Total de visualizações de página

sábado, 9 de abril de 2022

NOTA DE PESAR


Fortaleza, 09 de abril de 2022.
 
NOTA DE PESAR
 
Prezados confrades e amigos,
É com grande pesar que informamos o falecimento, às 23h de ontem (08/04/2022), da Sra. Elda Gurgel da Silva, ilustre genitora dos nossos ex-presidentes, médicos e escritores, Dr. Paulo Gurgel e Dr. Marcelo Gurgel, e avó do confrade escritor André Gurgel. 
A Sociedade Brasileira de Médicos Escritores Nacional e Regional do Ceará -Sobrames sentem-se enlutadas pelo falecimento da matriarca da honorável família, fazendo aqui constar nossa NOTA DE PESAR. 
Possa o Criador recebê-la de braços abertos em seu Reino de Bem-aventurança e confortar o coração de amigos e familiares. 

Atenciosamente,
 
Raimundo José Arruda Bastos
Presidente da Sobrames Nacional e da Regional do Ceará 

Foto: D. Elda Gurgel no dia da inauguração da Sala do Advogado, situada no Fórum Autran Nunes, em homenagem a seu marido prestada pela OAB-Ceará, em 2002

sexta-feira, 8 de abril de 2022

POR RONALD TELES: PARAÍSO

Dr.Ronald Teles/Cardiologista

Renê Descartes com seu pensamento lógico, ordenou abcissas e ordenadas e sua intercessão gerou um plano geométrico. Transladando para nossas vidas, a intercessão dessas retas Seria nosso nascimento e morte; pois esse "cruzamento" recairia em um espaço temporal sem nossa percepção lógica e consciência enquanto seres vivos. Seria um modelo interessante, se não houvessem tantas variáveis envolvidas em relação à nossa curta e doce existência humana. Na verdade a vida em seus aspectos sociológicos, antropológicos, filosóficos, científicos, cabe em um pensamento derradeiro, quando chegamos à nossa finitude. Existem relatos bem descritos daqueles que viram passar "toda sua vida" em um momento de extremo perigo e de ameaça fatal. São também descritas EQM (experiências de quase morte) em que os que experimentaram tal situação divagam em outros planos, conflagrando sua existência etérea com seres angelicais, locais paradisíacos, com enlevo celestial e uma paz intensa e plena que faz esse viajante de outros planos desejar ficar nessa "dimensão " espiritual que tanto conforta e pacifica a alma.
Nossa pressa pelo mundo nos faz passar por tantas coisas, lugares situações, destinos, em que aprendizados e lições não são assimiladas como deveriam; na verdade somos brindados dia a dia com a  paz de Deus em nossas vidas! Temos profissão, temos alimento, temos família, temos teto, temos o amor de nossos queridos! Serão  necessárias tantas coisas supérfluas para viver? Muito trabalho, sem repouso, muito dinheiro sem desfrute, muita pompa sem Deus? Santo Agostinho bem disse: "O que é a vida do homem? Senão fumaça que se deixa ver por um instante e logo se dissipa?". Esse interregno entre nosso nascimento e morte é a vida que Deus nos deu para ser escrita com as letras da fé e do amor ao próximo. Temos que ser competentes, devemos nos aprofundar em nossos conhecimentos para servir bem e extender a dádiva do saber ao próximo, a ciência não pode ser encastelada como um hieróglifo incompreensível e abstrato, ela deve se dispor ao ser humano em todas as suas potencialidades. Ao final de suas vida Sócrates disse: "Só sei, que nada sei". Me permitam mais uma vez citar Santo Agostinho, que disse: "O tempo é um vestígio da eternidade". A palavra sagrada diz por São Paulo, que: "Tudo posso Naquele que me fortalece". Nós pobres mortais pelo pecado original, devemos ter humildade, mansidão, zelo pelo presente e fé no futuro, pois ele já foi traçado, mas também espera incrivelmente por nosso livre arbítrio, que nos fará mais ou menos merecedores do paraíso que tanto almejamos, e que está assegurado para os que são justos e retos de coração.

quinta-feira, 31 de março de 2022

POR RONALD TELES: VÍCIOS

 

Dr.Ronald Teles/Cardiologista


 São Tomás de Aquino, um dos Santos e doutores da igreja, disse que a acídia, ou melancolia espiritual, seria a fonte de muitos males, além dos da alma, os males psicossomáticos. Devemos ter essa disciplina espiritual, pois os afagos do mundo são imensos, aparentemente gratuitos, sedutores, subliminares e até inconscientes. 
Todos os dias somos invadidos por avalanches de propagandas, comerciais, mídia falada, escrita, digital, nos convidando a vícios que podem nos escravizar eternamente, e sufocar nosso "eu" verdadeiro, nos colocando em veredas, ao invés do caminho correto que Deus nos preparou com seu sacrifício e sua dolorosa paixão. 
O vício se apodera do escolhido, mas na verdade ele é voluntário, e chega um instante em que há uma verdadeira posse do caráter e de uma vida, levando à uma convulsão social e atos extremos como exterminação da própria vida através do suicídio. 
Quando falamos nessa palavra, há uma tendência de se imaginar o ato final que ceifou a existência, mas o suicídio é contínuo e muitas vezes deliberado quando o ser humano hedonico por natureza, busca compensações permanentes de sua ansiedade por "prazer pelo prazer", se entregando ao jogo, ao álcool, ao sexo, à comida, ao fumo e tantas outras adicções que configuram uma morte lenta do corpo e mais gravemente do espirito. A licitude é determinada pela sociedade, drogas que antigamente eram proscritas, hoje são liberadas e existem projetos para sua legalização como a maconha. Há experiências europeias e estadunonidenses na liberação chancelada pelo governo, com a premissa de que seriam interrompidas as cadeias do tráfico e seus tentáculos.
O certo é que a família cristã ainda é a base da formação de um cidadão íntegro e equipado com a armadura de Deus e a espada da fé. Nesses lares reina o mandamento maior de amar o próximo como a si mesmo. Não existe amor próprio no vício, este se apoderou do dono e vai levá-lo à uma viagem de sombras com final quase sempre infeliz. Devemos estar sempre vigilantes, pois como bem disse São Paulo: "Combatemos uma guerra, não com seres humanos, mas com o governo espiritual do mal".
Esse mal é que intuirá nossas crianças, jovens e até adultos, a buscarem esses artifícios que irão agir em zonas de recompensa cerebral, liberando neuromediadores como a dopamina, noradrenalina, serotonina e enfim as endorfinas que conferem uma sensação prazerosa, mas que cedo ou tarde se transformará em tolerância com a morte física ou espiritual do hospedeiro.
Pratiquemos um esporte, leiamos um bom livro, contemplemos a natureza, ouçamos uma boa música, cultivemos nossos bons amigos, agradeçamos todo dia a misericórdia de Deus em nossas vidas! Tudo isso avivarà nossa vida, nossos sentidos, nos estimulará beneficamente de maneira fisiológica e até sobrenatural e nos protegerá da destruição final por essas pedras em nossos caminhos.

quarta-feira, 30 de março de 2022

NOVA DIRETORIA DA SOBRAMES-CE

Nova diretoria - Biênio 2022-2024

Em Assembleia Geral Ordinária ocorrida na noite do dia 28 de março de 2022, foi eleita a nova Diretoria da Sobrames -CE para o Biênio 2022-2024.


A chapa intitulada Dr. Pedro Henrique Saraiva Leão tem a seguinte composição:

PRESIDENTE: Raimundo José Arruda Bastos
VICE- PRESIDENTE: Ana Margarida Arruda Rosemberg
1º SECRETÁRIO: Lineu Ferreira Jucá
2º SECRETÁRIO: Maria Alcinet Rocha Soares
1º TESOUREIRO: Sebastião Diógenes Pinheiro
2º TESOUREIRO: Walter Gomes de Miranda Filho
DIRETOR DE CULTURA: Manoel Dias da Fonseca Neto

CONSELHO FISCAL

EFETIVOS:
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Maria Dione Mota Rola
José Eduilton Girão

SUPLENTES:
José Fábio Bastos Santana
José Mauro Mendes Gifoni
José Cavalcante Fonteles

quinta-feira, 24 de março de 2022

CONVITE


LANÇAMENTO DE “MEDICINA, MEU HUMOR!” (2ª edição)

A Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – Regional Ceará (Sobrames-CE) convida para a noite de autógrafos da segunda edição de “Medicina, meu humor! contando causos médicos”, livro do médico e economista Marcelo Gurgel Carlos da Silva, cuja renda será revertida para as ações culturais da Sobrames-CE.

O livro e o autor serão apresentados pelo Dr. Paulo Gurgel Carlos da Silva, ex-presidente e sócio-fundador da Sobrames-CE.

Local: Espaço Cultural Dra. Nilza dos Reis Saraiva, na Av. Rui Barbosa, n°1.880 (altos) - Aldeota.

Data: 28 de março de 2022 (segunda-feira) Horário: 20h.

Traje: Esporte Fino.

Dr. Raimundo José Arruda Bastos

Presidente da Sobrames-CE

Obs.: Confirmar presença: 98616.8781 ou 3244-3807 (Sra. Orlania).

Nota: Uso obrigatório de máscara.

 

quarta-feira, 23 de março de 2022

POR RONALD TELES: A NOVA ERA

 
Dr. Ronald Teles/Cardiologista

   A indústria se estabeleceu como forma de produção em  massa no começo do século 20, notadamente na Inglaterra e nos Estados Unidos da América. A primeira montadora automotiva com linha de produção automatizada, foi obra de Henry Ford, que era um gênio além de seu tempo. Ele tinha uma personalidade marcante, era obsessivo com seus objetivos, tratava mal seus empregados e humilhava constantemente seu filho, que o sucederia em sua grande montadora Ford, que foi a primeira a produzir em série  o automóvel model A e em seguida o model T. Se configurava uma revolução, pois as ruas das grandes metrópoles estavam padecendo de grandes transtornos, com milhares de quilos de estrume de animais que tracionavam carroças e carruagens,  já  causando um problema sério sanitário e logístico para limpeza. Outra curiosidade é da simpatia nazista de Ford e seu anti-semitismo; de qualquer maneira o governo americano o acionou para fabricação em linha de produção de Aviões bombardeiros B24 que eram montados e entregues de hora em hora, impactando sobremaneira no destino da segunda grande guerra, que em última análise foi encerrada pelo ar com as bombas atomicas do Enola Gay sobre Hiroshima  e outra sobre Nagasaki rendendo definitivamente o Japão e derrotando o Eixo. Esse esforço conjunto do homem é possível sob todos os aspectos, vislumbramos isso na interligação do mundo todo através dos organismos internacionais de saúde e a disposição honesta e solidária de compartilhamento da ciência verdadeira, através de um esforço conjunto mundial  na condução da Covid 19, em todos os seus aspectos, desde as restrições de isolamento, ao manejo correto da doença que foi sendo estabelecido com seu avanço até a criação da vacina que ditou um novo paradigma e redimiu a humanidade dessa assaz praga, nunca dantes vista desde 1918 com a pandemia de influenza, a famosa gripe espanhola.
Hoje mais uma vez somos assombrados com a rebeldia da natureza, desta vez o clima ensaia catástrofes sucessivas que o ser humano estupefato assiste e interroga  a Deus sobre suas lástimas. O detalhe é que elas são produtos da ação predatória do próprio homem sobre a natureza e da exploração de uma fonte energética que acelera mais e mais nossa destruição global: Nossa matriz energética baseada no petróleo, carvão e gás natural. Esses três estão aumentando a temperatura do planeta, derretendo os polos, causando o sumiço das cidades litorâneas e países insulares, desordenado totalmente  o clima com fenômenos avassaladores como grandes enchentes, tempestades, furações, tornados, secas extremas e outras mazelas mis, que vão transformar nosso ecossistema mundial num filme como Mad Max, onde a humanidade voltou ao primitivismo e luta pela água como um líquido sagrado com guerras e sangue derramado.
Nós nos voltamos para Deus inquirindo-o por tantas "desgraças" que causam nosso infortúnio atual, só que elas são obras do próprio homem. A matriz energética explorada como "jóia da coroa" chamada petróleo está aniquilando o mundo com o efeito estufa. O carro que revolucionou nosso tempo é perpetuador desse efeito com emissão de trilhões de toneladas anuais de CO2, a indústria insiste no carvão mineral para funcionamento, como tantas na China, Estados Unidos, e países industrializados, perpetuando essas catástrofes e o gás natural reina absoluto Tb completando a desordem energética que vivemos.
A situação é complexa, de difícil solução. Ela vem sendo alertada pela ciência há vários anos, mas os cartéis energéticos são fortes, quase indestrutíveis, e lidam com somas astronômicas de dinheiro que são derramados nos governos corrompidos pela ganância e pela cegueira proposital. Enquanto isso a imprensa notícia tragédias sucessivas e desastres "caídos do céu" pois ela se delicia em ocupar nossos olhos e ouvidos com pautas banhadas de penúria, sofrimento, sangue desatinos, que na verdade são obra das idiossincrasias humanas.

quinta-feira, 17 de março de 2022

POR RONALD TELES: O silêncio


O silêncio 

Recentemente vi uma estatística pertubadora: Nós estamos dedicando 8 horas do nosso dia à olhar simplesmente  para a tela de nossos celulares! A integração digital nasceu no vale do silício, em São Francisco, estado da Califórnia, que foi um dos solapados do vizinho México, pelos  ianques e adicionado de maneira não muito pacífica, assim como vários outros do país "irmão" ao grande território norte americano atual de 50 estados. No silicon valley aportaram várias mentes inquietas e geniais, que encontraram um ambiente efervescente e estimulante para desenvolver suas ideias de vanguarda, rapidamente absorvidas pela sociedade americana e o mundo. Desde a invenção do transistor, ao micro-chip, aos sistemas de processamento de dados e sua evolução, à criação do aparelho celular; verdadeira peça de ficção científica há 30 anos atrás; empresas consagradas, como Macintosh, Apple, Hewlet Packard, Xerox; assim como o produto final da evolução, que resultou em plataformas digitais de busca como o Google e interação social como o Facebook e WhatsApp, só para citar algumas. Essas inovações foram vertiginosas e irreversíveis, estamos seguramente rumo à automação e inteligência artificial independentes como seres pensantes; já se fala em viagens no tempo, coisas do imaginário humano impossível como as citadas anteriormente. 
É bem verdade que tudo isso vem da riqueza incomensurável que é a mente humana, que tem tantos neurônios quanto as estrelas do infinito, conectados harmoniosamente através de preciosos neuromediadores, despejados em "cânions" chamados de fendas sinápticas, que regulam as mais variadas reações e respostas do outro grande universo que é o corpo humano.
A máquina "pensadora "e autônoma vai ter que superar o melhor e mais complexo computador do mundo que é nosso cérebro, ainda pouco entendido e pouco explorado em sua real magnitude.
A tecnologia avançou, as relações humanas empobreceram, de tal sorte que as reuniões sociais estão resumidas a algumas pessoas fitando seus celulares de cabeça baixa.
Perdeu -se a interação olho no olho, a análise de um sorriso, a contemplação de uma paisagem e a atenção a um conselho. Vivemos em um autismo grave que é escravo de uma minúscula máquina chamada celular.
Não nos comovemos mais com o silêncio aflitivo do olhar das crianças Ucranianas nem com as longas filas dos refugiados da nova guerra, do novo normal, tomando os trens apressadamente para fugir do flagelo homicida que plagia o holocausto.