda, e por muito tempo, estaremos submetidos ao surgimento de pestes, doenças que mataram milhões de pessoas, ao longo de nossa história. Vírus, bactérias e fungos estão em permanente vigília, aguardando as condições para alarmar a população e causar danos gigantescos.
            Acenamos com uma descoberta magnífica, quando descobrimos o valor nutritivo de cama de frango, pomposo nome da mistura de palha com estrume, na alimentação bovina.  Ao ver o bovino ingerir bosta de frango, a natureza blasfemou: - vaca louca !
            Em nossa intimidade com os animais, ultrapassamos a fronteira da amistosidade, e repartimos com eles a Aids, a terrível doença dos pombos e tantas outras. Nas redes sociais, cenas de animais domésticos, lambendo a boca de bebês, são tidas como exemplos maravilhosos de carinho e respeito mútuo.
            Quando da grita mundial contra a poluição da atmosfera, nações poderosas postergam medidas saneadoras, a pretexto de protegerem suas indústrias, livrando-as de investimentos oneradores. Na zona urbana, aplaudimos o advento dos estudos de impacto de vizinhança, e pouco percebemos que nossa maior vizinha, sempre presente, é a própria natureza.
            Criamos uma sociedade onde as embalagens são mais importantes que os produtos, e produtos são meros materiais transitórios, rumo ao descarte. Mudamos o tradicional “nada se cria, tudo se copia”, pelo “nada se conserta, tudo se descarta”. No rumo que tomamos, seremos, no futuro, exímios e desesperados consumidores de insetos.
                                                                                   

            

POR: ANTERO COELHO NETO - OS CONDICIONANTES DA VIDA LONGA COM QUALIDADE

Dr. Antero Coelho Neto - Médico e Membro da Sobrames-CE


Amigas e Amigos de Nossa Rede:
Com a satisfação de sempre estamos enviando o nosso Artigo de Agosto publicado no Jornal O Povo.
Espero que o dito popular “água mole em pedra dura tanto bate até que fure” funcione mais uma vez com os amigos “teimosos”.
Até breve, amigos queridos.
Antero


     OS CONDICIONANTES DA VIDA LONGA COM QUALIDADE

Publicado no jornal "O POVO", em 27/08/2014

Desde há alguns anos famosos pesquisadores, de importantes organizações do mundo civilizado, estudam e desenvolvem projetos sobre os elementos fundamentais e determinantes de uma vida longa com qualidade. Tenho já citado vários desses estudos em artigos anteriores.
Temos procurado simplificar e detalhar, para os nossos leitores, uma maneira mais prática de gravá-los e usá-los com a freqüência necessária. Para isso, temos  denominado os mesmos de: Condicionantes. Durante esses passados anos, alguns indicadores ganharam mais relevo e importância pelos achados de pesquisas e prática efetiva. Assim sendo, creio que os selecionados por nós, também possam ser modificados e alterados com a passagem dos tempos.
Um leitor assíduo e amigo escreveu perguntando sobre quais são os condicionantes fundamentais, dos vários que temos destacado.
Amigo Ignácio, para nós, os Condicionantes Fundamentais, são: 1. ter uma alimentação saudável; 2. realizar atividade física constante; 3. manter um peso saudável; 4. planejar a vida do ano; 5. realizar medidas preventivas de saúde; 6. viver em um ambiente saudável; 7. evitar o estresse; 8. evitar o álcool; 9. não fumar e 10. não usar drogas que levem ao hábito.
          Agora, os mais importantes pela nossa longevidade com qualidade (70% a 80%), são de nossa própria responsabilidade, e não é suficiente somente aceitar esta classificação, é necessária a sua utilização e mais, devemos também ensinar e agir para que a nossa família também pratique. 
          E, como na Promoção da Saúde, de uma maneira geral, o fundamental é a sua comunicação para a população. Que os nossos profissionais e especialistas nas diferentes áreas da saúde, comuniquem para os seus pacientes, amigos e familiares e que, também muito importante,  pratiquem esses conhecimentos tão necessários para nossa vida.
          Felizmente, nos últimos anos, temos visto uma completa mudança de comportamento de muitas pessoas e uma divulgação muito maior desses conhecimentos em revistas, jornais, rádio, televisão e outros órgãos de comunicação. Como exemplo, os nossos Programas de Rádio: Novas Dimensões (Rádio AM do Povo), Novas Idades e Novas Dimensões (Rádio FM- Universitária), durante 15 anos, têm comunicado com destaque e ajuda dos seus componentes e muitos especialistas convidados, o valor desses Condicionantes. E que eles possam ser utilizados como verdadeiros responsáveis de uma vida longa com saúde e qualidade. Que possam até ser chamados de “Mandamentos”.
          E, mais ainda, que os nossos leitores os aceitem e pratiquem, numa grande Campanha para a Vida Longa e Saudável, pois assim tem que ser, numa igualdade desejada para com as crianças, jovens e adultos, de uma maneira em geral. Que os nossos políticos e gestores, neste momento tão importante de nossa vida, também saibam disso, pratiquem e ajudem à população brasileira a viver mais, de uma maneira sadia com qualidade.
Não vai ser fácil, sabemos disso, mas podemos chegar lá. 

Antero Coelho Neto
Médico e Professor




domingo, 24 de agosto de 2014

POR: PEDRO ISRAEL NOVAES DE ALMEIDA - ROLETA RUSSA



    
 
  Pedro Israel Novaes de Almeida
                     engenheiro agrônomo e advogado, aposentado.
      pedroinovaes@uol.com.br


 O texto foi encaminhado por Dr. William Harris e o autor é freqüentador eventual do MMCL.

                                                             ROLETA RUSSA
                                                              
            As já costumeiras manchetes de alimentos impróprios para o consumo intranquilizam a população.
            Vez ou outra, são descobertas fraudes envolvendo determinadas marcas de leite, que comercializam produtos com adição de água ou mágicas para evitar ou retardar a deterioração. A adição de água é hábito antigo, de produtores e indústrias, e representa a fraude de menor dano potencial à saúde humana.
            Adições e adulterações são velhas conhecidas das fiscalizações, em todos as instâncias do país. Contudo, a perda da qualidade do produto pode ser consequência da administração de medicamentos, aos animais, e o uso inadequado de desinfetantes, que deixam rastros no alimento.
            O leite clandestino, vendido de porta em porta, que dá a impressão de ser igual ao que alimentou o bezerro, é uma temeridade, e sequer passou por qualquer análise ou controle, mesmo deficitário. Tal leite consegue dar a impressão de integridade, mesmo quando recebe a adição de água.
            A maneira mais segura de ingerir o produto é consumi-lo em pó ou nascer bezerro. É incrível a quantidade de água, natural ou adicionada, que segue transportada diariamente, gastando energia e ocupando espaços valiosos.
            O maior risco à saúde humana, contudo, reside nos vegetais colocados à venda. O uso inadequado de defensivos agrícolas não é percebido pelo consumidor, e pode liquidá-lo.
            Existe uma injusta e generalizada repulsa à utilização de defensivos, mas todos eles possuem indicações e prazos testados e aprovados, podendo haver uso seguro de tais produtos. No Brasil, não existem, ainda, estruturas e rotinas que garantam a sanidade dos vegetais ofertados à população.
            Resta ao consumidor deixar de lado a preferência por vegetais maravilhosos, sem marcas, manchas ou qualquer imperfeição aparente. A natureza não costuma produzir tais espécimes.
            Um furinho no pepino é o suficiente para o consumidor descartar o produto. Ocorre que o tal furinho é um atestado de que, se a lagarta sobreviveu, o mesmo acontecerá com o consumidor.
            A agricultura orgânica, profissional, ainda pouco praticada, e seus produtos ainda possuem maiores preços. É uma garantia adicional ao consumidor, que tende a agregar mais e mais produtores, principalmente médios e pequenos.
            Culturas de pequena expressão econômica são pouco experimentadas, e possuem raras indicações de uso seguro de defensivos agrícolas comerciais. Aqui, é imprescindível a pesquisa oficial, para sucesso dos produtores e tranquilidade dos consumidores.
            O Brasil, em mais um tema, relega a plano secundário a saúde pública, pouco estruturando carreiras e menos ainda implantando rotinas de acompanhamento e monitoração dos produtos de origem vegetal. Não existem estatísticas seguras das ocorrências de mortes e mutilações devidas à ingestão de alimentos impróprios ao consumo. Sequer os ingredientes da merenda escolar sofrem a necessária análise e acompanhamento.
            Ir ao supermercado ou feira, em tal contexto, é como comprar um bilhete de loteria, onde o prêmio pode ser a morte, mutilação ou um simples incômodo. Boa sorte !
                                                                                     

POR: WILLIAM MOFFITT HARRIS - LEMBRANDO E HOMENAGEANDO COM SAUDADES


William Moffitt Harris, médico pediatra sanitarista aposentado
sobramista do Ceará residente em Campinas -SP


Lembrando e homenageando com saudades
Profa Dra GESSILDA PORTO ALEGRE FALCÃO (R.I.P.) 1


LÁGRIMAS 2

Gessilda Porto Alegre Falcão

Há lágrimas que não vêm à flor dos olhos;
são gotas que resvalam nas colinas,
doloridas, sinceras, cristalinas;
da alma que encontrou na vida abrolhos;

e tendo o sabor acre das salinas,
trazem calma pra seguir entre os escolhos,
sem tropeçar, caminhando sobre os molhes
na esperança de encontrar praias divinas.

Estou prestes a deixar os dissabores,
esperando encontrar em praia linda
aqueles que me deram só amores.

Dizendo-me e cobrindo-me de flores,
aproxima-te, vem e sê bem-vinda,
aqui neste lugar, não há mais dores.

‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑

1 – Dra. Gessilda era natural de Rio Grande – RS; faleceu, bastante idosa, em Santos-SP no dia 22 de junho de 2009. Foi musicista, grande pianista e violoncelista, cantora, pintora de natureza morta e retratista, poetisa, declamadora e escritora. Seus últimos anos foram vividos em Santos onde participou ativamente de diversos grupos literários, incluindo a Academia Santista de Letras, a Academia Feminina de Ciências, Letras e Artes de Santos, o Instituto Histórico, Geográfico e Heráldico de Santos e o Movimento Médico Paulista do Cafezinho Literário-MMCL. Durante muitos anos foi coordenadora do Coral da Basílica Menor de Santo Antonio do Embaré e coordenadora dos Cantos Pastorais quando encenou a personagem “Verônica” na Semana Santa de 1981. O MMCL dedicou seu Terceiro Congresso Paulista Comunitário de Letras ocorrido na Associação dos Médicos de Santos (14 a 16 de maio de 2010) em memória e homenagem a esta ilustre Madrinha do MMCL.  “Rio Grande e Pelotas no Rio Grande do Sul, Santos e Águas de Lindóia em São Paulo foram palcos de atuação da Dra. Gessilda nas mais diversas atividades. Em todas as áreas tem sido sua presença constante e marcante.”, como bem disse a Profa Maria Araújo Barros de Sá e Silva, Presidente da Academia Santista de Letras no seu panegírico durante o velório e mais tarde publicado nos Anais do Congresso supracitado do MMCL sob o título Homenagem Póstuma à Escritora Gessilda Porto Alegre Falcão de onde colhi boa parte dos dados desta mini-homenagem da saudosa amiga. A querida amiga de todos que tiveram a ventura de conhecê-la durante a vida usufruíram privilegiadamente de uma pessoa tranquila, modesta, inteligente, simpática, solícita, hospitaleira e muito bonita desde a infância até o fim de sua vida. A poesia transcrita no caput do presente foi-me dado pessoalmente por ela numa das visitas que fiz em companhia de outra amiga do MMCL, quando a convidamos formalmente para ser a Presidente de Honra do Primeiro Congresso, também na Associação dos Médicos de Santos (2 a 4 de maio de 2008). Fiquei impressionado com a modéstia dela ao nos consultar se valeria à pena ela levar este soneto para o evento.  William M. Harris


2 – O soneto Lágrimas foi apresentado pela Dra. Gessilda no Primeiro Congresso Paulista Comunitário de Letras em 2008 na cidade de Santos-SP.

POR: FÁTIMA AZEVEDO - A PONTE DE IGAPÓ

 
Dra. Fátima Azevêdo - Médica e Membro da Sobrames-CE

A PONTE DE IGAPÓ

Ai meu Deus que tremedeira
passar por aquela ponte
quando eu tinha sete anos.
Meu medo, maior que ela.
Uma ponte toda em ferro
com ferrugem e maresia
barulhenta que rangia
que quase se desmanchava
com o peso da Rural.
A "Pickup" amarela
confiante e cuidadosa
seguia lenta nos trilhos
com o Potengi amado
lá embaixo a espiar
prontinho para nos aparar
caso a ponte se partisse
e o carro despencasse
caindo no rio mar.
Ai que medo que me dava
ai que frio na barriga
e eu mal que respirava.
T’aí pesadelo ruim
quando meu pai decidia
nos levar para a Redinha
em um dia de domingo.
Queria sim passear
mas quando eu me via na ponte
ai se eu pudesse planar
pra fazer esse trajeto
sem tanto me agoniar.
Agora a ponte é moderna
as crianças de hoje em dia
nunca irão acreditar
no pavor que me invadia
atravessando Igapó.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

POR: PEDRO NOVAES DE ALMEIDA - CANDIDATOS E ELEITORES





                                               Pedro Israel Novaes de Almeida
                     engenheiro agrônomo e advogado, aposentado.
                                         pedroinovaes@uol.com.br


O texto foi encaminhado por Dr. William Harris e o autor é freqüentador eventual do MMCL.

                                   CANDIDATOS E ELEITORES
            Não é agradável reconhecer, mas somos um país de ignorantes.
            Na política, a maioria dos eleitores vota por ouvir dizer, embalada pela fofoca da esquina ou pela mídia que desinforma. Os brasileiros fazem caras de espertos, e dizem que nenhum político presta, e que todos os que defendem um ou outro candidato ou partido são radicais.
            Quando algum candidato de boa imagem falece, a maioria diz que ficou sem opção, mas quando algum mau político vence a eleição, opera-se o milagre de ninguém haver votado nele. Os brasileiros, muitos, julgam os governos pelo que enxergam em seus quintais, sem perceber os feitos e desfeitos que podem comprometer ou enriquecer o contexto sócio-econômico do país, estado ou município.
            A ignorância política segue o rumo das torcidas de futebol e fã-clubes, e pouquíssimos percebem a rigidez das ideologias que escravizam e o desdém das irresponsabilidades que nutrem a miséria. Obras e providências públicas parecem favores, e desvios escandalosos parecem naturais e inevitáveis.
            Na contramão dos eleitores, os políticos profissionais e marqueteiros de plantão não são ignorantes. Candidatos a legisladores fazem campanha prometendo lutar por verbas e favores do Executivo, verdadeiros heróis a serviço do povo. No fundo, a um ou outro não ignorante, parecem ridículos, anunciando um mandato absolutamente inútil, não raro subserviente.
            É a ignorância dos eleitores que faz os candidatos evitarem a afirmação de valores e conceitos. A rigor, são poucos os candidatos com opinião a respeito de aborto, maioridade penal, liberdade da imprensa não alinhada, transparência pública, cotas racistas e qualquer outro tema polêmico.
            Quando o tema é religião, os candidatos dizem pertencer a todas, fazendo fila à entrada de qualquer templo.  As posturas eleitoreiras, ridículas, revelam mais a índole do eleitor que do candidato.
            Nossas eleições são loterias, e só uma grave convulsão social pode emprestar-lhes alguma lógica. Eleições não ideológicas conduzem a regimes de mando minoritário.
            A ignorância política não pode ser confundida com pouca educação, e a alienação frequenta também ambientes diplomados. É praxe comerciantes e empresários evitarem qualquer manifestação de agrado ou desagrado, temerosos de dividirem a clientela.
            A própria política estudantil encontra-se inibida, movimentada vez ou outra por grupos de pequena expressão numérica, mas ativos. As universidades deixaram de exalar ambientes de vanguarda, e hoje as manifestações soam primitivas, com invasões e depredações, além dos movimentos contrários à ronda policial, nos campus, mesmo após episódios de violência criminosa.
            Os políticos perderam o vínculo com a sociedade, mas as eleições geram alguns novos, mas preservam as raposas de sempre.  Os brasileiros, em sua maioria, ainda não entenderam que política é assunto sério, e o voto ignorante conduz a governos espúrios, quase perpétuos.