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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

POR: VICENTE ALENCAR - CANTO AO AMOR

VICENTE ALENCAR - MEMBRO DA SOBRAMES-CE

CANTO AO AMOR
Vicente Alencar
(Da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo).
Desnudo minha alma
quando estou contigo.
e amo, 
penso,
vibro,
descubro raízes.
Brigo com meus valores,
caminho firme dentro da vida,
pois teus conceitos são janelas
por onde passo a enxergar 
pormenores.
São momentos de atenção,
onde ao sabor do movimento
e do calor dos corpos,
sei que vivo.
Sou um homem aberto
aos teus encantos,
aos teus olhares
e teu amor.
Encontro-me contigo, e, 
comigo mesmo,
quando estamos juntos.
Juntos, em corpo,
pois, juntos, estaremos sempre,
todo o tempo,
o tempo todo,
mesmo separados.
Teu sorriso é o meu sorriso,
tua dor é a minha dor,
pois divido nossas emoções.
fim
 Fortaleza 13.01.2017

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

POR: VICENTE ALENCAR - TEU OLHAR

Vicente Alencar -  Membro da Sobrames-CE

TEU OLHAR

                                     Vicente Alencar

Teu olhar 
é uma janela aberta
de beleza.

vejo pelos teus olhos
o mundo que nos
mostra a vida.

encontro-me feliz
quando fitas os meus olhos,
com tua mensagem de amor.

destacar o amor no olhar,
é sentir o caminho
que emana do coração.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

POR: FÁTIMA AZEVÊDO - JEITO SINGULAR

Dra. Fátima Azevêdo - Membro da Sobrames-CE

JEITO SINGULAR
É da natureza dela ser feliz.
É da natureza dela perdoar e esquecer.
Não guarda rancores.
Prefere guardar amores.
Pra ser feliz, não precisa de muito.
Nem de muitos ao seu redor.
Sua riqueza mora nela, não está nos bancos.
Não tem culpa se adivinha pensamentos
ou o que está por trás de um olhar
ou de um sorriso,
ou de um simples movimento.
Nasceu com esse defeito de fabricação: o de adivinhar as coisas.
Sabe quando vai chover e quando o tempo vai fechar.
Pode ver os corações e escutar seus batimentos à distância.
Mas ninguém acredita.
Pensam que está inventando.
Ela é filha da água e do ar,
do fogo e da terra
E ela sabe amar.
Vu par Fátima Azevêdo à Mercredi 13:42

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017


Aconteceu hoje, dia 09/01/2017, às 19h30, no Espaço Cultural Dra. Nilza dos Reis Saraiva, na Av. Rui Barbosa nº 1880, mais uma reunião ordinária da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Sobrames-CE. Presidida por Marcelo Gurgel, presidente da Sobrames-CE, a reunião seguiu a pauta abaixo:

PAUTA DA REUNIÃO ORDINÁRIA – 09/01/2017

1 - Abertura da sessão
2 - Faltas justificadas:
Ø Josemar Argollo - em viagem
Ø Policarpo Barbosa - em viagem
Ø Flávio Leitão - outro compromisso
Ø José Pessoa - outro compromisso
3 - Aniversariantes do mês:
Ø Fco. Sérgio Rangel de Paula Pessoa – 04
Ø José Fábio Bastos Santana – 05
Ø Fco. José Costa Eleutério – 05
Ø Fco. Saraiva da Silva Jr. – 07
Ø Paulo Alexandre N. de Andrade – 17
Ø Raimundo José Arruda Bastos – 19
Ø Sebastião Diógenes Pinheiro – 20
Ø João Luis Alencar Araripe Falcão – 24
4 - Assuntos/comunicações:
Ø Anuidade 2017
Ø Posse na ACL Dr. Flávio Leitão
Ø Posse dos novos membros
Ø Calendário de reuniões
Ø Programação Semeando Cultura
Ø Balanço financeiro 2016   
5 - Palavra facultada
6 - Leitura de textos dos sobramistas:
Ø Marcelo Gurgel: Haroldo Juaçaba na terra Barbara
Ø Luciano Marques: - Fora todos, todos fora
                               - Sua excelência, o candidato
Ana Margarida Rosemberg: - O selo na luta contra a tuberculose
Manoel Fonsêca: - Os Sentidos
Arruda Bastos: - A família top 100 e a lágrima que rolou na minha face

7 - Encerramento
Lanche - cortesia da Dra. Nilza dos Reis










TEXTOS
Por: Marcelo Gurgel
É próprio da vida: começo, meio e fim. Com a feitura de um livro, não é diferente. Primeiro, a introdução; depois, os muitos capítulos que representam o corpo da obra; e, finalmente, o último argumento (Ultima Ratio).
Por que se fez essa obra sobre Haroldo Juaçaba? – Há justificativa para tudo.
Com referência a mais uma publicação da Coleção Terra Bárbara, editada pela Fundação Demócrito Rocha (FDF), a explicação está no fato de que já não era sem tempo reverenciar a memória de Haroldo Gondim Juaçaba, ele que ganhou unanimidade, em termos de bem-querer, tal como quer a expressão latina: a maiori usque ad minus, ou, em português, “desde o maior até o menor”.
O histórico de vida de Haroldo Gondim Juaçaba, no livro das Edições Demócrito Rocha, segue uma linha do tempo, em formato de roda, para dar vez a uma imagem em constante movimento, consubstanciada na dinâmica das suas ações.
A introdução do livro ressalta Haroldo Juaçaba, como modelo de médico, mestre e cidadão. Os dez capítulos enfeixados neste livro trazem a público as vertentes de uma personalidade essencialmente plural, expostas na seguinte ordem: 1. Um homem de família; 2. Uma unanimidade médica; 3. O mestre de muitas gerações; 4. O refino da cultura; 5. O homem que clinicava; 6. Um referencial de equilíbrio; 7. A face oculta do atleta; 8. Um homem de atitudes; 9. O homem que virou referência; e 10. Um curriculum vitae exemplar.
Na Ultima Ratio recorre-se a uma epígrafe de Elsie Studart que, parafraseando Shakespeare, referiu: “Haroldo Juaçaba nasceu grande, atingiu a grandeza e cabe a nós lançar a grandeza sobre ele.” A verdade, em tudo isso, é que já não se faz mais um Haroldo Gondim Juaçaba como este, celebrado como homem com H maiúsculo. Exatamente o H de Haroldo, a legendária figura dessa “terra bárbara”, que foi também de Bárbara de Alencar.
Infelizmente, por razões editoriais e operacionais, a primeira autora, professora Elsie Studart, que tanto ansiava por esta obra publicada, não viu materializar esse sonho, porque o Criador a chamou para junto de Si, antecipadamente A ela, a nossa justa homenagem póstuma.
Por fim, presta-se o agradecimento à família Juaçaba, à direção do Instituto do Câncer do Ceará (ICC) e aos editores da FDR, pela viabilização desta obra, cuja lançamento, em avant-première, deu-se em 25/11/2016, ao ensejo da celebração dos 72 anos de fundação do ICC.


Por: Manoel Fonsêca
OS SENTIDOS

Eu te olho sem ter pejo.
Existo no teu olhar.
Te vendo sempre me vejo,
O humano a se espelhar!
Eu escuto tua fala,
Que ressoa em meu peito.
Minha alma, então, se cala
Para ouvir-te com respeito!
Ao te tocar o sagrado
Do teu corpo, se faz luz.
Com tato te dou cuidado,
Teu cuidado me seduz!
Teu convívio saboreio,
Temperado com alegria,
Posso dizer, sem receio,
Trocamos sabedoria!
Um cheiro bem carinhoso
Transmite afeto e emoção.
Deixa um perfume gostoso
Quem ama de coração!
Refletem nossos sentidos
Janelas de sentimentos,
São caminhos percorridos
Na busca do entendimento.

Por: Arruda Bastos
A família top 100 e a lágrima que rolou na minha face

Durante mais um final de semana abençoado, repleto de alegrias, atribuições profissionais e familiares, bastou que eu batesse os olhos em uma foto da família na residência da minha irmã Regina, por ocasião do seu aniversário, para que eu sentisse um arrebatador desejo de escrever sobre a família e a graça de ter uma estruturada.
Deitado em uma rede com Marcilia, tendo ao redor meus filhos, e ainda olhando embevecido para o infinito céu azul e a imensidão do mar da praia de Águas Belas, senti a inspiração final para começar a escrever sobre a família. Era a tintura ideal, a moldura e a paisagem que esperava para o tema.
Para começar, necessitava de alguns dados, pois não gostaria de escrever só sobre os consanguíneos, mas sim incluir os afins, que vou me negar no texto a chamá-los de “agregados”, principalmente por reconhecê-los como fundamentais para o crescimento da família, em quantidade e qualidade. São todos muito amados!
Em uma breve pesquisa com minhas lindas irmãs, contabilizamos o número de cem pessoas considerando como início a geração dos meus amados pais. A quantidade me assustou e me fez cair na real que estou realmente ficando velho, embora me sinta como vinho, cada vez melhor, sem sequer notar o peso dos anos, uma vez que estou em plena forma. Resolvi, então, adotar o título de “top 100” em homenagem a todos.
A minha crônica tem por finalidade exaltar a importância da família como base de tudo, nosso porto seguro e um presente de Deus para todos nós. A responsabilidade, portanto, de um casal que inicia uma família é imensa, do tamanho do céu e do mar de Cascavel. A cada dia que passa, com a mudança dos tempos, as drogas, a violência social, as tentações da modernidade e a desagregação familiar, o desafio para as famílias é cada vez maior.
A célula mater de toda família são os pais, a fonte de tudo. Lembro com carinho, então, de Cesar Bastos e Maria de Lourdes, meus pais e principais protagonistas da minha crônica. A semente que fez germinar essa grande e frondosa árvore. Vai aqui minha homenagem a eles que são os protótipos e um exemplo a ser seguido por todos. Encontramos em muitas famílias outros Cesars e Lourdes que, como eles, tem muita dificuldade atualmente para criar seus filhos, mas, que com muito amor e responsabilidade, dedicam suas vidas pelas famílias.
Meu pai é o único da minha família que não está mais entre nós, está no plano superior, intercedendo e cuidando de todos. As lembranças da sua figura de magnífico pai, esposo e filho fez uma lágrima correr na minha face. Se você, assim como eu, não tem mais um dos pais e seus olhos marejaram ao ler esse parágrafo do meu texto, digo que tenho certeza de que você é ou será um excelente exemplo para sua família. Ter o coração aberto e sensível às emoções é muito importante. Não se reprima, demonstre todo seu amor à sua família antes que seja tarde.
Minha família, como a dos meus leitores, não é melhor e nem pior do que as outras, é só a minha família e isso faz toda diferença. É sangue do meu sangue e é por ela que me transformo em um gigante para enfrentar os desafios que a vida nos apresenta. É na família que encontramos forças para encarar as agruras da vida, as dificuldades, as provações, por mais difíceis que elas sejam. Não devemos nos sentir menores ao, sempre que necessário, apelar para o aconchego e o apoio familiar. Nossa família é para Deus o espelho da imaculada família de Nazaré.
Com a música do seriado “A grande família”, dedico essa minha crônica a todas as famílias do mundo. “Essa família é muito unida e também muito ouriçada; briga por qualquer razão, mas acaba pedindo perdão”. É assim que entendo ser família. Que Deus ilumine todos vocês que, como eu, tem uma grande família. Para aqueles que pretendem iniciar as suas e também para quem ainda não valoriza a que tem, digo que ainda é tempo e que o principal fermento para fazer crescer uma bela família é o amor, a união e a fé em Deus.

Por: Ana Margarida Rosemberg
O SELO NA LUTA CONTRA A TUBERCULOSE
O selo antituberculose, símbolo da luta contra a tísica no Mundo, teve a sua origem nos últimos anos do século XIX e difundiu-se em mais de 60 países.
Em 1897, foram emitidos os mais antigos em Nova Gales do Sul e traziam a efígie da Rainha Vitória. Editados na ocasião do Jubileu de Diamante da referida rainha, tiveram suas vendas destinadas aos tuberculosos de Sidney.
Os primeiros países do Mundo a editarem selos foram: Nova Gales do Sul, Portugal, Dinamarca, Suécia, Países Baixos, Áustria, Noruega, Baviera, Islândia e Finlândia. Os selos antituberculose difundiram-se no Mundo graças ao dinamarquês Einar Hollboel, funcionário dos correios, que, em 1904, teve a iniciativa de criar todos os anos selos no natal. Foi editado um selo com a efígie da Rainha dinamarquesa que era tuberculosa.
Em Portugal, a Assistência Nacional aos Tuberculosos (ANT), encampando a ideia, lançou um selo com o retrato da Rainha Dona Amélia, que, também, era tísica, e teve boa receptividade. A partir daí, disseminou-se em muitos países, inclusive no Brasil, e outros países da América Latina.
A Federação Brasileira das Sociedades de Tuberculose (FBST), a Sociedade Brasileira de Tuberculose (SBT) e as Ligas: Pernambucana, “Bahiana”, Riograndense do Sul e Paulista, entre 1927 e 1955, editaram selos, como instrumentos de educação sanitária e como meio de obter recursos para a luta. A Liga Paulista editou 14 campanhas. Os selos das três primeiras traziam as efígies de três grandes tisiólogos fundadores da Liga Brasileira Contra a Tuberculose: Azevedo Lima, Hilário de Gouveia e Cypriano de Freitas. Quase todos os selos editados por Clemente Ferreira, pioneiro da luta contra a tuberculose no Brasil e presidente da Liga Paulista contra a Tuberculose, traziam a seguinte frase: “Pró-tuberculosos pobres”.
Os selos foram valiosos instrumentos de educação sanitária. A partir da década de 1920, todos os selos editados pelas associações filiadas à União Internacional contra a Tuberculose (UICT) passaram a exibir a Cruz de Lorena, outro ícone na luta contra a tísica. Segundo Rosemberg, a Cruz de Lorena e o Selo Antituberculose erigiram-se em símbolos de maior curso internacional de toda a história da medicina.  

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

SOLENIDADE DE POSSE DOS NOVOS MEMBROS DA SOBRAMES-CE E CONFRATERNIZAÇÃO NATALINA 2016

Aconteceu ontem, dia 12 de dezembro de 2016, às 19h30, no Auditório da Unichristus, em Fortaleza-CE, a festa de Confraternização Natalina e a Posse de Novos Membros da Sobrames-CE.  A solenidade foi presidida pelo Presidente da Sobrames-CE, Dr. Marcelo Gurgel.  Participaram do evento inúmeros sobramistas, familiares e amigos. 
Após abertura, fomos brindados com a belíssima apresentação do coral da Unimed. Em seguida, houve a projeção de um vídeo com os momentos marcantes da Sobrames-CE de 2010 a 2016.  Os novos membros foram saudados pelo sobramista Dr. Manuel Fonsêca e o Dr. Arruda Bastos falou em nome dos empossados. No final, foi servido um coquetel patrocinado pela Unimed-Fortaleza. 

Fala do Dr. Fonsêca

Caros confrades e confreiras.
Prezados e prezadas novos e novas Sobramistas.
Inicio a saudação aos novos e novas Sobramistas com versos do poema “O Livro e a América” de Castro Alves:
“Por isso na impaciência 
Desta sede de saber,
 
Como as aves do deserto
 
As almas buscam beber...
 
Oh! Bendito o que semeia
 
Livros... livros à mão cheia...
 
E manda o povo pensar!
 
O livro caindo n'alma
 
É germe — que faz a palma,
 
É chuva — que faz o mar.”

Escrever é uma atração, principalmente para quem exerce outra arte, a medicina. A arte de curar, aliviar a dor e o sofrimento, nos inspira a usar a escrita como uma linguagem, uma forma sublime de comunicação com a alma das pessoas, na busca de despertar o pneuma, o sopro vital, que existe em cada um de nós. Ao exercer o nosso ofício, a nossa ars médica, procuramos janelas de entendimento, de conhecimento do que o outro sente para, juntos, definirmos caminhos do bem viver ou do viver melhor.
O primeiro elo/sentido da comunicação entre o paciente e o médico é o olhar. Olhar nos olhos. Jamais devemos perder a capacidade de olhar a pessoa como ser humano, nosso semelhante. Este é o primeiro sentido da visão, da observação, embora este sentido possa ser ampliado milhares de vezes pela tecnologia imagética.
Eu te olho sem ter pejo.
Existo no teu olhar.
Te vendo sempre me vejo,
O humano a se espelhar!

O segundo elo/sentido da comunicação é a audição, que deve captar sensações, angústias, sofreres, vontades e prazeres, expressos pela fala. Mas este elo só será eficaz se tivermos a capacidade da escuta paciente, acolhedora e amorosa.
Eu escuto tua fala,
Que ressoa em meu peito.
Minha alma, então, se cala
Para ouvir-te com respeito!

O terceiro elo/sentido da comunicação é o toque, o exame físico, que deve ser respeitoso, delicado, pois o corpo é sagrado, é a morada do espírito. E ao permitir ser tocado, o paciente também cuida de nós, para que aprendamos a lição da dignidade no trato com as pessoas.
Ao te tocar o sagrado
Do teu corpo, se faz luz.
Com tato te dou cuidado,
Teu cuidado me seduz!

O quarto elo/sentido da comunicação é o paladar, o sabor, de sabedoria, saboreio. É compreender os gostos e costumes da pessoa que nos procura, deixá-la à vontade, saboreando a convivência do instante.
Teu convívio saboreio,
Temperado com alegria,
Posso dizer, sem receio,
Trocamos sabedoria!

O quinto elo/sentido da comunicação é o olfato. O cheiro, além de resultar da suspensão de algumas moléculas percebidas por nossos receptores sensitivos, presentes na cavidade nasal, é expressão de amorosidade, de percepção do outro, da sua essência. Quem já não ouviu a expressão “cheiro de menino novo”, uma mistura do cheiro do bebê, lambuzado de leite materno?

Um cheiro bem carinhoso
Transmite afeto e emoção.
Deixa um perfume gostoso
Quem ama de coração!

Este é o sentido maior da Sobrames: unir a arte da medicina com a prosa, o canto, a poesia, na busca da harmonia entre os viventes e com a mãe natureza.
Refletem nossos sentidos
Janelas de sentimentos,
São caminhos percorridos
Na busca do entendimento.


Sejam bem-vindos e bem-vindas novos e novas Sobramistas.

Faremos agora brevíssima apresentação dos novos membros Sobramistas, que posteriormente passarão por pequeno ritual de acolhimento, comandado por nosso Presidente Marcelo Gurgel.

Quem são os colegas que hoje ingressarão na nossa Sociedade, a Sociedade Brasileira de Médicos Escritores?

1.   Edmar Fernandes de Araújo Filho, graduou-se em Pernambuco e fez residência em Pediatria e Dermatologia no Ceará. Diretor do Sindicato dos Médicos, é membro titular do Centro Cultural do Ceará – Cadeira 28.
Em Recife graduado,
Aqui fez Pediatria,
Também Dermatologia.
Edmar é engajado,
Tanto ao Centro Cultural
E ao Sindicato atual,
Membro da Diretoria.


2.   Fernando Barroso Duarte é hematologista, especialista em transplante de medula, coordena o Banco de Sangue e Cordão Umbilical e Placentário do Hemoce. Escreve desde a adolescência, recebeu o prêmio Juvenal Galeno, para alunos secundaristas, em 1980, com o poema “Pivete”. Publicou o livro de poesia Inútil Tentativa de Guardar o tempo. Casado com Pastora Maria, nefrologista e juntos têm quatro filhos.

Barroso, o especialista
Em transplante de medula
Na vida não faz firula,
É bom hematologista,
A medicina adora.
Casou-se com a Pastora,
Supermãe nefrologista.

3.   João Joaquim Freitas do Amaral é pediatra, especialista em Medicina Preventiva e Social, Doutor em Epidemiologia e Psicoterapeuta Psicanalista. Escreve crônicas, contos e poesias e publicou, em 2012, o livro “Canto pela Saúde da Criança”.

À infância, o João Amaral
Estende sua proteção,
Amor e dedicação.
Um cuidado sem igual.
Em canto suave e plural
Faz, de sua arte, canção,
No ritmo do coração.

4.   José Fábio Bastos Santana é pediatra e otorrino. Mas caminha por outros cantos e recantos, pois é colunista da Revista Vem Também, especialista em gastronomia e turismo. Seu livro Degustando os Prazeres do Bem Viver oferece roteiros turísticos, enologia e gastronomia, além de poesias, cantos e crônicas.

Quem é o Fábio Santana?
Tem o dom da poesia,
Vai além da pediatria,
“Corpore sano in mens sana”.
Faz turismo bem bacana
Pois é grande aventureiro,
Escreve dando o roteiro
Da boa gastronomia.


5.   José Mauro Mendes Gifoni é médico, advogado e farmacêutico, com mestrado e doutorado em Farmacologia. Especialista em Direito Médico, tem como uma de suas missões proteger colegas médicos, em demandas judiciais. Ensaísta na área jurídica e cronista.
Gifoni, quem não queria
Tê-lo sempre ao nosso lado,
Pois é médico e advogado,
Bom em Farmacologia.
Ensaísta do Direito
Profissional quase perfeito,
Te saúdo com alegria.

6.   José Policarpo de Araújo Barbosa é médico sanitarista da Fundação Nacional de Saúde e da SESA, mestre em Saúde Coletiva e professor do NESC. Foi Secretário de Saúde em Cascavel, Umirim e Maranguape e Presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde. Escreveu o livro História da Saúde Pública do Ceará.

O Policarpo Barbosa
Do NESC é professor.
Por ser bom historiador
Tem destaque sua prosa.
Com sua visão generosa
Cuida do povo com amor,
Em sua vida ditosa.

7.   Maria de Fátima Dourado é pediatra e psiquiatra, fundadora da Casa da Esperança, que cuida de crianças com transtorno do aspecto autista, Diretora Técnica da ABRAÇA – Associação Brasileira de Ação por Direitos da Pessoa com Autismo. Foi a primeira presidente do Conselho Cearense dos Direitos da Mulher, quando criou também a Casa do Caminho, para proteger mulheres vítimas da violência. Conferencista e escritora, publicou os livros Amigos da Diferença e Autismo e Cérebro Social, uma verdadeira saga de relatos da vida pessoal e do cuidado com seus filhos e filhos de outras pessoas com transtorno do aspecto autista.

Bem-vinda Fátima Dourado,
Amiga da juventude,
Teu riso é atitude,
De afeto encantado.
Que bom tê-la ao nosso lado
Nesta festa alvissareira
Dou-te um buquê de roseira
E um abraço apertado.

8.   Paula Frassinetti Castelo Branco Camurça Fernandes é doutora em Medicina Interna e Terapêutica, fellow da Sociedade Internacional de Nefrologia e Chefe da Unidade de Transplante Renal do HUWC. No campo literário escreve crônicas e poesias, tendo também publicado artigos em periódicos nacionais e internacionais.
Salve Paula Frassinetti
De conhecimento vário,
Guarda em um relicário
A marca de seu sinete
Sabe todo abecedário,
No seu ofício é brilhante,
Da nefro até o transplante.

9.   Raimundo José Arruda Bastos foi Secretário de Saúde do estado do Ceará. Oncologista, professor da UNICHRISTUS, comunista e católico fervoroso. Radialista diplomado tem um programa diário na Rádio Assunção “Mais Saúde” e coordena um programa semanal de análise política, na TV aberta, o Dimensão Total. Participa do coletivo Médicos pela Democracia e escreve crônicas, publicadas em Blogs Nacionais e no seu próprio portal.
O amigo Arruda Bastos,
Escritor e radialista,
Professor sanitarista,
De conhecimento vasto.
Onde passa deixa o rastro,
Sua marca em qualquer pista
Por ser grande idealista.
Muito obrigado pela atenção.
Manoel Fonsêca – 12 de dezembro

Fala do Dr. Arruda Bastos


Boa noite.

Senhor presidente, ilustres Sobramistas, familiares, senhoras, senhores, meus colegas,

Que minhas primeiras palavras sejam de reverência e admiração a todos os membros da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES). A sua diretoria, tão bem capitaneada pelo notório e competente polígrafo, Marcelo Gurgel, e a todos que nos apadrinharam, agradecemos pela indicação dos nossos nomes para o quadro desta renomada entidade.

Aos médicos que estão sendo empossados nessa noite, digo que a responsabilidade de representá-los é imensa e a emoção, inimaginável. Agradeço a confiança, ao mesmo tempo que parabenizo os queridos colegas: Edmar Fernandes, Fernando Barroso Duarte, João Joaquim Freitas do Amaral, José Fábio Bastos Santana, José Mauro Mendes Gifoni, José Policarpo de Araújo Barbosa, Maria de Fátima Dourado, Paula Frassinetti Castelo Branco Camurça Fernandes.

Hoje é um momento muito especial na nossa trajetória de vida e gostaria inicialmente, em nome de todos os novos Sobramistas, fazer alguns agradecimentos, pois como dizia William Shakespeare: “A gratidão é o único tesouro dos humildes”.
Primeiramente, quero agradecer à Deus, o nosso grande Arquiteto do Universo.
Em seguida, aos nossos pais, que com muita dedicação sempre indicaram os melhores caminhos a seguir. Eles, que são exemplos de pessoas íntegras, deixaram-nos a maior das riquezas do mundo: a educação e a honradez.
Às nossas esposas, esposos, companheiros e companheiras de todas as horas, pelo incentivo e compreensão das noites mal dormidas, quando a inspiração nos assola nas caladas da noite. Aos filhos e netos, que como anjos de Deus, iluminam nossa vidas. Obrigado aos amigos e colegas pelos conselhos e orientações.
O renomado cientista Pasteur, na sua genialidade, disse textualmente: “pouca Ciência afasta o homem de Deus; muita, o aproxima”. Como profissionais da Ciência, acredito que nós, médicos, estejamos no rol daqueles referidos por Pasteur bem próximos de Deus, o que é, sem duvida, uma grande responsabilidade.    

Quando falamos em Deus, lembramos sempre da sua imortalidade e de outros sinônimos equivalentes: eterno, perpétuo e perene. Acosto também os artistas na sua essência e agora os médicos da SOBRAMES. A morte é a única certeza que temos, e em parte das vezes temos dificuldade de aceitar. A forma de abrandarmos e enfrentarmos o inexorável fato é produzir, em vida, pois a vida passa, mas o espírito, a alma e as obras se perpetuam em outro plano e em outra dimensão.

Portanto, temos certeza de que as pessoas não morrem – “ficam encantadas” - principalmente se elas deixam uma aura de bondade, sabedoria e muitas obras, uma vez que estas continuam se refletindo perpetuamente. Sem dúvida, neste momento de amizade, nesta festa de espírito e coração, sentimos essa imortalidade dos colegas que já se foram. Celina é o exemplo disso, ela está entre nós.

Nas artes em geral, o artista apresenta seus diferenciais, é dotado de espírito criativo e imaterial, muitas vezes incomparável. Sabe-se que, independentemente do potencial artístico, quando seu dia chegar, sua produção e seu exemplo continuará. É aquela velha máxima “artista que é artista mesmo, não morre nunca”.

Ficamos eternizados nas nossas obras. Elas transcendem gerações, públicos, ideologias, raças e credos. Sofrem mutações com o correr do tempo, passam a ter outros sentidos e visões. É dessa forma que o artista permanece eterno, e se perpétua.

O imortal Picasso falava em dois tipos de artista: os que transformam o sol numa simples mancha amarela, e aqueles que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol. Nós, médicos escritores, sem dúvida, integramos o rol dos que transformam manchas amarelas no próprio astro rei.

Sobramistas, senhoras, senhores, meus colegas,

Nós, noviços membros da SOBRAMES, recebemos com viva emoção a honra que nos conferistes. Não é preciso definir a importância desse momento e a grandeza desta instituição na cultura nacional. A responsabilidade, pois, que agora é depositada em nossos ombros é imensa.

Procuraremos como Sobramistas zelar pelo nome da nossa entidade, fazer com que ela alcance ainda mais sucesso e continue a inspirar e a transmitir seus raios de imortalidade entre as mais sólidas e brilhantes páginas da cultura brasileira. 

Agradecemos novamente a honraria que nos é concedida, recebendo-nos nesta grandiosa casa, na qual a harmonia e o espírito convivem com a força dos nossos ideais. Prometemos honrar a confiança que nos é depositada. 

Concluo com o pensamento proferido pelo saudoso Papa João Paulo II: ”A fé e a razão são duas asas com as quais o espírito humano alça vôo para contemplar a verdade”.

Feliz Natal e um ano novo repleto de luz, saúde, paz e Felicidades

Muito obrigado a todos.

Fortaleza, 12 de dezembro de 2016

1. Edmar Fernandes
2. Fernando Barroso Duarte
3. João Joaquim Freitas do Amaral
4. José Fábio Bastos Santana
5. José Mauro Mendes Gifoni
6. José Policarpo de Araújo Barbosa
7. Maria de Fátima Dourado
8. Paula Frassinetti Castelo Branco Camurça Fernandes
9. Raimundo José Arruda Bastos