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terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

NOTA DE PESAR: Dr. Roberto Misici


Fortaleza, 01 de fevereiro de 2022.
 
Assunto: NOTA DE PESAR.
 
Prezados confrades e amigos,
É com grande pesar que informamos a repentina e triste partida, na data de hoje (01/02/2022), do médico e escritor Dr. Roberto Misici.
A Sociedade Brasileira de Médicos Escritores Nacional e Regional Ceará (Sobrames) sente-se enlutada pelo falecimento do renomado médico, fazendo aqui constar nossa NOTA DE PESAR.
Descanse em paz, querido médico e escritor, Dr. Roberto Misici. Que Deus conforte o coração de toda a família, dos amigos e colegas. 
Atenciosamente,
 
Raimundo José Arruda Bastos
Presidente da Sobrames e da Regional Ceará

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

VOTO DE PESAR.

          Fortaleza, 21 de janeiro de 2022.

 

Assunto: VOTO DE PESAR.

 

Prezados Senhores(as).

É com grande pesar que informamos a repentina e triste partida, na data de hoje (21/01/2022), do nosso amigo e ex-presidente, Dr. Pedro Henrique Saraiva Leão.

A Sociedade Brasileira de Médicos Escritores Nacional e Regional Ceará (Sobrames) sente-se enlutada pelo falecimento do seu ex-presidente, fazendo aqui constar nosso VOTO DE PESAR.

Dr. Pedro Henrique Saraiva Leão, natural de Fortaleza-CE, foi presidente da Sobrames-CE no ano de 1991 à 1996 e presidente nacional de 1996 à 1998.

Descanse em paz, querido e eterno confrade e presidente, Dr. Pedro Henrique Saraiva Leão. Que Deus conforte o coração de toda a família, dos amigos e de todos que admiravam suas infinitas qualidades. 

 Atenciosamente,

Raimundo José Arruda Bastos

Presidente da Sobrames Nacional e Regional Ceará

MENSAGEM DE PESAR PELO CONFRADE DR. PEDRO HENRIQUE SARAIVA LEÃO

Dr. Pedro Henrique Saraiva Leão


MENSAGEM DE PESAR PELO CONFRADE DR. PEDRO HENRIQUE SARAIVA LEÃO

Confrades e confreiras,

O Dr. Pedro Henrique Saraiva Leão foi meu professor na Faculdade de Medicina e, tempos depois, colega no Departamento de Cirurgia da UFC. Foi, porém, na Academia Cearense de Medicina que nos estreitamos a amizade. Tornamo-nos grandes amigos. Tive o privilégio de dar carona para as reuniões da Academia. Foi uma oportunidade de ouro para conversarmos, especialmente sobre literatura. Culto e erudito. Falava, lia e escrevia em várias línguas. 

Gostava da palavra, brincava com elas. Leitor habitual desde jovem. Tinha o dom da sabedoria, via-se nele o pendor pelas coisas divinas. Quando caminhava na Praça das Flores, fazia uma pausa diante da cruz e rezava o Pai Nosso. Era temente filial a Deus!

Seu lavor médico viverá na memória daqueles que receberam a assistência através das suas mãos. Li quase toda a sua obra literária. Esta será imortal, que o diga a sua biobibliografia de altíssima qualidade. Perdemos um grande confrade em pleno exercício da presidência da nossa agremiação. Com o agravamento da doença, estava pressentindo o desenlace, mas a gente sempre espera um milagre de Deus. O milagre não veio, e estou triste e com muita saudade do meu amigo Pedro Henrique Saraiva Leão. 

Que Deus o receba em seu Reino de Glória e conforte a sua família.

Graça e Paz!

Dr. Sebastião Diógenes e Erineide

21-01-2022

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Por Grecianny Cordeiro: A PLENOS PULMÕES


 "A PLENOS PULMÕES"

Por Grecianny Cordeiro, Promotora de Justiça

“A Plenos Pulmões” é a 38ª Antologia da SOBRAMES – Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, Regional Ceará, cuja honra a mim foi conferida em prefaciá-la.

O primoroso livro, coordenado pelo dr. Marcelo Gurgel, com a bela capa elaborada pelo dr. Isaac Furtado, é composto de textos escritos por um brilhante rol de colaboradores, a maioria, por Asclepíades que, nos momentos em que estão longe de seus consultórios, distantes dos hospitais, nos trazem com sua literatura alegria para a alma, esperança para o coração, alento para o espírito.

Na mitologia grega, Asclépio era filho de Apolo e de Corônis, esta, fulminada por uma flecha certeira disparada pelo deus, furioso por ter sido rejeitado. Apolo salvaria o filho do ventre da mãe falecida e o entregaria para ser educado pelo centauro Quíron, que lhe ensinou a arte da cura e todos os segredos da medicina.

Assim, Asclépio se tornaria um talentoso e habilidoso mestre em curar doentes.

“Os mitos não morrem, ao contrário, se perpetuam no tempo, notadamente, por meio de suas representações simbólicas. A maior prova disso é que Asclépio, o deus/herói da arte da cura, jamais fora esquecido, e seu bastão com uma serpente enroscada é o símbolo da Medicina.

A medicina, uma das mais belas e imprescindíveis profissões, em especial, nessa época de pandemia gerada pelo Covid 19, tem se mostrado incansável na busca da cura da doença, na compreensão exata do vírus para o desenvolvimento de vacinas eficazes, de modo a permitir que possamos, o quanto antes, voltar à normalidade.

Mas a medicina, por meio de seus profissionais (…) vem contribuindo sobremaneira para a cura das dores da alma, para o enternecimento dos corações através da poesia, para o despertar da sensibilidade através da prosa, para o aprimoramento do intelecto por meio da escrita (…).

Da arte da cura à arte da poesia. De Asclépio a Apolo. Por tais caminhos iluminados passeiam os integrantes da SOBRAMES, Regional Ceará.

“A Plenos Pulmões”, embora não possa ser lida de um fôlego só, dado ao número de páginas, é um livro para ser lido como quem respira, num compasso natural e sincronizado.

Em tempos tão sombrios, em que milhares de vidas foram perdidas para uma pandemia nefasta, “A Plenos Pulmões” surge como um sopro de vida em uma época em que o ar faltou a tanta gente.

Que por meio do presente livro possamos inspirar prosa e poesia para nossas vidas, ao mesmo tempo em que possamos expirar tudo aquilo que nos faz mal.”

*Publicado In: O Estado CE, 27 de setembro 2021, Opinião.

“A plenos pulmões” - O Estado CE

 

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

POR MANOEL FONSECA: PRIMAVERA


 Primavera

Que bela a sagrada Primavera.
As Três Graças, diáfanas brincantes,
São a poesia em imagem deslumbrante,
A estética e ética em sinfonia vera.

Das mulheres, as três faces divinas,
As três fases, sábia, mãe e donzela,
Expressão da natureza feminina,
Cada musa sua graça nos revela.

Aglaia, encantamento e claridade,
Tália, das flores e fertilidade,
Eufrosina, da dança e alegria.

Do Universo, simbólica harmonia
E afetuosa delicadeza,
Opondo, à violência, a gentileza.  

Salve o 1° dia da Primavera

      Manoel Fonseca


quarta-feira, 16 de junho de 2021

Por: Flávio Leitão - RADICALIZAÇÃO


                                                         Sobramista - Dr. Flávio Leitão


Radicalização

Por: Flávio Leitão 

 Nesses tempos de Pandemia, uma angústia enorme, minha alma asfixia.

 Já disse alhures, que tive a invejável sorte de conviver com um santo – um ex-seminarista, Filho de Maria, Irmão do Santíssimo e Ministro Extraordinário da Eucaristia – meu pai, o poeta e Professor José Valdivino de Carvalho e, concomitantemente, com um agnóstico, marxista, pertencente ao Partido Comunista Brasileiro dos 13 aos 82 anos, quando partiu para a eternidade – meu muito estimado irmão, Tarcísio Leitão, Advogado trabalhista e político.

Nessa longa e agradável convivência, nunca os vi em agressão recíproca. Divergiam rindo, cada um mostrando num sorriso franco, a largueza de seus corações, patenteando o crédito em suas convicções de maneira polida, educada, amorosa. Assim, a tolerância me é tão natural e necessária, como o enchimento de ar nos meus pulmões, e condição sine qua non, para uma existência harmoniosa.

Hoje, infelizmente, há além do abismo social que há séculos separa as pessoas deste majestoso país, o abismo político-ideológico que exacerba um maniqueísmo doentio e afasta bolsonaristas, dos antibolsonaristas.

Eu queria tanto diminuir essa divisão infrutífera, essa bipartição ideológica inútil, pelo menos, entre pessoas que têm uma mínima admiração à equanimidade. Afinal de contas, Aristóteles tinha razão: Virtus in medium est.

E para tanto, iniciaria fazendo um exercício de lógica, de racionalidade, de procura pela verdade, para quem sabe, sob a égide do Divino Espírito Santo, cuja festa celebramos há pouco, entendermos a irracionalidade de defender-se um cidadão que demonstra muito pouco de humano, antípoda do maior Mandamento de Jesus – o amai-vos uns aos outros!

Um ser que no auge do sofrimento do povo brasileiro, responde com desdém: e daí, não sou coveiro; que se dirige à sua colega de parlamento, afirmando indelicadamente: não lhe estupro porque você é feia; que à indagação de jornalista vocifera: cala a boca; que cinicamente se diz contra a corrupção, mas afirmou: eu sonego, eu sonego tudo o que puder; que insensivelmente diz ter tido 4 filhos homens e que num descuido nasceu-lhe uma filha, numa misoginia odienta e cruel! Que transparece ter algum drama psicológico com sua sexualidade face ao ódio que nutre pelos homossexuais; que afirma, destituído de qualquer sentimento paterno, que rejeitaria um filho caso descobrisse ser o mesmo, um homossexual; que estende seu ódio ao negro, afirmando de maneira grotesca que em visita a um quilombo, constatou que todos os negros são preguiçosos tanto que o mais leve pesava 7 arroubas (medida para pesar gado), não fazem nada! Que  galgando a posição máxima de mandatário da Nação Brasileira, assina, como seu primeiro ato, indecorosa lei, liberando a compra de armas, num país violento face à diferença social; que durante seus 28 anos, enquanto Deputado Federal, sequer, apresentou um único projeto; que diz num comício vamos metralhar dez mil petralhas aqui no Pará; que monstruosamente põe-se a favor da tortura, crime inaceitável para todos os países signatários dos Direitos Humanos; que trai sua promessa de candidato, aliando-se despudoradamente a políticos que ele mesmo julgava-os indignos de sua convivência; que dificultou a indispensável vacinação contra o maldito vírus da Covid-19, procedimento há 300 anos entendido, universalmente, como a melhor maneira de prevenir as pandemias; que utiliza a desgastada teoria macartiana do perigo do Comunismo, para desgastar as esquerdas, quando até a China se volta para o Capitalismo.

Por tudo isso, indago-me, como um cristão pode defendê-lo? Aceito, sem o menor laivo de rancor, desprezo ou ódio, afirmando minha amizade e respeito às centenas de bolsonaristas que me são caros, uma discussão franca, polida, desinteressada para aclaramento do que julgo um grave erro.

Tenho dentre preciosos amigos, e diletíssimos parentes, criaturas de alta sensibilidade, alguns poetas, outros, líderes religiosos que dogmaticamente aceitam Bolsonaro como a saída para o país. Não os desprezo, por isso, errare humanum est... (Sophronius Eusebius Hieronymus - 347-419) e espero conviver pacificamente com todos eles.

Assim, se o obscurantismo impedir os que têm no Presidente, um ditador de dogmas de fé, de enxergar o que eu enxergo, que sejamos suficientemente maduros para, pelo menos, sabermos defender nossas posições no plano das discussões, sem ódio, com a compaixão, tendo-se como arma, exclusivamente, a Palavra.

Apeguemo-nos à virtude teologal da esperança.

Concordo com Dostoiévski em Recordações da Casa dos Mortos: “o homem que não tiver um anseio ou uma esperança acaba no desespero, virando um monstro”...

Por isso, acredito que gregos e troianos saibam aceitar as posições contrárias, escolhendo o debate livre, tranquilo, verdadeiro, para aclaramento das ideias e que nas próximas eleições, saibamos eleger um humano que soerga este combalido gigante.

Convoco a intelectualidade cearense, os “homens de boa vontade” a aprofundarem-se no estudo desta anomalia política para que possamos, brevemente, juntarmo-nos numa grandiosa ciranda e de mãos dadas dançarmos a dança da paz, do amor ao próximo, da esperança, do engrandecimento deste país.

Post tenebras spero lucem! Como diziam os romanos...