Vi um rasgo no céu,
Uma costura nas brancas nuvens,
Que se estendia também às negras nuvens,
Que raivosamente despejam,
A tragédia no Rio Grande,
O rios por conseguinte baixavam,
E cessavam
A agressão sobre os viventes,
Que heroicamente resistem,
Ao brado de Deus inclemente,
Aos seus sofridos pampas,
Que tanto brio e orgulho albergam,
Nos setembros da Farroupilha,
E agora tristes assistem,
Esvairem- se as suas conquistas,
Em tantas tradições e cantos,
Que esperam condoidamente,
A pausa do tempo e do clima inclemente,
Devorando terras e gentes,
Que nunca se entregarão,
Pois o sul brada seu nome,
Muito embora se acanhe, diante da fúria incontida,
Das águas, que sem guarida,
Saem de leitos costumeiros,
Mas que lavam de orgulho e valentia,
O gaúcho que nunca desistirá da cuia e do chimarrão,
De seu torrão natal,
De sua tradição e galhardia,
Que sempre reconstruirá sua terra,
Rumo ao futuro de novos dias.