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sexta-feira, 24 de maio de 2024

POR RONALD TELES: INSUFILM




Antes,víamos nossas faces,
Através de um transparente parabrisa,
Sem pudores ou temores, Tempos idos que outrora vivemos,
Por cada automóvel conduzido,
Por seres humanos apressados ou nem tanto,
Que expressavam suas almas em todas as suas matizes,
De riso, temores, encanto ou pranto,
Avançado em em cada pista ou avenida,
Onde olhares se cruzavam instigantes,
Hoje apagados pelo insufilm,
Artefato escuro e mudo,
Escudo do medo e pavor,
Que nos invade diariamente,
Nos transformando em " marcas " de carro,
Lindos, brilhosos e indiferentes,
Reflexo social indelével,
Fenômeno urbano atávico,
Que escraviza quem o sente,
E volta seus olhos saudosos,
Ao passado nostálgico, de um futuro,
Que jamais nos tornará 
Felizes novamente.

segunda-feira, 20 de maio de 2024

POR RONALD TELES: RIO GRANDE DO SUL


Vi um rasgo no céu,
Uma costura nas brancas nuvens,
Que se estendia também às negras nuvens,
Que raivosamente despejam,
A tragédia no Rio Grande,
O rios por conseguinte baixavam,
E cessavam
A agressão sobre os viventes,
Que heroicamente resistem,
Ao brado de Deus inclemente,
Aos seus sofridos pampas,
Que tanto brio e orgulho albergam,
Nos setembros da Farroupilha,
E agora tristes assistem,
Esvairem- se as suas conquistas,
Em tantas tradições e cantos,
Que esperam condoidamente,
A pausa do tempo e do clima inclemente,
Devorando terras e gentes,
Que nunca se entregarão,
Pois o sul brada seu nome,
Muito embora se acanhe, diante da fúria incontida,
Das águas, que sem guarida,
Saem de leitos costumeiros,
Mas que lavam de orgulho e valentia,
O gaúcho que nunca desistirá da cuia e do chimarrão,
De seu torrão natal,
De sua tradição e galhardia,
Que sempre reconstruirá sua terra, 
Rumo ao futuro de novos dias.

segunda-feira, 13 de maio de 2024

PORQUE É SAUDAVEL...OU UM PANO DE CHITA- Por: Fátima Azevêdo

Dra. Fátima Azevêdo


Porque é saudável…ou Um pano de chita

 

Ontem ao acordar, dia das mães, peguei um pano de chita, cobri a mesa do jardim e coloquei nela, o vaso de violetas que me dei de presente.  Ficou tudo florido. Do jeito que eu gosto e mereço. O que um pano de chita não faz…

Somos como a própria Mãe Terra, em constante movimento e acomodação das camadas, nos adaptando às mudanças de temperatura internas e externas. Aos vulcões, aos deslizamentos de morros, aos tsunamis, aos incêndios das matas, criminosos ou não, aos alagamentos, à poluição dos rios, nascentes e mares, ao barulho intenso das rodovias e aviões sobre nossas moradias, enfim, resiliência e adaptação é preciso. Vamos sobrevivendo pela graça e misericórdia divinas, das quais não podemos abdicar.  Metáforas à parte, a vida nos pede coragem o tempo inteiro. Sigamos com fé e esperança. Delas, precisamos muito. 


13/05/2024

Segunda-feira 

Fátima Azevêdo

sábado, 4 de maio de 2024

ENCONTRO - Por: Ronald Teles

Dr. Ronald Teles - Cardiologista 

 Encontro

Te busquei em outras bocas e corpos

Nunca te encontrei..

Falas, sussurros, rebuscados,

Mas sem tua presença,

Um leve afago em minha' alma

Como um ouro de tolo,

Que reluz, mas não engana,

E aponta mais uma vez para ti,

Perfume precioso e raro,

Que tem o olor de uma vida,

Estendida dentro do meu peito,

Estrada reta, linda e enfeitada,

Com este amor perfeito,

Que sempre me deste,

Assim mais uma vez me acalmo,

Pois minha alma ansiará sempre a tua,

Que certamente estará ao meu lado,

Muito embora pareça te perder,

Mas sempre te encontre,

Sempre ao meu lado,

Afirmando que sou teu amado,

E tu és minha escolhida,

Então singremos a vida,

Em um mar de amor,

Sem começo, fim ou partida.

domingo, 28 de abril de 2024

DE JÁ VU - Por: Ronald Teles

Dr. Ronald Teles - Cardiologista

De já vu 


Te avistei em ruas que jamais estive,

Escarpas de montes e aclives,

Mas você não estava lá,

Por um instante curto e limpo,

Meu pensamento brindou tua presença,

Como se fora uma lembrança,

Impossível de esquecer,

Passei de novo por tantos lugares,

E me permito dizer,

Que aspergiste minh"alma de lembranças,

Naquele instante que parecia ter te perdido,

Após quase me enlaçar contigo,

Em uma dança ao vento,

Na brisa de um momento,

Onde uníamos nossas almas,

 Festejando um encontro,

Que na verdade nunca houve,

Trazendo no peito a vontade 

De uma carícia inaudita,

Prova do nosso amor verdadeiro,

Que se estende além da vida,

Mas agora se acalma,

Pois nunca aconteceu