José Wilson de Souza - Membro da Sobrames-CE
DESEJOS........ MEDOS
Estes teus olhos
(que sorriem)
Estes teus lábios
(que falam de beijos)
São solicitações
mudas
Quero ver-te outras
vezes...
Muitas vezes...
Para olhar tua alma
nos teus olhos
E olhar teus lábios
E na miragem dos meus desejos
Beijá-los
Dá-me tua boca
Para que te
sufoque de beijos
Dá-me teus olhos
Para que eu me
afogue nestes lagos negros
Dá-meteu corpo
Para que eu me
perca totalmente
Nas suas
reentrâncias
Dá-me tudo, pois não quero que outra vez
fiquemos no desejo... Por medos.
MEU BANCO DA PRACINHA
Procurei o meu
banco, da pracinha,
Lembrei dos
folguedos de crianças brincando,
Dos casais e namorados
passeando,
Bem em frente,
nossa igrejinha.
Aos pés do altar
eu, sacristão. rezando
Contrita em
oração, minha avozinha
Minha cabeça
ficou em um torvelinho.
Tive a visão de
minha infância, doce encanto,
Quando eu e outras
crianças alegres saltitantes,
Pulávamos felizes
a “amarelinha”.
Sorriamos, cantando
em grande algazarra
Entre as
ramagens de jardins bem cuidados.
Felizes
perseguíamos revoadas de borboletas
Troféus vivos da
meninada
Éramos crianças.
Como corríamos
Em busca de borboletas,
vários matizes.
Sorriam
apaixonados os casais sonhadores.
Na igrejinha,
hoje Catedral, hinos de louvores.
A pracinha, hoje
sem jardins e borboletas, está calçada.
Aquele banquinho
da pracinha, qual o paradeiro?
Casais
românticos não mais existem, nem os brinquedos.
Não encontrei
nada, e com saudades faço caminhada.
BONINA
Insônia. Nesta
madrugada te deixei dormindo e fui fazer poesias.
Madrugada quente
como nossos abraços ao anoitecer
Acordei, apaguei
a luz, não quis te acordar. Estavas tão
linda!
Cismei em
beijá-la, mas os anjos te velam mulher menina.
Um perfume de
teu corpo, canto de passarinhos. O amanhecer.
Latidos de
cães e galos cantando, já sinto uma aragem matutina
A passos
lentos, silente vou ao nosso quarto, fecho a cortina
Dádiva de
Deus: dormindo, mas me dava a certeza do seu querer.
Amor, perdão!
Voltei. Deitei ao seu lado. Juntinhos, o
doce perfume de minha bonina.
José Wilson de Souza
Quixadá, 11 de janeiro de 2016.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário