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quinta-feira, 7 de março de 2013
terça-feira, 5 de março de 2013
POR MARCELO GURGEL - SALGADOS, MUITOS. SIMANCOL, ZERO
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Dr. Marcelo Gurgel - Médico e Membro da SOBRAMES-CE |
SALGADOS,
MUITOS. SIMANCOL, ZERO
Publicado In: SOBRAMES – CEARÁ. Ressonâncias
literárias. Fortaleza: Expressão, 2009. 224p. p.167.
Por volta de 1965, uma determinada escola de Medicina estava sediando um
evento comemorativo e decidiu oferecer uma pequena recepção aos participantes.
Como não havia recursos para contratar um “buffet” completo, e sequer garçons,
a direção dessa faculdade decidiu improvisar, colocando o pessoal de limpeza
para servir os acepipes aos comensais.
Um dos recrutados para a tarefa foi o faxineiro do bloco didático,
bastante conhecido por suas estripulias e pela absoluta falta de “simancol”.
Ele estava ali para o que desse e viesse, sem se mancar com as “ratas” que
certamente acabaria por provocar. Foi aí que, portando uma bandeja com
salgadinhos, dirigiu-se a um grupo de professores, composto, notadamente, por
cirurgiões de nomeada, oferecendo a variedade dos canapés àquela roda de
mestres.
Discretamente, o Prof. Aroldo Ferreira pegou um salgadinho, no que foi
surpreendido pelo serviçal, com essa provocação:
– Num se acanhe não, Dr. Aroldo. Pode pegar mais e até “butar” nos
“bolso” do paletó, pra levar pros bichinhos da sua casa.
Polidamente, o Prof. Ferreira recusou a oferta, esboçando um sorriso
para o colega Prof. Nelson Gonçalo, que estava ao seu lado, ambos tomados por
um certo constrangimento, diante da falta de lhaneza do improvisado garçon.
O faxineiro não perdeu a oportunidade para insistir:
– Dr. Nelson, deixe de “encabulação” e “atraque” suas mãos aqui pra
pegar um bocado pra levar pra família. Tem muito lá dentro. Acho qui vai sobrá
muito desse troço – arrematou o servidor garçon de araque.
Os dois afamados cirurgiões, como autênticos gentis-homens, decidiram
ignorar as tantas tentações do momento e puxaram um assunto médico para seguir
a conversa, dispensando os préstimos do pseudo garçon, que ficou a procurar
outros mestres dispostos a ouvir suas baboseiras, quiçá a fazer uso da velha
tática de juntar pasteis e canudinhos para o “jantar” do cãozinho de estimação,
quando, na verdade, eles próprios é que estavam inclinados a fartar o bandulho,
com os deliciosos salgadinhos da festa.
Marcelo Gurgel Carlos
da Silva
Sobramista/CE e membro da ACM
segunda-feira, 4 de março de 2013
POR AIRTON FERRO MARINHO - LEITURA SEM CENSURA
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Dr. Airton Ferro Marinho - Médico e membro da SOBRAMES-CE |
LEITURA SEM CENSURA
O livro é,
indubitavelmente, um objeto de grande entretenimento, com a “vantagem” de estar
e ser acessível praticamente à qualquer idade e à qualquer pessoa. Os leitores
podem procurar toda a sorte de assuntos, pois encontrarão em quase todas as
livrarias: livros didáticos, policiais, de assassinatos, estupros,
pornográficos, de roubos, de terror, técnicos, de abortos, homens-bombas,
serial-killers, suicídios, crimes organizados, de guerras, de esportes,
romances de amor, de paixão, de poesias, de aventuras, de ficção científica,
religiosos, esotéricos, de autoajuda, de informática et cetera. Estes últimos
são os mais vendidos e temos à mancheia.
Muitas vezes,
encontramos livros que dissertam sobre crimes gravíssimos, hediondos até, cujas
leituras não seriam recomendadas para crianças e adolescentes. Não sei, com
absoluta certeza, nem posso afirmar, se uma criança ou adolescente poderá sozinho
(a) fazer a compra ou adquirir um destes de leitura mais pesada. Sei, no entanto, que as consultas e a leitura são
realizadas em algumas livrarias e este ato solitário conquista realmente e
fascina, criando hábitos e até obsessão.
É comum encontrarmos
gravuras eróticas, pornográficas, indecorosas, palavras de baixo calão, na
linguagem escrita, a
qual é mais contundente, uma vez que diz o provérbio latino: “Verba volant,
scripta remant” ou seja “ as palavras voam, os escritos ficam”.
Com os livros
nos deleitamos, nos tranquilizamos, satisfazemos quase todos os desejos e
curiosidades e, sobretudo, aprendemos algo, por mais medíocres que sejam eles,
uma vez que o escritor leu pelo menos 2 vezes o que escreveu e, neles pôs toda
uma filosofia de vida e deixou ali muito do seu conhecimento. Servem-nos também
para aperfeiçoarmos e nos aprofundarmos em determinados assuntos. “A sede de
conhecimento no homem é uma fonte inesgotável!”, disse, mais ou menos assim, o
filósofo Aristóteles. Para muitos, a leitura é imprescindível e mandatória,
pois no bom sentido, vira vício. Só que é um dos hábitos mais úteis e que menos
prejuízo traz ou pode trazer. Neles encontramos, muitas vezes, iconografias,
figuras, fotos, gravuras, que satisfazem a criança que existe em cada um de
nós, talvez por relembrarmos nossa primeira cartilha ou nossos primeiros
livros. Há alguns que nos despertam o
erotismo, que quando jovens, pode nos levar até ao orgasmo.
No cinema temos as censuras: livre, para maiores de 10, 14,
16 e 18 anos, as quais normalmente são cumpridas. A TV tem também a sua
censura, embora, quase não se cumpra, pois programadores não respeitam horário,
geralmente, e está na dependência dos pais ou dos responsáveis pelos menores.
Mas, no todo, é mais licenciosa. O teatro é mais respeitador e mais exigente, e
sabemos nós adultos, que somos influenciáveis por cenas e enredos que nos podem
fazer bem, como nos podem fazer mal. Ainda não vi, no entanto, advertências
quanto aos livros expostos nas mais variadas livrarias; a leitura é
praticamente livre.
Devemos,
pois advertir aos desconhecedores disto e escrevermos com atenção para
respeitarmos o público, evitando palavrões, imoralidades e termos pornográficos
que enfeiam a leitura com obscenidades, que muitas vezes se tornam vulgares,
tentando contra a moral e os costumes e que influem muito naqueles que estão em
formação da personalidade e do caráter e tiram a beleza da literatura e da arte
da escrita. Algumas revistas advertem quanto à censura; já o livro ainda não.
Ainda bem que as crianças e os jovens por intuição olham, folheiam e leem
assuntos condizentes com a sua idade e interesse. Devemos, por conseguinte,
escrever para os mais diversos grupos etários. Muitas das vezes, o título, a
capa e as figuras já nos dizem alguma coisa. Devemos saber procurar o que
queremos e o que visamos para a vida, dando uma olhadela nas orelhas do livro,
sabermos quem é o autor, olharmos o rosto do livro e, se possível, olhar ou ler
de relance algo do miolo, para nos conscientizarmos do seu conteúdo.
Temos na
História livros que influenciaram uma ou várias gerações, ora para o bem, ora
para o mal, como por exemplo:”Os Sofrimentos de Werther”, de Göethe, que levou
muitos jovens ao suicídio.
domingo, 3 de março de 2013
POR JOSÉ WILSON DE SOUZA - FEBRE SEM CURA
Dr. José Wilson de Souza - Médico e Membro da SOBRAMES-CE |
FEBRE SEM CURA
Ao sobramista
Vladimir Távora Fontoura Cruz
Essa febre que sinto em todo corpo
que arde sem queimar, só maltratando
só é aliviada com breves e roubados beijos
que, homeopaticamente vão aliviando.
Gotas de suor caem... Malvada febre
que maltrata o corpo e queima a pele.
Hipertemia que aquece até o sol
nunca irá sedar com Paracetamol.
sexta-feira, 1 de março de 2013
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