Numa livraria
in: Sopro de luz
As capas e os títulos
das Antologias anuais da Sobrames têm se tornado um destaque à parte, em cada
edição da obra. São artes do melhor quilate, e que fazem jus ao miolo do livro,
construído com textos do mais elevado gabarito. Capa e título de livros devem
ser bem elaborados, criativos, em deferência à obra em si e ao leitor. É como
se fora uma mesa bem posta para receber os amigos na partilha do pão. Em Sopro de luz o confrade Geraldo Bezerra
nos premia com a crônica Numa livraria (pág.
148). O belo e oportuno texto versa sobre o mau gosto de títulos de livros de
algumas obras, expostas em uma grande livraria de Fortaleza. O notável escritor
só suportou ler três títulos. Não teve nervo suficiente, porém, para ler o nome
de cada autor, menos ainda, correr a vista nas orelhas dos livros. Sentiu-se
mal. A mulher, zelosa com a saúde do marido, pegou-lhe a mão e foram para casa.
Sabe ela, pois, quem já teve edema agudo de pulmão, não deve andar por aí se expondo a contrariedades mórbidas.
Compreendo a determinação do estimado confrade
de não retornar à acumpliciada livraria.
Considero que a livraria que expõe livros com títulos chulos, em suas
prateleiras, tem a sua culpa. Como o tem, por exemplo, o supermercado que vende
leite azedo. Parabéns, GB!
Forte abraço.
Sebastião Diógenes.
30-11-2020
Parabéns, Sebastião! Belo texto!
ResponderExcluirObrigado!
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