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quinta-feira, 31 de março de 2022

POR RONALD TELES: VÍCIOS

 

Dr.Ronald Teles/Cardiologista


 São Tomás de Aquino, um dos Santos e doutores da igreja, disse que a acídia, ou melancolia espiritual, seria a fonte de muitos males, além dos da alma, os males psicossomáticos. Devemos ter essa disciplina espiritual, pois os afagos do mundo são imensos, aparentemente gratuitos, sedutores, subliminares e até inconscientes. 
Todos os dias somos invadidos por avalanches de propagandas, comerciais, mídia falada, escrita, digital, nos convidando a vícios que podem nos escravizar eternamente, e sufocar nosso "eu" verdadeiro, nos colocando em veredas, ao invés do caminho correto que Deus nos preparou com seu sacrifício e sua dolorosa paixão. 
O vício se apodera do escolhido, mas na verdade ele é voluntário, e chega um instante em que há uma verdadeira posse do caráter e de uma vida, levando à uma convulsão social e atos extremos como exterminação da própria vida através do suicídio. 
Quando falamos nessa palavra, há uma tendência de se imaginar o ato final que ceifou a existência, mas o suicídio é contínuo e muitas vezes deliberado quando o ser humano hedonico por natureza, busca compensações permanentes de sua ansiedade por "prazer pelo prazer", se entregando ao jogo, ao álcool, ao sexo, à comida, ao fumo e tantas outras adicções que configuram uma morte lenta do corpo e mais gravemente do espirito. A licitude é determinada pela sociedade, drogas que antigamente eram proscritas, hoje são liberadas e existem projetos para sua legalização como a maconha. Há experiências europeias e estadunonidenses na liberação chancelada pelo governo, com a premissa de que seriam interrompidas as cadeias do tráfico e seus tentáculos.
O certo é que a família cristã ainda é a base da formação de um cidadão íntegro e equipado com a armadura de Deus e a espada da fé. Nesses lares reina o mandamento maior de amar o próximo como a si mesmo. Não existe amor próprio no vício, este se apoderou do dono e vai levá-lo à uma viagem de sombras com final quase sempre infeliz. Devemos estar sempre vigilantes, pois como bem disse São Paulo: "Combatemos uma guerra, não com seres humanos, mas com o governo espiritual do mal".
Esse mal é que intuirá nossas crianças, jovens e até adultos, a buscarem esses artifícios que irão agir em zonas de recompensa cerebral, liberando neuromediadores como a dopamina, noradrenalina, serotonina e enfim as endorfinas que conferem uma sensação prazerosa, mas que cedo ou tarde se transformará em tolerância com a morte física ou espiritual do hospedeiro.
Pratiquemos um esporte, leiamos um bom livro, contemplemos a natureza, ouçamos uma boa música, cultivemos nossos bons amigos, agradeçamos todo dia a misericórdia de Deus em nossas vidas! Tudo isso avivarà nossa vida, nossos sentidos, nos estimulará beneficamente de maneira fisiológica e até sobrenatural e nos protegerá da destruição final por essas pedras em nossos caminhos.

5 comentários:

  1. Está muito difícil de nos livrar desses vícios, precisamos de uma família muito unida e bem alinhada no amor e respeito, vamos com muito equilíbrio e conseguimos superar essas tentações! Belo texto.

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  2. Há uma conjunção de forças atuando para desestabilizar a sociedade judaico-cristã, e também de outras correntes religiosas, hoje a base de todas as famílias e, por conseguinte, de todas as nações. Essas forças jogam pesado para corromper e romper o moral e a espiritualidade, jogando uns contra os outros, dividindo para governar. Cuidemos dos nossos jovens, primeiras vítimas dessa trama; o amor e a fé sempre vencerão.

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  3. Não é tão somente um texto. Fala de vida onde parece estar tudo perdido. Com certeza faria muito bem se mais pessoas pudessem ler.

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