Reis Magos
Segundo o cristianismo, hoje é dia de Reis. Uma
referência do Evangelho à visita deles no décimo terceiro dia da natividade de
Cristo. A liturgia denomina Epifania a comemoração da adoração do Menino Jesus pelos
Reis Magos.
Na verdade, não gosto dos Magos. Não os considero
melhores que Judas.
A natividade de Cristo, para segurança do Menino, foi
quase oculta. Foi manifesta a poucas pessoas. Aos pastores, que vigiavam seus
rebanhos nos arredores do estábulo; aos Reis Magos, que vieram do Oriente; e
aos profetas do Templo, Simeão e Ana.
Deus contava com o segredo de todos. Mas os Magos tiveram
uma conduta suspeita, a meu sentir. Seguindo a estrela guia, mesmo assim,
desviaram o caminho para Jerusalém. E a estrela, com vergonha da desobediência
dos viajantes, apagou o lume. Ao chegarem a Jerusalém, e com caras de inocentes
perguntaram, logo a quem, a Herodes: “Onde está o rei dos Judeus que é
nascido?” (Mt 2,2).
Herodes
ficou transtornado com a pergunta dos visitantes do Oriente, cujas
consequências são consabidas. Os Magos deram seguimento à viagem até Belém,
guiados pela estrela que voltou a brilhar. A estrela os deixou no local exato
onde estava o Menino Jesus, dormindo em sua manjedoura. Adoraram-no, entregaram
os presentes e empreenderam a viagem de volta.
Parece que os Magos se arrependeram da traição
praticada, modo de dizer, e não retornaram por Jerusalém, conforme Herodes
solicitara. Mas a desgraça estava decretada pelo delírio violento do rei da
Judeia. Crianças de Belém e arredores, de até dois anos de idade, foram
degoladas impiedosamente. José,que tivera a informação
privilegiada sobre a matança das crianças,fugiu em tempo com a família para o
Egito. Do contrário, Cristo não teria cumprido a sua Paixão, a principal missão
do Deus Encarnado.
Claro
está na Escritura que tudo foi determinado por Deus. E assim, o Filho o quis. E
essas coisas não se discutem. Contudo, se não é justo atirar pedras nos Magos,
também, não o é em Judas.
Sebastião
Diógenes
06
de janeiro de 2020.