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sexta-feira, 8 de abril de 2022

POR RONALD TELES: PARAÍSO

Dr.Ronald Teles/Cardiologista

Renê Descartes com seu pensamento lógico, ordenou abcissas e ordenadas e sua intercessão gerou um plano geométrico. Transladando para nossas vidas, a intercessão dessas retas Seria nosso nascimento e morte; pois esse "cruzamento" recairia em um espaço temporal sem nossa percepção lógica e consciência enquanto seres vivos. Seria um modelo interessante, se não houvessem tantas variáveis envolvidas em relação à nossa curta e doce existência humana. Na verdade a vida em seus aspectos sociológicos, antropológicos, filosóficos, científicos, cabe em um pensamento derradeiro, quando chegamos à nossa finitude. Existem relatos bem descritos daqueles que viram passar "toda sua vida" em um momento de extremo perigo e de ameaça fatal. São também descritas EQM (experiências de quase morte) em que os que experimentaram tal situação divagam em outros planos, conflagrando sua existência etérea com seres angelicais, locais paradisíacos, com enlevo celestial e uma paz intensa e plena que faz esse viajante de outros planos desejar ficar nessa "dimensão " espiritual que tanto conforta e pacifica a alma.
Nossa pressa pelo mundo nos faz passar por tantas coisas, lugares situações, destinos, em que aprendizados e lições não são assimiladas como deveriam; na verdade somos brindados dia a dia com a  paz de Deus em nossas vidas! Temos profissão, temos alimento, temos família, temos teto, temos o amor de nossos queridos! Serão  necessárias tantas coisas supérfluas para viver? Muito trabalho, sem repouso, muito dinheiro sem desfrute, muita pompa sem Deus? Santo Agostinho bem disse: "O que é a vida do homem? Senão fumaça que se deixa ver por um instante e logo se dissipa?". Esse interregno entre nosso nascimento e morte é a vida que Deus nos deu para ser escrita com as letras da fé e do amor ao próximo. Temos que ser competentes, devemos nos aprofundar em nossos conhecimentos para servir bem e extender a dádiva do saber ao próximo, a ciência não pode ser encastelada como um hieróglifo incompreensível e abstrato, ela deve se dispor ao ser humano em todas as suas potencialidades. Ao final de suas vida Sócrates disse: "Só sei, que nada sei". Me permitam mais uma vez citar Santo Agostinho, que disse: "O tempo é um vestígio da eternidade". A palavra sagrada diz por São Paulo, que: "Tudo posso Naquele que me fortalece". Nós pobres mortais pelo pecado original, devemos ter humildade, mansidão, zelo pelo presente e fé no futuro, pois ele já foi traçado, mas também espera incrivelmente por nosso livre arbítrio, que nos fará mais ou menos merecedores do paraíso que tanto almejamos, e que está assegurado para os que são justos e retos de coração.

4 comentários:

  1. Experimentamos, é certo, na travessia que fazemos, um alvoroço na alma, síntese de sentimentos contraditórios - a esperança da liberdade imediata de ameaças, a leveza da ausência do inquiridor, do perguntador, a finitude da vida ainda nos instiga faz ampliar esse alvoroço, possivelmente, destino já trassado por Deus, mas inatingível ao humano por mais que a ciência prorrogue nosso existir ou não esse final não nos permite previsões do tempo. Continua a incógnita secular.Nesse sentido o texto nos remete o zelo pelo bem viver. O homem em harmonia com a natureza e seus bens de consumo, eis uma grande virtude saber equilibrar esses sentimentos.

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  2. "Humildade, mansidão, zelo no presente e fé no futuro pois ele já foi traçado". Decisões certas para que realmente nosso futuro seja abençoado por Deus.

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