José Wilson de Souza - Membro da Sobrames-CE |
ABANDONA-ME POR FAVOR
Que o tempo transforma em resignação
O tempo vai passando – indelével cicatriz
Alguém se foi, outro virá – uma esperança
Por que teimas em aumentar a minha dor?
E um dia vem a
triste separação
Um sentimento fica
– a saudade,
Que se
transforma em doce lembrança.
Quimera da
eterna busca de ser feliz
Quando este
alguém que te foi querido
Teima em ficar
pertinho sem mais amar
Maltrata o
coração que já está ferido
Tortura malvada
de quem quer matar
Foi este o
caminho que procurastes
Se for verdade
que um dia me amastes
Poupa-me.
Abandona-me por favor!
AMOR ITALIANO
Férias... Nos conhecemos. A vida em
flor
Ela viera de um país distante,
idiomas diferentes
Furtivos encontros, carinhos... .
Sonhos... Juras de amor
Corpos, ainda tímidos, lançando as
primeiras sementes.
Ela partiu... Cartas.......... telefonemas.......
Promessas de voltar
Depois o silêncio. Mais saudades...
Muitas saudades a me atormentar
Onde estaria? A paixão de minha
juventude me esqueceu?
Era só paixão? O amor nunca
existiu, morreu?
Passados muitos anos, o reencontro,
tantas coisas pra dizer e pra fazer
Corpos maduros, fogosos de desejos
e saudades. Flamantes
Nossas mãos corriam pelos caminhos
de nossos corpos amantes.
Nossas bocas às vezes repousavam em
lagos úmidos... De prazer.
Emocionada dizia ao meu ouvido,
“amore mio”, “amore mio”
Existia um segredo: o amor era
nosso, nossos corpos não.
Fiquei sozinho. Ao meu lado a
saudade, um grande vazio
Mais uma vez ela partiu. Voltou... Para
sua dourada prisão.
Meu Deus, nem que seja meu último
pedido:
Ainda quero ouvi- la dizer “Amore
mio”, “Amore mio”
E eu, a dizer coisas de amor ao seu
ouvido.
ÁRVORE DA SAUDADE
Voltei aos caminhos da minha infância sentei sob a árvore de nossa
mocidade. Lembrei do tempo em que quase menino carinhosamente na tua mão peguei.
Procurei reviver aqueles momentos mas ao meu lado só senti saudades.
Não te encontrei, lágrimas rolaram
Lembrei teus lábios que timidamente beijei
Da cama de mata pastos os galhos ressecados.
Na árvore, o coração e nomes fracamente
desenhados.
Fui em busca de nosso passado mas só
encontrei saudades.
Olhei o céu, vi a nossa lua mas o luar daquele tempo não encontrei.
O banquinho de forquilha não mais existia sentei no chão e aí chorei.
Ficaram apenas as lembranças de sonhos dourados não mais presentes,
Maldosamente destruídos.
Sonhos lindos de, um amor quase inocente.
Fui embora, ouvi o choro da natureza no cantar tristonho dos passarinhos,
Em apoio às aves que foram separadas e tiveram destruídos seus ninhos.
O vento silvou pelas matas, entre as arvores e nas frestas dos grotões ecoando
em toda a natureza,
Poéticos sons de nossas canções
Belíssimas poesias, adorei. Que mais gostei "AMOR ITALIANO" - romantico-erótico.
ResponderExcluirParabéns!