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segunda-feira, 24 de julho de 2017

CONVITE - Palestra da ACEMES: “Mitologia Grega” - DR. JOSÉ ALVES

      Palestra da ACEMES: “Mitologia Grega”


O Presidente da Academia Cearense de Médicos Escritores (ACEMES), o médico e professor José Maria Chaves, convida para a Palestra “Mitologia Grega”, a ser proferida pelo professor e escritor José Alves, ilustre acadêmico da ACEMES e sócio da Sobrames/CE.
Data: 24 de julho de 2017 (segunda-feira).
Horário: 19h30min.
Local: Auditório da Clínica do Obeso – Avenida Antônio Sales, 1.540, em frente ao Carrefour, em Fortaleza-CE.
Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Membro da Sobrames-CE e da ACEMES

quinta-feira, 20 de julho de 2017

POR: DEBASTIÃO DIÓGENES - POEMA


Dr. Sebastião Diógenes - Tesoureiro da Sobrames-CE

O TOURO DA MADRUGADA



                Soberano no poleiro, o galo canta pela vez terceira.

No vizinho curral, o touro apaixonado muge com afeto.

A vaca malhada ao lado, sonolenta e preguiçosa, responde com a bovídea voz das fêmeas desinteressadas.

                - Vai dormir, touro! ... Não vês que não são horas do nosso costume?!

                Subsiste o silêncio magoado.

Ruminação, apenas, de quem deseja agradar o membro da geração.



Sebastião Diógenes.

                10-03-2017.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

POR: VICENTE ALENCAR - POEMAS

 
JORNALISTA VICENTE ALENCAR - MEMBRO DA SOBRAMES-CE

            
Vicente Alencar
Sócio Honorário da SOBRAMES -CE

SONO
Durma meu amor
envolvida nas páginas do coração,
entre poesias,
nestes pápeis que te pertencem.
entre meus beijos 
e abraços,
forças que surgem
e saem do coração.
Não é pecado amar assim,
como te amo.
Com toda intensidade,
emoção,
desespero,
francamente apaixonado.

DO AMANHÃ

Contigo senti que o luar
é uma mensagem de carinho,
que a brisa do mar
constrói momentos de enlevo,
e o sorriso que nasce
é sobretudo marcante.
Mas,
não estamos juntos.
Fugimos,
nos desnorteamos. 
Tudo se tornou diferente.
tudo o que se foi,
o que existiu,
tornou-se Saudade!
Porém,
como o grande amor não morre,
vivo a esperança do amanhã.

POR: JOSÉ WILSON DE SOUZA - POEMA

Dr. José Wilson de Souza - Membro da Sobrames-CE

UMA CANÇÃO PELA PAZ
Autor: José Wilson de Souza

(Para o Prof. Dr. Marcelo Gurgel)

Quero  rosas nos caminhos, ruas, estradas e sertões
nos  tranquilos campos sob frondosas árvores
pássaros  cantando   maviosas canções...
Não quero rosas pelo chão sanguinolento,
nem a pesada chuva desabando em  cabeças
ou  gerações futuras sob vendaval  violento
Não quero rosas matando trabalhadores em seus campos,
destruindo  suas casas em frações de segundos,
enternecendo  as crianças , como fogos de S. João,
e que estupidamente  ardem nas inocentes mãos    
Não quero ver estas bombas disfarçadas  
levadas por  quase meninos, brincando de avião.
Quero ver todos os povos de mãos dadas,
fraternos.   Americanos , iraquianos ou afegãos.

POR: FRANCISCO PESSOA - POEMA

 
Dr. Francisco Pessoa - Membro da Sobrames-CE
Para Mirian Stela no seu aniversário
Hoje, ao sol não dei bom dia,
Fechei os olhos às flores,
Pois quem aniversaria
É o maior dos meus amores.
Ela é o sol que me acalora
A flor que mais me perfuma,
Segundo, minuto, hora,
Da vida que se me esfuma.
Que este beijo feito verso
Em meu coração imerso
Nos teus lábios seja doce,
Eis o meu pretenso intento:
Afagar-te um só momento
Como se eterno ele fosse.
Pessoa

segunda-feira, 17 de julho de 2017

POR: VICENTE ALENCAR - POEMAS

Jornalista Vicente Alencar - Membro da Sobrames-CE
                                              POEMAS DE VICENTE ALENCAR
AO LONGE
Um sino é ouvido 
ao longe.
Uma prece é lembrada 
dentro do tempo.
Mãos se elevam juntas
em oração.
Há um pedido,
há uma verdade.
São corações
que se unem,
se encontram.
Um sino é ouvido
ao longe,
e uma
mensagem de saudade
torna-se ainda
mais presente.

LIBERDADE
A liberdade de criar
pertence ao coração.

Ele chama, conversa,
dita o que quer
e o que deseja.

Todo o seu corpo 
atende ao chamado.

Ali, naquele momento
és apenas um ser
que ama.

Nada impedirá
seus pensamentos,
sua paixão,
o seu conforto de querer.

A liberdade de criar
faz seu coração dizer
tudo o que quer.

E você se encanta
e até se espanta
com tanto amor.

(Do Livro: Poesias entrando pela noite)

domingo, 16 de julho de 2017

POR: ANA MARGARIDA ROSEMBERG - APRECIAÇÃO CRÍTICA DE UMA OBRA DE ARTE RENASCENTISTA: Alegoria da Primavera – Botticelli

 
Alegoria da Primavera - Allesandro Botticelli


      Circulando pela Galeria “Degli Uffizi” em Florença, fica-se extasiado ao contemplar a tela de Botticelli, “Alegoria da Primavera”, pintada, em 1478, por encomenda de Lourenço, o Magnífico, para decorar a Villa di Castello, residência de verão dos Médicis. Ao lado dessa maravilha da arte renascentista, outra tela avassalante, “Nascimento de Vênus”, nos chama a atenção.  
      Contemplando a primeira tela, identificamos a “Primavera” cercada de alegorias tiradas da antiguidade: As Três Graças, Deus Mercúrio e jovens simbolizando ninfas gregas, evocando um mundo clássico. Não há nessa tela preocupação de reproduzir fielmente a anatomia das personagens. A perspectiva desempenha papel secundário e a paisagem quase não existe. O semblante da Primavera evoca misticismo. É uma jovem alta, esguia, loira, de face macilenta, olhar distante e triste, como a descreveu Rosemberg.  As figuras são leves, suaves, quase imateriais com seus rostos sem sorrisos e  suas expressões contemplativas. Assim, são, também, todas as madonas pintadas pelo artista.
É importante notar que esse gênio da pintura, Alessandro Mariano di Vanni Felipepi (Alessandro Botticelli), procurou se enquadrar no contexto da época em que viveu. Para a Igreja, cuja influência era prevalente no século XV, a pintura representava instrumento de propagação da fé. Essa concepção parece estar refletida na tela que estamos comentando.
      A propósito, tentaremos uma digressão, lembrando que Bouchardt, grande crítico de arte, valoriza a descrição da obra levando em consideração o volume, proporção, movimento e o jogo de luz e sombra.  Pouco disso, na tela que analisamos. Ela se aproxima muito mais dos conceitos de Merleau Ponty, outro grande crítico, de que menos interessa o tempo e suas imagens do que a subjetividade e o sentimento do pintor.
    Nesse particular, há um interessante aspecto a ser considerado, que foi abordado por José Rosemberg no seu estudo  “A tuberculose, seu romantismo e aculturação”.
A modelo que Botticelli usou, chamava-se Simoneta Vespucci e, segundo suas biografias, ela se tratava com os especialistas da tísica “Fisici del Ético”.
Simoneta morreu tuberculosa aos 23 anos de idade. Ninguém melhor do que ela para expressar, na tela de Botticelli, a dor, a resignação e, paradoxamente, a fé em uma primavera longínqua que ela contempla com seu olhar distante.


Observação: As três Graças do quadro “Alegoria da Primavera” foram, ulteriormente, configuradas quase da mesma forma nas telas de Raphael e Rubens. 

Ana Margarida Furtado Arruda Rosemberg