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sábado, 18 de outubro de 2014

POR: ANA MARGARIDA ROSEMBERG - SÃO LUCAS: o médico evangelista

Dra. Ana Margarida Rosemberg - Médica e 2ª Secretária da Sobrames-CE
São Lucas - óleo sobre Tela  - El Greco

                                       SÃO LUCAS: o médico evangelista

Publicado no Jornal do Médico em revista Ano X/Edição 58, Dia do Médico/Setembro-Outubro 2014

O dia 18 de outubro, consagrado pela Igreja Católica à São Lucas, padroeiro dos pintores, médicos e curandeiros, foi escolhido para homenagear os médicos. Autor do  evangelho de São Lucas e dos Atos dos Apóstolos, terceiro e quinto livros do Novo Testamento, pouco sabe-se de sua vida. Segundo a tradição, Lucas era um médico natural de Antióquia, cidade situada em território hoje pertencente à Síria, que na época era um dos mais importantes centros da civilização helênica, na Ásia Menor. Ele viveu no século I d.C., desconhecendo-se a data do seu nascimento e de sua morte. No versículo 24 da Epístola a Filemon de Paulo de Tarso, encontramos a mais antiga referência a Lucas. Outra menção encontra-se no “Prólogo Anti-Marcionita ao Evangelho de São Lucas”, que diz:  “Lucas era um médico sírio que tornou-se discípulo dos apóstolos e foi seguidor de Paulo até o seu martírio. Solteiro e sem filhos, serviu ao Senhor com perseverança e morreu aos 84 anos de idade”. Lucas não foi testemunha ocular dos acontecimentos que narra em seu evangelho, mas provavelmente esteve com os que seguiam a Jesus. Na epístola de São Paulo aos colossenses, há uma referência a Lucas, como “O Médico Amado”. Segundo a tradição, Lucas além de médico, era pintor, músico e historiador. Seu evangelho utiliza uma linguagem mais aprimorada que a dos outros evangelistas, revelando um perfeito domínio do idioma grego. Segundo alguns, Lucas morreu martirizado, vítima da perseguição dos romanos ao cristianismo;  segundo outros, morreu de morte natural em idade avançada. Não se sabe ao certo onde foi sepultado. Na versão mais provável e aceita pela Igreja Católica, seus despojos encontram-se em Pádua, na Itália, onde há um jazigo com o seu nome, que é visitado pelos peregrinos. Sua vida foi tema do romance histórico “Médico de homens e de almas” de autoria da escritora Taylor Caldwell. Também Eurico Branco Ribeiro é autor de uma magnífica obra em quatro volumes, intitulada “Médico, pintor e Santo”. Nesta obra, Ribeiro nos mostra que a escolha de São Lucas como patrono dos médicos, nos países que professam o cristianismo, é bem antiga. Em 1463, a Universidade de Pádua iniciava o ano letivo no dia 18 de outubro, para homenagear São Lucas. O dia 18 de outubro é o “dia dos médicos”, em muitos países, dentre os quais: Brasil, Portugal, França, Espanha, Itália, Bélgica, Polônia, Inglaterra, Argentina, Canadá e Estados Unidos.

XXV CONGRESSO SOBRAMES/IX CONGRESSO DA UMEAL

Realizou-se em Recife-PE, de 8 à 11 de outubro de 2014, o XXV Congresso Brasileiro de Médicos Escritores e o IX Congresso de Médicos Escritores e Artistas da Língua Portuguesa (UMEAL). 
A Dra. Celina Côrte, Presidente da Sobrames-CE, a Dra. Fátima Azevêdo, o Dr. José Maria Chaves e esposa Walquiria e  o Dr. Walter Miranda e esposa Zenilda participaram de tão significativo evento.
A Dra. Celina Côrte teve seu conto "FAIXA ETÁRIA" premiado em terceiro lugar no referido congresso. Parabéns à nossa Presidente!


 Celina Côrte

Fátima Azevêdo, Walquiria e Celina Côrte






Fátima Azevêdo






quarta-feira, 15 de outubro de 2014

POR: CELINA CORTE PINHEIRO - FAIXA ETÁRIA



 
Dra. Celina Côrte Pinheiro - Presidente da Sobrames-CE


FAIXA ETÁRIA

                                       Conto premiado em terceiro lugar  no XXV Congresso da Sobrames, ocorrido em Recife, no período de 8 a 11 de outubro de 2014.

            Ele aprendeu e adorava a expressão. Useiro e vezeiro, em qualquer oportunidade, utilizava-a orgulhosamente, na certeza do sucesso, fosse diante de quem fosse. No restaurante onde trabalhava, quando o cliente lhe perguntava se o pedido feito iria demorar, ele estufava orgulhosamente o peito, balançava a mão de um lado para o outro e respondia raciocinando: Huumm... Pela hora do seu pedido, acredito que demore na faixa etária de meia hora.... O sorriso de um ou outro cliente mais erudito aumentava-lhe a confiança para continuar se utilizando da expressão faixa etária na certeza de sucesso. Os menos aquinhoados no vernáculo se impressionavam com aquele palavreado elegante e comentavam entre si sobre a inteligência daquele moço, tão simples, trabalhando como garçom. Deveria tentar outra profissão na área do Direito ou da Medicina... Jesuíno ficava feliz com a ideia. Quem sabe!!!

            O futuro parecia lhe sorrir quando conheceu Marilena. O pai, dono de uma farmácia no vilarejo e, além disso, vernaculista e escritor, poderia ser a alavanca de que necessitava para sair daquele futuro sem emoções como intermediário entre o cliente e o cozinheiro. Se não fosse pelas gorjetas... Quem sabe a Medicina ou o Direito poderiam se tornar realidade em sua vida. Até mesmo a Faculdade de Farmácia, com a garantia de um futuro ainda mais concreto. A paixão foi mútua e ele, entusiasmado, convidou-a para um cinema e depois um sorvete. Prometeu que antes de nove e meia da noite, ela estaria de volta à sua casa. Jesuíno não queria dar ao futuro sogro (já o via assim) nenhum motivo de desagrado. A mocinha sorriu confiante e fez a pergunta fatídica:

            A que horas você passará em minha casa? ela falava tão bem quanto o pai e herdara seus dotes de escriba. Redação primorosa e elogiada no colégio.

            O moço, caprichando na voz e na fala para impressionar Marilena, respondeu: "Na faixa etária de umas seis..."

            Nem teve tempo para completar a frase. A moça se desenxabiu na hora. Desconversou e disse:

            Não, não! Lembrei-me agora... Um compromisso inadiável. Fica para outra vez...

            Ele ainda quis dizer alguma coisa mais, contudo Marilena saiu apressada e já quase dobrava a esquina. O moço ficou cismando, cismando, preocupado. Talvez ela tivesse achado muito cedo ou sua timidez a tivesse feito recuar diante do convite... Quem sabe, na faixa etária de uma semana, seria o tempo ideal para voltar a convidá-la.





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CONVITE - 31 ANTOLOGIA DA SOBRAMES-CE



quinta-feira, 25 de setembro de 2014

POR: ANTERO COELHO NETO - NOVAMENTE

 
Dr. Antero Coelho Neto - Médico e Membro da Sobrames-CE
ARTIGO 24/09/2014 – JORNAL “O POVO”
Novamente
Estamos nas vésperas das eleições e, novamente, os mesmos problemas, cada vez mais graves. Até onde vamos suportar essa repetição de causas e efeitos dos problemas?  A experiência dos países desenvolvidos e com melhores qualidades de vida mostra, desde há muitos anos, que as causas fundamentais do desenvolvimento nacional são: educação e saúde, com consequente diminuição da pobreza e maior satisfação de viver.
E que isso somente se obtém através de planejamento estratégico e prospectivo (manejando o passado, presente e futuros prováveis) e uma administração eficiente e adequada para os diferentes momentos. A violência, desemprego, fome, falta de moradias etc. se transformam em outros efeitos e assim, sucessivamente prejudicam a nossa qualidade de vida e satisfação de viver. E tudo isto deve ser bem planejado e administrado, para poder ser solucionado.
Por “coincidência”, durante toda minha vida, tenho tido a satisfação de trabalhar nessas duas áreas. Tive a felicidade de ser convidado por amigos brasileiros, para planejar e administrar várias organizações educacionais e de saúde no Brasil, Venezuela e Colômbia, quando lá trabalhava na OMS/OPS (Organização Mundial da Saúde). Assim, pude aprender mais e ser autor e co-autor de livros detalhando o que, o como, o quando, o que não fazer, e também mudando, quando necessário.
Quais são os planos de governo dos nossos candidatos? Apenas tentam responder, propondo diferentes soluções para os graves, menos graves e os existentes nas áreas ou locais visitados em campanha, na intenção de angariar votos. Mas, e o dinheiro para os planos de educação e de saúde? Ele deve estar assegurado no próprio orçamento anual do país, com a distribuição que deveria ser proporcional à importância das causas e de seus efeitos e não da maneira como tem sido até agora, pelos interesses dos dirigentes e, muitas vezes, sendo desviado ou roubado. Além disso, e isto é comum nos países desenvolvidos, uma melhor e mais adequada distribuição do imposto de renda. Em alguns países, os valores são tão elevados, na medida dos mais ricos, que muitos resolvem criar organizações não governamentais para o povo, com excelentes resultados.
Por coincidência, trabalhei na excepcional Fundação Kellogg’s, que também desenvolve excelentes programas em vários países e onde ouvi a frase: “O povo também é nosso”. Visitei alguns deles na América do Sul e depois, até para nós, em Fortaleza, tivemos a ajuda dessa Fundação para o Nami (Núcleo de Atenção Médica Integrada ) da Unifor.
E, novamente, lembro aquele importante candidato, que convidou nossa equipe de planejamento para elaborar o seu plano de ação, em educação, sob uma condição: ”Esqueçam tudo o que já foi feito! Vamos começar tudo de novo!” E que ficou extremamente surpreso quando nós não aceitamos o seu importante (?) convite. Fantasias de um médico, professor velho e aposentado? Não! Mas, como sempre, aquela velha frase me vem à lembrança: “A esperança é a última que morre!”
Antero Coelho Neto
acoelho@secrel.com.br
Médico e professor



quinta-feira, 11 de setembro de 2014

CONVITE LANÇAMENTO LIVRO - JOSUÉ DE CASTRO

Dr. Josué de Castro

           Convite

A Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – CE, Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza e o Ideal Clube convidam para o lançamento do livro "Ciclos da Vida" a Nova Edição da obra literária do Professor Josué de Castro no dia 23 de setembro,  às 19:30,  no Ideal Clube.