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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

POR: ISAAC FURTADO - MACRO


Dr. Isaac Furtado lendo a poesia "Macro" na reunião da Sobrames-CE, 13/01/2014


                                      Macro

Quando a agulha ateia sons ao sulcar delicados veios
e as gotas tornam-se mundos repletos de devaneios. 
Meus ouvidos escutam mais do que vejo,
a farejar tudo, rachaduras, percevejos. 

A folha em palma se transforma em mapa. 
Seus sulcos travessas, seu talo avenida ampla. 
Busco no infinito um prazer amplificado.
Mas no detalhe, tudo é tão simplificado!

Basta ver de perto, basta ver com calma, 
que o espaço dá o seu devido zoom 
e o tempo a sua breve pausa.

Basta ser esperto, basta ver na alma,
que o amor mostra o seu tom
e o tormento a sua causa.

Isaac Furtado

REUNIÃO ORDINÁRIA DA SOBRAMES-CE - 13 DE JANEIRO DE 2014

Ontem, dia 13 de janeiro de 2014, às 19h30min, realizou-se, na Avenida Rui Barbosa, nº 1880, a primeira reunião ordinária da Sobrames-CE de 2014. A mesma, que foi presidida pela Dra. Celina Côrte (Presidente),  contou com a presença de vários associados.
Em pé da E. pra D.: Vicente Alencar, Walter Miranda, José Alves, Francisco José  Pessoa e Isaac Furtado,
Sentados da E. pra D.: Ana Margarida, Celina Côrte, Vladimir Távora,  Ozanilde e Airton Marinho.
O Dr. Marcelo Gurgel participou da reunião. Não está nesta foto, pois teve que ausentar-se antes do final.









quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

POR: MARCELO GURGEL- REPERCUSSÃO DA GREVE DA UECE NO CURSO DE MEDICINA

Dr. Marcelo Gurgel - Médico e Membro da Sobrames-CE

Texto postado no Blog do Marcelo Gurgel em 06/01/2014


Em função das três greves docentes, de 2005, 2006 e 2007, que somaram quase onze meses de paralisação institucional, a Universidade Estadual do Ceará (Uece) levou quase cinco anos para acertar e regularizar o seu calendário acadêmico, compatibilizando as atividades da graduação com as da pós-graduação, que praticamente não sofreram solução de continuidade.
É verdadeiro reconhecer que, como resultado desses movimentos paredistas, houve conquistas importantes, com destaque para: a aprovação de um Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), que equiparou os corroídos salários do magistério da Uece com os das congêneres federais; a abertura de vagas, ainda que modesta, para concurso docente; e uma majoração relativa dos valores para o custeio da universidade, em que pese configurar uma condição sub-financiamento.
Esses ganhos trouxeram uma paz interior que perdurou por mais de um lustro, propiciando aos gestores da Uece, de 2008 a 2012, um período em que essa universidade experimentou avanços qualitativos, tanto na graduação como na pós-graduação, culminando no reconhecimento oficial da Uece como uma das melhores universidades estaduais do Brasil.
Agora, no desenrolar de 2013, a insuficiência de recursos financeiros regulares para manutenção, sobretudo nas unidades interioranas, associada à demora na execução de um concurso público para reposição e expansão do quadro docente e à não regulamentação das vantagens auferidas em 2008, fomentaram um crescente nível de descontentamento, entre professores, o que redundou em decretação de greve, em assembleia geral, realizada em 29 de outubro de 2013.
Em 1º de novembro do ano corrente, o Colegiado do Curso de Medicina, em atendimento à convocação extraordinária, discutiu a decisão tomada na assembleia aludida, ponderando os seus prós e contras, daí emanando as seguintes deliberações principais: 1) a continuidade das atividades do Internato, incluindo as alusivas à colação de grau da turma de 2013; 2) a conclusão do presente semestre para os novos internos de 2014; 3) o prosseguimento das aulas práticas que ocorrem nos serviços fora do campus do Itaperi; e 4) o respeito à decisão individual do docente, que se sinta constrangido a entrar em greve, resolva ministrar suas aulas.
O colegiado da Medicina considerou que as razões para a greve eram justas e mereciam a solidariedade do corpo docente, mas fez restrição quanto à oportunidade da deflagração da mesma, nesse momento, deixando claro que o curso médico da Uece, não era melhor e nem mais importante do que qualquer outro curso ueceano, sendo apenas um pouco diferente dos demais, à conta de suas particularidades. Esse posicionamento contou com o aval majoritário do corpo discente, que se postou contrário à greve na Uece, nas atuais condições.
Por fim, espera-se que governantes e grevistas tenham a sensibilidade para o diálogo capaz de chegar, com brevidade, a um acordo saudável, evitando-se maiores desgastes para as partes envolvidas nesse novo embate.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor titular de Saúde Pública-Uece
* Publicado In: Conselho, 102: 7, novembro-dezembro de 2013. (Informativo do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará).


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

POR: MARTINHO RODRIGUES - O ÚLTIMO SORRISO

Dr. Martinho Rodrigues - Médico e Membro da Sobrames-CE

O ÚLTIMO SORRISO

Quem escutou
O teu silêncio triste...
E te acolheu
Quando era mais preciso?

Quem recolheu
Teu último sorriso...
E te acenou
Na hora em que partiste?

Martinho Rodrigues

( Em Tempo de Poesia )

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

POR: VICENTE ALENCAR - PRECE DE NATAL

Jornalista Vicente Alencar - Diretor de Cultura e Divulgação da Sobrames-CE


PRECE DE NATAL

Meu senhor, toda a humanidade crê em ti.
como Gaspar, Belquior e Baltazar
também acreditaram.
Meu Senhor,
nesta data do teu aniversário,
que a paz,
a humildade, as virtudes de cada um
construam com muito brilho,
com mais amor,
a esperança na Ressurreição
e em um mundo melhor!
Meu Senhor,
que seu manto de paz,
na alegria de Nossa Senhora
e na sabedoria de São José,
possa nos levar ao Messias.
Que o caminho de todos nós
leve-nos à verdade e à vida
como  ensinaste.
Meu Senhor,
na Glória de Deus,
ajudai-nos a todos.
Amém.

POR: JOSÉ MARIA BONFIM - TARDÍACAS

Dr. José Maria Bonfim - Médico e Membro da Sobrames-CE


TARDÍACAS


É sempre tempo...
mesmo que pareça tarde...
É, sempre tempo
mesmo quando as ilusões não são as mesmas...
Sempre é tempo
para dizer,
para viver,
Para amar e até mesmo para desamar ou recomeçar...
É sempre tempo
Quando flutua um suspiro
Quando uma réstea de lágrima salpica no rosto...
Mas é sempre tempo...
Quando um olhar brilha mesmo furtivamente...
É sempre tempo.
Quando as batidas do coração se apressam...
Pelo medo,
pela angústia,
pela ânsia
pelo temor...
É sempre tempo...
Tardicardiamente...
Sempre é tempo... 
Desde que se não roube a alma...
Ou que ela já esteja se indo
É sempre tempo...
Mesmo que seja tardiamente,
É sempre tempo.