Amor Materno
Dr. Ronald Teles- cardiologista |
Dentro do ventre materno é gerada uma nova vida à cada divisão mitótica, até o feto com seus batimentos cardíacos iniciais, orquestrados pelo coração de sua mãe, em consonância com um amor inexplicável, cheio de esperança, de carinhos e cuidados. O sangue da criança e todos os nutrientes, anticorpogenese inicial e o calor, que regula sua temperatura é levado à piscina amniótica, onde ela flutua, já com percepções de sons e movimentos reflexos às circunstâncias externas. O primeiro sentido é o da audição e a voz materna o embala em uma doce música que chega aos pequeninos ouvidos, soando como uma carícia cifrada melodicamente, que o conforta, acolhe e lhe dá uma paz inigualável. Cumprida a gestação, já estabelecida a madureza, tão singularmente, como são as obras divinas, a pequenina criança é apresentada a um ambiente inóspito e à uma quebra de confiança, sendo expulso daquele doce meio que o albergara com tanto zelo, cuidado e suavidade.
Desembarcando no mundo exterior por mãos especializadas ou em circunstâncias outras, mas de qualquer maneira, debutando em um mundo exógeno ao seu; chora ruidosamente, refletindo o exercício de seus pequenos pulmões e pede socorro. Logo é colocada ao seio materno, refazendo aquele laço afetivo tão singular e ouvindo desta vez ao lado de fora, aquele coração prodigioso que o nutriu até este encontro singelo, até seu desmame, estreitando mais ainda essa relação majestosa entre a criança e sua mãe. Os olhinhos se abrirão mais tarde e buscarão avidamente a face maternal e santa, de sua genitora. Os cuidados se estenderão aos primeiros passinhos e serão sua referência e maturidade, fazendo dessa relação tão inigualável, um marcador biopsicossocial, imprescindível para toda a vida.
O amor materno é inexprimível, singular, incomparável e inatingível por aqueles que o buscam sem sentí-lo; é uma joia incalculável, uma dádiva de Deus para aqueles que querem penetrar em seus mistérios pelo sagrado coração de sua mãe Santíssima, a Virgem Maria.
Ele é um amor ágape, nos complementa e fortalece através das duras agruras da vida e nos abençoa e nos aconselha perenemente do momento que somos gerados até seu epílogo que é a morte física.
Ainda assim, seu doce holor nos abençoa através de nossas lembranças, ensinamentos, da nossa convivência e o respeito que nos impõe através de tantas lições e aprendizados.
Esse fato se dá em todas as esferas sociais. A mãe tem um altar no coração de cada filho, da mais humilde à mais instruída e sofisticada, a maternidade real, tem desdobramentos incalculáveis sobre a vida dos rebentos e é primordial ao desenvolvimento pleno como seres humanos íntegros.
O amor materno é pura renúncia, ele faz a mãe se oferecer como altar sacrificial por sua prole, defende- os até a morte e torna suas faltas menos graves a seus olhos, que os enxergam como suas eternas crianças. O olhar materno é benevolente sem ser descuidado, é cuidadoso e atento aos nossos erros, mas não é algoz de seus filhos ou punitivo exageradamente por faltas comuns ao nosso gênero humano, tão falho e frágil, as vezes se torna cego pelo próprio amor .
A mãe é o útero do mundo, é a garantia de nossa procriação e de nossos destinos, da nossa descendência como seres humanos. O amor maternal nunca será substituído pelas vozes falsas emanadas de inteligência artificial ou coisa que o valha, pois estes artifícios nunca terão o valor real da " real" convivência entre os filhos e suas genitoras.
Santo Agostinho de Hipona, um dos doutores da igreja, viveu momentos pagãos tormentosos, trafegando por crenças e filosofias vãs, mas sua mãe, Santa Mônica, orou por ele até sua conversão aos 32 anos de idade, quando finalmente aceitou Cristo Jesus como seu Salvador e seu destino.
No seu famoso livro " Confissões " é narrada toda essa linda história de fé e tem o grande amor de Mônica como um referencial em sua vida.
Sua mãe não desistiu de Agostinho, até abraçar o catolicismo, e o livro à reverencia das páginas iniciais ao epílogo.
O amor maternal em sua conotação sagrada é demonstrado por Maria e suas sete dores.
Da profecia de Simeão, até a recepção de seu amado filho dilacerado aos pés da cruz, passando por sepultá-lo no túmulo.
Ela o guardou em seu santo ventre, o amamentou e acompanhou sua paixão, morte e ressurreição.
Os Serafins e todos os anjos celestiais bebem do amor Mariano e o cantam em seu louvor.
O coração de Maria emana amor do seu Filho que é Pai e Santo Espírito para nossa conversão, e salvação e abençoa todas as mães da terra pois cada uma delas tem um pouco de Maria.
Que belo e tocante texto... Parabéns, Ronald! abraço ana margarida
ResponderExcluirMuito obrigado querida dra Ana Margarida Rosemberg! Sinta- se homenageada pois trata- se de uma mãe maravilhosa!🤍
ResponderExcluirTão bem regido como a melhor orquestra a sua descrição ; da gestação ao nascimento , gerando a mais linda melodia com cifras que definem o amor de mãe , a Joia mais valiosa , a em sua descrição como s mais linda melodia. Parabéns Dr Ronald Teles . Edificante , e descrito de uma forma como uma fonte inesgotável de amor incondicional . Lindo texto , e por toda a eternidade sempre atual . Simplesmente magnifico !
ResponderExcluirMuito obrigado! Por sua sensibilidade e elogio!
ExcluirSensacional . Parabéns , Ronald
ResponderExcluirMuito obrigado !
ExcluirPrezado Dr. Ronald, que belo e perfeito texto sobre o amor materno, melhor definição não poderia existir do que suas palavras santas sobre o mencionado assunto. Parabéns paz e saúde abs. Manoel Milfont
ResponderExcluirDr Milfont! Muito obrigado pelo carinho e sua leitura!
ExcluirAMOR MATERNO, AMOR da mulher mais Santa dentre todas as mulheres que já viveram ou hão de viver na Terra, se não o fosse O DEUS PAI (ESPÍRITO SANTO), não O teria lhe escolhida, para gerar seu UNIGENITO; a rendencão de EVA…
ResponderExcluirOs Poemas do Dr. RONALD TELES, fazem-nos refletir Espiritualmente. Como sempre belos..
Querido Ten Damerson Vieira, muito obrigado!
Excluir👏👏👏👏👏
ResponderExcluirMuito obrigado!
ExcluirCada mãe um traço de Maria, Santuário de Amor, meu irmão como vc Ama nossa mamãe Helena e Nossa Senhora🙏🏼🕊️🕊️
ResponderExcluirÉ verdade mana(s)! Georginha ou Jamilinha! Nossa mãe terrena é a imagem da mãe do Céu! Todos os os filhos deste mundo devem uma singular devoção a quem os gerou, amamentou e criou!
ExcluirMágico e inteligente texto, como de costume a inspiração se faz poema e nos transporta para a imaginação. Parabéns suas palavras descrevem seu conhecimento em conjunto com sutileza e bom gosto. Profa. Carmem
ResponderExcluirPfra Carmen Gonzaga
ResponderExcluirCertamente descrita nessas linhas, muito obrigado por sua amizade e carinho!
Texto BELÍSSIMO!!!Fiquei emocionada, parabéns por tanta sensibilidade.
ResponderExcluirMuito obrigado pela leitura e carinho!
ExcluirBelíssima poema! Dr: Ronald, sabemos que você é um filho maravilhoso, ama sua amada mãe genuinamente
ResponderExcluirMinha mãe Helena Teles, como todas as Helenas, é uma guerreira incansável de coração magnânimo e apaixonante
ExcluirLindo texto sobre amor materno.Parabéns!
ResponderExcluirMuito obrigado por sua leitura e opinião!
ResponderExcluirParabéns pelo tocante e bonito texto, Ronald! Uma pérola para as mães, certamente. E para os filhos, uma fagulha de amor!
ResponderExcluirMuito obrigado querido Rafael Lira!
ExcluirMeu estimado dr. Ronald, mais um dos muitos brilhantes textos postados. Que Deus continue te usando. Parabéns.
ResponderExcluirMuito obrigado querido Pastor e prof Grijalba Miranda!
ExcluirQue honrar está aq para ver e ler este maravilhoso texto... Falando sobre esse lindo ser mãe... Lembrando q tudo começa através de um lindo nascimento e de uma grande mãe Maria... O grande sábio é aquele q ler mais o grande mestre é aquele que ler e escreve através dos séculos... Parabéns Dr Ronaldo... 🙏🙌😘
ResponderExcluirMuito obrigado pelo carinho e leitura!
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