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domingo, 23 de fevereiro de 2025

PRESENÇA - Por: Ronald Teles

Dr. Ronald Teles - Cardiologista


PRESENÇA

 Estáveis aqui, lutando contra o vosso destino,

Sem desvelo ou a água para renascerdes,

 Que regassem um novo caminho,

Trêmulo por ventos fortes,

Que te abatiam dia após dia,

Mas fincaste tuas raízes em teu querer,

E pediste aos céus motivos para continuar,

Mesmo vivendo em terra imprópria,

Regra para a morte,

Porém, teu elevadiço,

Que te fez forte e novo,

Nutrido da sorte dos que voam,

Acima do céu trovejante,

E buscam ali, logo adiante,

Tudo o que jaz em um novo dia,

Sol radiante e belo,

Como um sorriso novo,

Pelo canto de tua boca,

Vaticínio de um destino,

Tal qual a alma de um menino,

Na busca de novo brinquedo,

Ele agora se revela,

Em estrelas de brilho intenso,

Que alumiam mais uma vez,

E te fazem alhures pleno.

domingo, 16 de fevereiro de 2025

OLHOS VERDES - Por: Ronald Teles

Dr. Ronald Teles - Cardiologista

OLHOS VERDES

Olhos verdes miram a floresta,

Recipiente dos teus sentidos,

Aspirando o tempo ido,

Quicá, talvez  perdido,

No caminhar de um dia a menos,

Como tantos que passaram,

Ao largo da batalha da vida,

Esta mesma tão fugaz,

Como um olhar d'antes fugidio,

Congelado no horizonte de um pensamento,

Que por breve momento,

Assola teu corpo e alma inquietos,

Na busca de forças supremas,

Que te movam mais uma vez,

E te lancem no teu novo horizonte,

Conquistado mais e mais,

Como nau que viaja calma,

Velejando em um temporal,

Plácido,por tua alma,

Que trai teu corpo cansado,

E desloca teu verde olhar,

No rumo de tua paz,

Esta que te move agora,

Tal qual uma nova aurora,

Te atraindo sem demora,

Ao prenúncio do novo dia,

Porto seguro de tua vida

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

SOLITUDE - Por: Ronald Teles

Dr. Ronald Teles - Cardiologista

Solitude

Minha alma fala de tempos imemoriais,

Do despertar do dia e das flores brotando,

Do perfume chegando,

Aos raios do sol,

Minha alma fala de ventos uivantes,

Que dantes sopravam e agora não mais,

Minha alma fala de dias azuis, de dias chuvosos,

De dias lacrimosos,

Deitados em baixo, de lindos girassóis,

Minha alma fala de mim,

Que persigo, uma verdade que me falta,

Que a busco na ribalta,

E logo se espalha em mil emoções,

Minha alma me fala,

Fala de mim mesmo,

Que procura a esmo,

Tantas verdades,

Minha alma me fala,

Do trigo nos campos,

Acariciados por ventos inclementes,

Mas que carinhosamente,

Nos brindam com o pão sobre a mesa ,

Minha alma fala,

De oceanos bravios,

De vagas espumosas,

Que se agitam em verdes mares,

Que pulsam em meu sangue nordestino,

Me fazem homem e menino,

E me levam à busca de mim mesmo,

Mas mil vezes me perco,

E pergunto quem sou eu?!

Minha alma me acalenta,

Pois finito é meu corpo,

Destarte do desgosto, de meu finito ser,

Me arrebata e me diz,

Que seremos eternos,

Na velocidade de um pensamento,

E no fragmento do tempo, que minha alma diz.